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A ASPIRINA EM BAIXA DOSAGEM EM PACIENTES COM DIABETE MELITO: RISCOS E BENEFÍCIOS EM RELAÇÃO ÀS COMPLICAÇÕES MACRO E MICROVASCULARES – SÍNTESE ASPIRINA

Por:   •  27/11/2017  •  Ensaio  •  2.561 Palavras (11 Páginas)  •  440 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI CÂMPUS ALTO PARAOPEBA[pic 1]

ENGENHARIA DE BIOPROCESSOS

         

ASPIRINA EM BAIXA DOSAGEM EM PACIENTES COM DIABETE MELITO: RISCOS E BENEFÍCIOS EM RELAÇÃO ÀS COMPLICAÇÕES MACRO E MICROVASCULARES – SÍNTESE ASPIRINA

Resumo apresentado como parte das

exigências da disciplina Princípios de

Química Orgânica sob responsabilidade

do professor Gustavo.

Yasmin Fernandes Barbosa Soares

Matrícula - 164250058

Gisele Aparecida Silva

Matrícula - 164250015

Ouro Branco - MG

Maio/2017

                                                         RESUMO

Tem-se que o objetivo proposto é o uso da aspirina como uma estratégia de prevenção cardiovascular em pacientes com diabete melito, ou simplesmente diabetes, é um grupo de doenças metabólicas em que se verificam níveis elevados de glicose no sangue durante um longo intervalo de tempo. Os sintomas da elevada quantidade de glicose incluem necessidade frequente de urinar e aumento da sede e da fome. Quando não é tratada, a diabetes pode causar várias complicações, entre as complicações agudas estão a cetoacidosecoma hiperosmolar, hiperglicémico ou morte. Em decorrência do risco de eventos hemorrágicos e tendo a hipótese de haver um agravamento das complicações microvasculares associados ao uso da aspirina, tem havido uma importante subutilização dessa terapia.

Entretanto, o uso de aspirina não piora a retinopatia diabética e existem evidências de que também não afeta a função renal em doses usuais (150 mg/dia), como forma de prevenir doenças cardiovasculares em indivíduos com diabete melito, o uso de aspirina tem sido enfaticamente recomendado, apesar de ser prescrito em baixas dosagens, devido ao temor de possíveis complicações.

  1. INTRODUÇÃO

 Estima-se que 1 em cada 11 adultos está com diabetes atualmente no mundo, e dentre esses, apenas 50% já foram diagnosticados, estando o restante ignorante da sua situação, não podendo então iniciar o tratamento. No Brasil, quarto país no mundo com maior número de diabéticos, estima-se que o número de casos da doença atinja 11,3 milhões de pessoas até 2030. Como o diabete melito está associado a doenças micro e macrovasculares, o seu aumento tende a aumentar também o número de casos de complicações coronárias.

O diabete melito é considerado um fator de risco equivalente à doença cardiovascular e sua presença aumenta em duas a quatro vezes a incidência de doença coronariana quando comparada a indivíduos sem diabete. Além disso, esses indivíduos estão propensos a um aumento de morbidade e mortalidade decorrentes de complicações como a nefropatia, a neuropatia e a retinopatia diabéticas.

O mecanismo de ação da aspirina se consiste na enzima ciclooxigenase (Cox) está envolvida na síntese de prostanóides (figura 1), catalisando a conversão do ácido araquidômico em prostaglandina G2 (PGG2). Por ação de uma enzima peroxidase, a PGG2 é convertida em prostaglandina H2 (PGH2), que é a precursora direta das várias formas de prostaglandinas e tromboxano.

                           [pic 2]

O passo seguinte ocorre nos diferentes tecidos e, dependendo do tipo de célula envolvida a PGH2 pode originar PGE2 , PGD2 , PGI2 (ou prostaciclina) e tromboxano (TXA2). A PGF2, sintetiza a partir da PGE2, aumenta a vasoconstrição, a bronococonstrição e a contração da musculatura lisa, enquanto que as prostaglandinas  PGD2, e PGE2 induzem a vasodilatação e estimulam os nociceptores. A prostaciclina é produzida pelas células endoteliais e sua função é inibir a agregação plaquetária e causar vasodilatação arterial. As formas conhecidas da Cox são a Cox-1 e a Cox-2 e suas diferentes funções na síntese de prostanóides têm sido descritas. A aspirina atua principalmente na Cox-1 e seu efeito é decorrente da acetilação do grupo hidroxila do resíduo de serina na posição 529 na cadeia polipeptídica da Cox, causando uma inibição irreversível desta enzima.

O efeito antitrombótico da aspirina decorre da inibição da Cox-1 em vários tecidos, nas plaquetas o uso de doses tão baixas quanto 30 mg/dia de aspirina resulta em inibição quase que completa da síntese de TXA2. Isso ocorre antes mesmo que a droga atinja a circulação sistêmica, provavelmente pelo efeito de acetilação da Cos-1 plaquetária na circulação portal, como a inibição da Cox-1 é irreversível, o efeito da aspirina permanece por 8 a 10 dias, que é o tempo de meia-vida plaquetária. Assim com a interrupção do tratamento feito com aspirina a atividade do Cox se recupera lentamente, e assim surge o aparecimento de novas plaquetas na circulação sanguínea. Além do efeito antitrombótico e anti-inflamatório, estudos experimentais têm demonstrado que a aspirina pode ter propriedade antioxidantes, reduzindo a produção de superóxido pelas células e causando relaxamento vascular e diminuição da pressão arterial.

1.1        Aspirina e doença macrovascular

As complicações macrovasculares no paciente com diabetes compreendem a doença arterial coronariana, o acidente vascular cerebral isquêmico e a doença arterial periférica.

O uso de aspirina na dose de 75–162 mg ao dia está indicado como estratégia de prevenção primária de doenças cardiovasculares para pacientes com diabtes e idade acima de 40 anos ou com pelo menos um fator de risco para problemas coronários.

Os principais fatores de risco levados em consideração para para o uso da aspirina como ação preventiva em pacientes diabéticos são: idade acima de 40 anos; tabagismo; dislipidemia; hipertensão arterial sistêmica; micro ou macroalbuminúria e histórico familiar de cardiopatia isquêmica Em pacientes com diabetes entre 30 e 40 anos devem receber aspirina na presença de outros fatores de risco . Pacientes abaixo de 21 anos não podem receber a medicação devido ao risco de desenvolver a rara Síndrome de Reye. Essa síndrome é uma doença grave, de rápida progressão e muitas vezes fatal, que causa inflamação e inchaço do cérebro e degeneração e perda da função hepática.

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