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A Descrição de Interatividade

Por:   •  31/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.782 Palavras (8 Páginas)  •  187 Visualizações

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Descrição da interatividade

Com base nos estudos da Unidade 2, ou seja, nas abordagens teóricas do Behaviorismo, Psicanálise, Gestalt e Humanismo, interajam com os seus colegas e tutor no Fórum, levando em conta a seguinte questão:

1) Quais as possibilidades e limitações de cada abordagem no ambiente escolar? Para responder a essa questão, pense no foco principal de cada abordagem e em um exemplo/situação prática em que as abordagens poderiam ser utilizadas para melhor encaminhar tal situação. Você poderá expor essa situação ou exemplo prático, pelo menos para uma abordagem, para melhor ilustrar sua resposta. Mas lembre-se de falar das possibilidades e limitações de todas as abordagens.

Segundo a concepção Behaviorismo, a aprendizagem ocorre através de contingências, surgimentos ao acaso, de estímulos e respostas dos organismos, onde o comportamento é observado como uma resposta as experiências (estímulos, ações) que pode ser preconcebido. Nesse sentido para os teóricos dessa linha de pensamento o meio em que as pessoas vivem exerce influência sobre o comportamento, no qual tanto animais quanto seres humanos aprendem sobre o mundo de forma semelhante reagindo às situações e características ambientais, que podem ser-lhes favoráveis ou não. Dessa forma, os behavioristas tentam identificar através das condições ambientais se um determinado comportamento vai ou não se repetir.

A relação do behaviorismo com a educação consiste na modificação do comportamento tanto do professor como do aluno melhorando a aprendizagem. Watson era categórico ao considerar que a transformação do indivíduo por meio da educação era possível.

O Behaviorismo compreende uma corrente da psicologia que tenta explicar o comportamento como influencias dos estímulos do meio. Para esta corrente o ser humano se resume às contingências observáveis. Se entendermos como os estímulos dados pelo meio influenciam sobre o comportamento do indivíduo, poderemos interferir neste comportamento, simplesmente pelos estímulos que atuam sobre o indivíduo. É importante elucidar, que as pesquisas de SkInner foram experimentais aos quais foram utilizadas como instrumentos cobaias animais como ratos e pombos (LA ROSA 2003)

O behaviorismo contempla o comportamento como uma forma funcional e reacional de organismos vivos. Esta corrente psicológica não aceita qualquer relação com o transcendental, com a introspecção e aspectos filosóficos, mas pretende estudar comportamentos objetivos que podem ser observados.No âmbito da educação, o behaviorismo remete para uma alteração do comportamento dos elementos envolvidos no processo de aprendizagem, sendo que essa mudança nos professores e alunos poderia melhorar a aprendizagem. Para Watson, a educação é um importante elemento capaz de transformar a conduta de indivíduos.

Além disso, Watson acreditava que com os estímulos específicos, era possível "transformar" e "moldar" o comportamento de uma criança, para que ela pudesse exercer qualquer profissão por ele escolhida.

A abordagem da Teoria Psicológica do Behaviorismo, focava principalmente na Análise experimental do comportamento humano. Assim as idéias de Associação do Estímulo Condicionado X Resposta Obsevada, juntamente com os conceitos de Reforço positivo e Reforço negativo, possibilitaram diversas contribuições para a Educação. Muitas são as possibilidades de aplicação desses conceitos nas escolas, uma vez que também melhorou a metodologia, tornando a Psicologia mais objetiva.Algumas limitações que se relata em torno do Behaviorismo é que esta escola foi omissa em relação a importancia da percepção e dos processos sensoriais do indvíduo.

