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A VARIAÇÃO LINGÜÍSTICA COMO PROCESSO INDENTITÁRIO

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Por:   •  6/4/2013  •  734 Palavras (3 Páginas)  •  824 Visualizações

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A VARIAÇÃO LINGÜÍSTICA COMO PROCESSO INDENTITÁRIO

• Desde que as sociedades humanas começaram a dar-se conta da variação lingüística interindividual e intra-individual – as pessoas não falam do mesmo modo e até uma mesma pessoa não fala sempre da mesma maneira -, muito se tem especulado sobre essa questão e muita pesquisa sistemática tem sido desenvolvida em torno dela. A pergunta: ”Por que as pessoas mudam sua forma de falar nas diversas situações?” tem merecido muita reflexão. Pg 175

• A variação lingüística, que já foi vista na infância da ciência lingüística como uma ruptura da unidade do sistema, é concebida hoje como um dos principais recursos postos à disposição dos falantes para cumprir duas finalidades cruciais: (a) ampliar a eficácia de sua comunicação e (b) marcar sua identidade social. Pg 175

• Neste capitulo, enfatizo o segundo aspecto, à luz da proposta de linguagem como marca de identidade social, postulada por Lê Page (1980). Pg 175

• Segundo o sociolingüista Britânico, Le Page (1980) o comportamento lingüístico está permanentemente submetido a múltiplas e co-ocorrentes fontes de influência relacionadas aos diferentes aspectos da identidade social, tais como sexo, idade, antecedente regional, inserção no sistema de produção e pertencimento a grupo étnico, ocupacional, religioso, de vizinhança etc. pg 175-176

• Quando falamos, movemo-nos num espaço sociolingüístico multidimensional e usamos os recursos da variação lingüística para expressar esta ampla e complexa gama de identidades distintas. Pg 176

• Segundo Le Page (1980), todo ato de fala é um ato de identidade. A linguagem é o índice por excelência da identidade, mas o uso desse recurso fica limitado por quatro condições:

a) A capacidade do falante de identificar o grupo modelo ou de referencia;

b) O acesso às regras sociolingüísticas desse grupo;

c) O peso de motivações conflitantes;

d) A habilidade de modificar o próprio comportamento. Pág 176

• A proposta de Le Page (...) enfatiza as motivações subjacentes às escolhas lingüísticas que o falante realiza, conscientemente ou não, associando-as ás múltiplas dimensões construtivas da identidade social e dos múltiplos papéis sociais e status que os usuários da língua assumem na comunidade de fala. (...) falante e ouvinte influenciam-se mutuamente e vão construindo, a cada instante, o contexto da comunicação. Pág 176

• Em resumo, podemos visualizar, na evolução da sociolingüística a partir da década de 1960, três paradigmas, que não são necessariamente sucessivos num eixo temporal, uma vez que o surgimento dos posteriores não implica o abandono dos anteriores. Pág 177

• No primeiro paradigma, produto do estruturalismo, a preocupação é encontrar os fatores objetivos e sistemáticos de variação nos atributos do falante. Pág 177

• O segundo paradigma vai encontrar sua matriz na fenomenologia e a antropologia. John Gumperz, Dell Hymes e outros pensadores alinhados com essa tendência lançam então as raízes do modelo que passaria a set chamado de sociolingüística interacional, e que se assenta sobre o principio de que a linguagem é estruturante

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