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A Corrosão Do Caráter

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Por:   •  21/11/2014  •  1.755 Palavras (8 Páginas)  •  362 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Na era da competitividade, onde o mundo esta passando por grandes transformações e mudanças no mercado, é indispensável conhecer e pesquisar métodos que contribuam para o gerenciamento de questões que possam estar colaborando com uma má cultura organizacional, com isso faremos um pequeno estudo a respeito da rotina dentro do ambiente organizacional, tomamos um norte a partir de um livro que retrata muito este tema na época citada cujo titulo A Corrosão do Caráter traz uma base de como este estudo se deu inicio.

O trabalho a seguir se conduzirá nas linhas de pensamento de dois autores que até nos dias atuais seus pensamentos e análises são influentes no mercado, Diderot e Smith debatem sobre os lados positivos e negativos da rotina no trabalho.

Dando mais evidência ao lado negativo trabalharemos a rotina sob a ótica de Adam Smith que trouxe uma visão mais clara sob os efeitos da rotina no ambiente organizacional.

O objetivo do trabalho é mostrar como a rotina pode influenciar no âmbito de cada ser humano e de cada organização e como podemos conhecer e gerenciar este tipo de problema, baseado em pesquisas realizadas, para trazer fatos e dados que ajudem e auxiliem na tomada de decisão.

2. DESENVOLVIMENTO

Há anos se fala em melhoria no ambiente de trabalho devido ás várias mudanças que ocorrem no decorrer dos anos, pois o turbulento ambiente empresarial necessita de mutações para que possa atender as determinantes mudanças que ocorrem no mundo dos negócios. Anteriormente, na época do capitalismo industrial não era diferente. Óbvio que a visão de mundo era totalmente diferente dos dias atuais. Mas, pesquisas feitas por estudiosos já tentavam melhorar e compreender o ambiente em que estavam inseridos e pretendiam adaptá-los às necessidades de sua época. Hoje podemos criticar, concordar ou até mesmo analisar essas mudanças, pois os estudos realizados continuam a ser analisados e pesquisados, encontrando “gaps” nas teorias e práticas abordadas anteriormente.

Um dos temas em evidência na época, e que iremos abordar daqui pra frente é o tema “Rotina”, especificado e tratado no livro “A Corrosão do Caráter”, que mostra as teorias e práticas adotadas na época do capitalismo industrial.

Nesta época (época do capitalismo industrial) a rotina já era presenciada e vivida nas indústrias. Dois estudiosos da época, Diderot e Adam Smith, explanavam suas convicções a respeito do trabalho, das rotinas de trabalho, da forma como os trabalhadores eram tratados, as condições de trabalho.

Diderot, em sua publicação, na grande “Enciclopédia”, acreditava que “a rotina poderia ser igual a qualquer outra forma de aprendizado por repetição”. Como exemplo, traz a fábrica de papel “L’Anglée”, a qual foi uma das pioneiras na França a trazer um contexto de trabalho diferente do da época. No período do séc.XVIII, a economia era em um contexto familiar. Os trabalhadores viviam com seu amo dentro da própria casa, comiam e dormiam debaixo do mesmo teto. Isso se denominou “Economia Domus”. Nessa fábrica, diferentemente do contexto, era uma fábrica enorme, mas distante. Alguns trabalhadores iam a cavalo para o trabalho. Existia uma ordem industrial (divisão do trabalho) muito precisa, onde cada trabalhador sabia exatamente o que teria de fazer. Nesse momento, Diderot diz que o trabalho leva os homens a paz consigo mesmo, pois a rotina e o processo dominado, leva ao controle do trabalho. Em sua obra, Diderot faz questão de colocar imagens que frisam o semblante dos trabalhadores, mostrando todos trabalhando juntos, sem a face abatida demonstrando enfado. A intenção era mostrar a fraternidade e solidariedade no meio industrial, levados pela rotina.

Já Adam Smith não aceita as conclusões de Diderot, dizendo que era impossível alcançar a fraternidade e solidariedade, e todo esse ambiente de paz com a rotina, no meio industrial. Adam Smith acreditava que a rotina “embotava o espírito”, ou seja, tornava o indivíduo estúpido e enfadonho, tornava o trabalho tedioso e sem criatividade, e principalmente sem produtividade. Adam Smith já prevendo um mercado mais competitivo e com demandas cada vez mais rápidas. exigia que os trabalhadores fizessem tarefas cada vez mais ágeis e especializadas, fazendo com que o trabalho fosse dividido para atender as expectativas da época. Em seu livro “A riqueza das nações”, Smith dizia que a livre circulação da moeda exigiriá automaticamente a especialização dos trabalhadores, na divisão de tarefas. Ele utiliza o exemplo da fábrica de alfinetes para exemplificar como era o trabalho rotineiro em que as pessoas estavam envolvidas, e como isso levava o ser humano ao enfado. O precursor desta teoria afirmava que a rotina tornava-se auto-destrutiva porque os seres humanos perdiam o controle sobre seu tempo de trabalho e perdiam o controle de seus próprios esforços, levando ao enfado, causando morte espiritual. Afirmava ainda que o indivíduo sujeito a este tipo de trabalho torna-se alguém que não sabe bastante da profissão a qual realizava, alguém que não teria interesse nas suas tarefas, alguém que não via sentido naquilo que estava fazendo. Em suma, a rotina da especialização leva ao tédio, um dia intediante. Segundo Smith, os que trabalham mais, obtém menos. Isso se dá pelo fato de a rotina levar os trabalhadores a “perderem” o seu valor justamente pela especialização. Por desenvolverem apenas uma ou duas atividades industriais, a falta de conhecimento era algo que o levava a ser visto como estúpido, máquina.

Afirmando o que o filósofo e economista tratava em sua teoria, veio a era do Fordismo. O Fordismo que caracterizava-se pela linha de montagem, que surgiu através da especialização do operário que limitava o indivíduo a execução de uma única tarefa de forma contínua e repetitiva, o que permitia a produção em série e que se deu origem através do método de divisão e racionalização do trabalho, restringia se as tarefas e aos fatores ligados diretamente ao cargo e a função do operário. Não se dava ênfase ao elemento humano das organizações. A partir daí, “o operário perdeu a liberdade e a iniciativa de estabelecer a sua maneira de trabalhar e passou a ser confinado à execução automática e repetitiva durante toda sua jornada de trabalho” (Chiavenato, 2011, p 59)

Na busca pela eficiência, a administração científica declarava a especialização do operário através da divisão e da subdivisão de toda operação em seus elementos constitutivos. A era de Ford ignorava que o ser humano é um ser social, e se referia ao homem como um empregado tomado individualmente para a

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