A Psicologia da Teoria Gestalt (Foma ou Configuração),trabalha com a percepção humana, ou seja aquilo que os elementos sensoriais indicam, e tais elementos, indicam exatamente aquilo que podemos observar ou sentir por meio dos nossos órgãos dos sentidos, ou seja, as informações que processamos.Assim como a Escola Behaviorista a Psicologia Gestalt também proporcionou grandes contribuições para o desenvolvimento da Educação, pelo fato de definir a Psicologia como a ciência do estudo do comportamento humano e sendo assim muitos aspectos da Psicologia Cognitiva Contemporânea, deve sua origem a Psicologia de Gestalt. Alguns críticos da Teoria Gestalt afirmavam que os seus conceitos básicos não eram claramente definidos e muito vagos além de que pouco valorizavam o processo da aprendizagem

A abordagem teórica da Psicanálise busca conhecer e compreender a dimensão profunda do psiquismo humano, ou seja, o inconsciente.Uma das contribuições dessa teoria para a Educação, relaciona-se ao entendimento do vínculo afetivo entre aluno e professor, contemplando os processos de transferência e contra-trasnferência. Dessa forma, a figura do professor e sua significação para o aluno passam a ser chaves para o processo do aprendizado. Uma das críticas a tal Teoria é que o vínculo afetivo criado, precisa imperiosamente ser bem administrado pelo professor.

Podemos tomar como exemplor prático o fato de alguns alunos por terem tido um processo de transferência positivo vindo de um vículo afetivo demasiado bom "adorarem" certa discíplina por causa do professor, em contrapartida nos processos onde ocorre a contra-transferência, os alunos "odeiam" a discíplina por causa do professor.

A Teoria Psicológica do Humanismo, busca a humanização das relações e igualdade entre os seres humanos, objetivando também alcançar melhores condições dentro do ambiente escolar. Ao professor cabe criar um ambiente que estimule o aluno a manter-se motivado a aprender.Uma das críticas que pode ser fazer ao Humanismo é que como o processo de aprendizado depende do caráter indididual de cada professor, então fica impraticável ensinar um repertório de estratégias de ensino, pois cada professor deve desenvolver o seu prórprio repertório

O behaviorismo é a corrente à qual se filiam Thorndike, Watson, Pavlov e Skinner (este neobehaviorista), e corresponde à análise experimental sobre o comportamento humano. Sua gênese pode ser atribuída a Aristóteles, que propugnou o princípio da continuidade, segundo o qual as ideias são lembradas em conjunto, por associação ou por condicionamento (estímulo x resposta). Coube, contudo, a Watson lavrar o primeiro texto científico que inaugurou a escola, em 1913. O primeiro emprego na Educação, no entanto, remonta a Pavlov, que, após estudos com animais, dispôs-se a empregar as técnicas associativistas na União Soviética stalinista.

Os reforços positivos ou negativos podem ser empregados no ambiente escolar no desenvolvimento de método de ensino programado e na elaboração de tecnologias de ensino. Nesse sentido, amolda-se à Tendência Pedagógica Tecnicista, que adota a didática instrumental como meio eficiente para controlar e racionalizar o ensino. Trata-se da linha adotada no período da ditadura militar, quando a didática não se prestava a questionar os fins do ensino, previamente determinados pela expectativa da população por contar com mão de obra qualificada. Conquanto, pois, fosse eficiente para a difusão de conteúdos e para promoção da coesão social, ignorava particularidades subjetivas de cada educando.

Como técnica ou aplicação objetiva e pontual, pode-se exigir de um aluno faltoso a realização de tarefas suplementares, de sorte a provocar nele o desejo de ser frequente e pontual. Pode-se, a partir do condicionamento do comportamento do aluno, desobrigá-lo de realizar as tarefas extras, como estímulo negativo. De outra forma, poder-se-ia premiar com a dispensa mais cedo da aula os alunos que concluíssem uma determinada atividade de aprendizado (reforço positivo).

Uma das críticas mais estruturadas aos behavioristas e aos neobehavioristas está no âmago do próprio movimento, naquele que veio a se denominar neo-neobehaviorismo, no qual desponta Albert Bandura. Para o autor, as pessoas apresentam uma autoativação diante de estímulos, sendo desnecessários estímulos externos para que aprendam algo. Entre o estímulo e a reação teria espaço o processo cognitivo da pessoa, e a sua maior motivação para reagir e apreender o saber seria a autoeficácia, compreendida como a percepção sobre a autoestima e a habilidade para lidar com as vicissitudes. De qualquer forma, outras escolas criticam o reducionismo simplista do behaviorismo.

