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A Educação e Trabalho

Por:   •  2/3/2020  •  Resenha  •  1.100 Palavras (5 Páginas)  •  141 Visualizações

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        AD1 EDUCAÇÃO E TRABALHO

        Aluna:                  Matrícula:

        Polo: Petrópolis  

Questão 1:

No texto de Demerval Saviani (aula1) percebemos que o trabalho é produto das relações humanas, tendo adquirido distintos formatos ao longo da história da humanidade. Disserte sobre o conceito de trabalho, demonstrando a forma que o trabalho adquire na sociedade capitalista. Disserte também como ocorreu a separação entre trabalho e educação, a que objetivos atende e como essa separação se configura na atual sociedade de mercado.

     R.:

        Ao estudar o texto de Saviani, foi possível compreender que aquilo que conhecemos como trabalho é a ação do homem sobre a natureza, transformando-a de acordo com as necessidades humanas. Como a existência humana não é garantida pela natureza, não sendo uma dádiva natural, o homem precisa agir sobre ela, produzindo o que necessita. Assim, a própria existência humana é produto do trabalho.

 Esse se desenvolveu ao longo dos tempos, revelando-se um processo histórico que passou pelas sociedades primitivas (onde os homens se apropriavam coletivamente dos meios de produção, sem divisão de classes e garantiam sua subsistência), passando pela relação feudal da Idade Média (nos trabalhos servis, em que se produzia para atender as necessidades de consumo e havia trocas de mercadorias do excedente de produção), até a chegada da sociedade capitalista. Nessa sociedade, também chamada de sociedade de mercado, a produção sistemática de excedentes impulsiona o comércio, gerando uma relação de compra e venda de mão de obra em troca de salário.

Dessa maneira, o desenvolvimento da produção levou a apropriação privada da terra (fonte de riqueza e poder), a divisão do trabalho e das sociedades em classes: classes dos proprietários sendo “senhores” dos não-proprietários, desde a Antiguidade até às sociedades capitalistas (onde a burguesia detêm o controle dos meios de produção e o proletariado vende sua força de trabalho em troca de salários).

Nessa perspectiva, acontece a divisão entre educação e trabalho. O que antes era identificado como um mesmo processo onde os homens eram educados concomitantemente ao trabalho produtivo, se transformam em processos distintos na medida em que a educação se divide entre a do trabalho manual e uma educação escolar destinada ao trabalho intelectual. No primeiro, aprendiam-se ofícios na medida em que se trabalhava com eles e no segundo (que era destinada aos futuros dirigentes políticos e militares), o domínio da arte da palavra, regras de convivência e conhecimento dos fenômenos da natureza. Essa divisão consolidou-se no capitalismo, principalmente com o advento da Revolução Industrial e a mecanização dos trabalhos manuais, onde as classes dirigentes (burguesia) têm a educação pautada no domínio dos fundamentos teóricos amplos e a preparação para as profissões intelectuais, ao passo que às classes dominadas é reservada a educação para formação prática para os trabalhos manuais.

Assim, essa separação objetiva socializar o indivíduo e integrá-lo ao processo produtivo, legitimando a divisão de classes e dos educandos de acordo com sua origem social. Somado a isso, nas sociedades atuais cada vez mais as classes trabalhadoras perdem espaço no campo produtivo, em grande parte por causa do desenvolvimento de novas tecnologias, visto que não se visa uma melhoria dos postos de trabalho, mas o enriquecimento dos donos dos meios de produção , o que gera taxas crescentes de desemprego, baixos salários (onde maior a oferta de trabalhadores disponíveis significa mão de obra mais barata) e  permanência da desigualdade social.

Questão 2:

Com base no pensamento de Antônio Gramsci, de que forma a burguesia garante a continuidade da exploração do trabalho assalariado (classe trabalhadora)?

R.:  Para Gramsci, a dominação da burguesia (classe dominante) sobre o proletariado (classe dominada) não se dá apenas pelos aspectos econômicos das relações de trabalho e nem do poder coercitivo do Estado.  Ela se apresenta também através da hegemonia burguesa, onde há uma espécie de dominação consentida de uma classe sobre a outra, em que os dominados aceitam as normas e valores morais, culturais e sociais dos dominantes e passam a compartilhar deles, como em um acordo entre classes.

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