A Evolução Da Educação

Com a criação da LDB 9394/96, a educação infantil recebeu um novo olhar, passando a ser considerada como a primeira etapa da educação básica, tendo como enfoque o desenvolvimento integral da criança de 0 á 6 anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando assim a ação da família e da sociedade.

Porém na realidade vivenciada em algumas salas de aula e na pesquisa com professoras do ceim Olga Bortot do bairro canivete em Linhares- ES, podemos observar e concluir que mesmo com todo o embasamento que a LDB e o RCNEI dão paras as instituições de educação infantil, ainda hoje a educação de crianças abaixo de seis anos de idade, é vista como uma educação meramente assistencialista. O que se vê é muito cuidado, pouca aprendizagem e pouco interesse em colaborar e estimular a criança.

O fato é que muitos educadores da área acham que por lidar com crianças, podem fazer qualquer atividade como o banho, o lanche e o dormir sem nenhuma exploração de aprendizagem. Poucas são professoras que tem a criatividade de tornar o momento do cuidado em um momento voltado para o aprendizado.

Vimos também que existe toda uma contradição entre a prática e a teoria. Na teoria ouvimos lindos discursos, porém em nossa observação, vimos uma realidade bem diferente.

Mas nos focando apenas na parte instrutiva de nossa pesquisa, encontramos pontos positivos e pessoas comprometidas com uma educação significativa, o que nos dá o prazer de seguir com a profissão.

No ceim em questão, a primeira vista já nos encantamos. A escola é linda e cheia de trabalhos dos alunos expostos. As salas de aula são enriquecidas com materiais didáticos, jogos e brinquedos. As aulas que podemos observar e na entrevista com as professoras, vimos que as mesmas têm domínio de ensino, criatividade, conhecimento e sabem estimular e aproveitar as horas do cuidado e do lanche para um momento de aprendizagem significativa. Nessa linha de raciocínio, destacamos o papel do professor da educação infantil, que é o de auxiliar nos processos de significação dos conteúdos a serem trabalhos, organizando a experiências educativas de cuidado, educação e acolhimento, sem intervir, mas apenas fazendo a mediação entre alunos e os conhecimentos que aos poucos vão sendo internalizados. Para tanto é preciso conhecer seus alunos e identificar em qual estágio do desenvolvimento encontram-se as crianças.

O professor criativo, inteligente e conhecedor das suas reais funções, busca o melhor aproveitamento de suas aulas nas atividades que as crianças têm mais interesse e curiosidade, estimulando de forma a propiciar o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social de cada criança, levando em consideração toda carga social e bagagem cultural que cada uma traz consigo. Dessa forma é possível trabalhar a linguagem oral e escrita e a alfabetização letrada de forma lúdica e prazerosa.

As formas mais usadas no ceim para trabalhar linguagem oral e escrita e a alfabetização e letramento das crianças, são a roda de conversa, faz-de-conta, leitura de histórias, dramatização, jogos, manuseio de materiais do dia-a-dia como revistas, jornais, rótulos, embalagens e bulas, receitas culinárias, canções de ninar e músicas infantis, conversas na hora do banho, manuseio de alfabeto móvel, confecção de crachás, registro de atividades do cotidiano, livro

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