A Psicanálise (Freud) introjeta no campo da educação um conjunto de conhecimentos sobre a vida psíquica, buscando interpretar o significado das manifestações comportamentais. Ao contrário dos behavioristas e dos adeptos da Gestalt, os psicanalistas não restringem o seu campo de observação a fatores conscientes, como a percepção, a memória e a intenção. Buscam, na interação da energia instintiva (id) com a regulação da satisfação imediata de desejos pelo sentido de realidade (ego) e com o componente social da psiquê (superego) entender as reações inconscientes, que para a Psicanálise imperam, do homem nas suas ações e defesas (recalque, formação reativa, regressão, projeção e racionalização).

A utilização atribuída à Psicanálise na Educação é para o entendimento do vínculo afetivo entre professor e aluno. Para esse intento, a análise concentra-se nos mecanismos de transferência - positiva, com o amor manifesto, por exemplo, na confiança no discernimento do professor, e negativa, com o ódio na manifestação de desapreço, travestindo insegurança de que em algum momento o docente trairia a sua confiança - e contratransferência de conteúdos do professor para o aluno.

Compreender essa dinâmica, as transferências e contratransferências, é uma chave para desvendar as afinidades programáticas, com a matéria ou com o processo de ensino e aprendizagem. As limitações, naturalmente, decorrem da complexidade para adoção de princípios analíticos que considerem o consciente, o pré-consciente e o inconsciente em grande contingente de orientandos. Outra crítica que lhe é impingida é de que centra-se excessivamente na motivação pulsionar do ser humano, em alguma medida reduzindo-o à sua expressão animalesca.

A Gestalt (Wertheimer, Koffka e Köhler), por seu turno, é um movimento contemporâneo ao behaviorismo, tendo este maior propagação no pragmatismo estadunidense e aquele, agigantando-se na Europa, especialmente na Alemanha. Considerada uma das linhas mais coerentes e coesas da história da psicologia, ocupada com uma base metodológica robusta e com a consistência teórica, a Psicologia da Gestalt trabalha com a percepção humana para além da mera reação sensorial (ademais do contato sensorial - visão, audição - com algum estímulo).

Para a Gestalt, o cérebro é um todo dinâmico, e os objetos são percebidos segundo a proximidade dos elementos, a continuidade e a semelhança deles, o preenchimento de lacunas (que em determinados casos podem levar a falsas memórias), a simplicidade dos elementos, vistos de forma simétrica, e a percepção do objeto no fundo/contexto em que aparece.

Por fim, o humanismo de Carl Rogers defende um trabalho centrado no aluno. O método a ser adotado pelo professor era criar um ambiente onde o aluno pudesse aprender por si, em um processo de interação com os demais e com o ambiente. O objetivo, desenvolver as aptidões e habilidades e construir o conhecimento a partir das experiências individuais e sociais na solução de questões reais, independentemente do estágio de desenvolvimento cognitivo e em que se encontre o aluno e da sabedoria que já acumule. O humanismo alinha-se com a tendência pedagógica escolanovista, que abriga várias correntes de cunho liberal, como a progressivista de John Dewey, a ativista-espiritualista (de orientação católica), a culturalista, a piagetiana (Piaget), a montessoriana (Maria Montessori), além, é claro, da não diretiva, de Carl Rogers.

As limitações estão em que o respeito excessivo às limitações dos alunos e às suas potencialidades pode levar a que a escola ou o professor não sejam responsabilizados por eventual baixo desempenho deles. Em uma situação limítrofe, os conhecimentos históricos acumulados não terão sido assimilados, resultando em um aproveitamento muito aquém do que se obteria com métodos didáticos mais tradicionais, ou mesmo instrumentais.

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