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A Fabula Das Três Raças

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Por:   •  9/11/2014  •  1.278 Palavras (6 Páginas)  •  429 Visualizações

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A fabula das três Raças.

Matta faz uma crítica à adoção de determinismos surgidos nos meios eruditos e que invadem o campo popular. O autor apresenta o racismo à brasileira como uma prova da dificuldade de pensar a nossa realidade social. Ele começa a narrativa com a afirmação de que a distância entre as teorias e as ideologias e valores é menor do que se supõe, e o antropólogo deve abandonar o senso comum e perceber que as idéias atuam em certas situações como atores sociais. É apontada a importância da fábula das três raças, que faz com que o popular e o erudito se encontrem e permite especular sobre as relações que se dão entre esses dois níveis. Os elementos constitutivos da sociedade brasileira (branco, negro e índio) estão colocados de forma ideológica na construção que foi feita dessa identidade. Contrariamente ao sistema de classificação das raças americano, o brasileiro admite um triângulo ( as raças estão divididas entre Mulato, cafuso, mameluco, índio, branco e negro )no qual são visíveis as hierarquias sociais. A justificativa ao sistema hierarquizado é fundada na Igreja unidade com os seus interesses às áreas política e comercial. O Brasil foi desde o início da colonização um território onde as ideologias vigentes em Portugal vigoravam. Nas especulações da nossa tese social era Portugal quem nos dominava. a colônia brasileira nunca foi um campo para experiências sociais ou politicas inovadora onde se pudesse implantar a fundo diferenças radicais e individualidades.

Temos uma imagem de portugual como pais atrasado, onde não existe uma sociedade, na realidade porem a sociedade portuguesa na época da colonização do Brasil e um todo social altamente hierarquizado com muitas camadas ou estados sociais diferenciados e complementares, Tão hierarquizado que ate as formas nominais de tratamento, a forma de uma pessoa se dirigir a outra era regulamentada em lei desde 1597 e foram reguladas novamente em lei de 1739. As pessoas inscrevem-se imediatamente em categorias que as distinguem pelo nome, pela forma de tratamento, pelo traje .A cada uma dessa categorias sociais correspondem direitos e deveres bem marcados inclusive direitos de terem punição diferenciada para seus crimes. Nessa sociedade cujo o modelo nos é familiar ninguém é mesmo igual perante a lei.

Apesar da distância geográfica, o modelo de sociedade era português, e esse modelo, ao contrário do que é propagado, estava baseado em rígida hierarquias. Portanto, fica claro que a lei não igualava os cidadãos e, ao contrário, cada um tinha o seu lugar definido. A tese de que o português estava aberto a uma interação étnica igualitária é negada por Matta, pois como ele afirma: O português não chegou ao Brasil desprovido dos seus valores e ideologias, e a colonização portuguesa não se constituiu numa empresa sem alvo ou método. Matta aponta como significativo o episódio da independência, pois a partir dele a rigidez hierárquica foi quebrada, sendo reorientada. Na busca pela identidade de país independente e sem ter um colonizador para responsabilizar por suas diferenças internas, a elite brasileira criou a fábula das três raças, na qual os impulsos contraditórios eram conciliados, mas sem que houvesse uma transformação profunda. As doutrinas que compunham essa ideologia têm seu marco na Proclamação da República e Abolição da Escravatura, momentos de crises nacionais. O racismo científico surgiu num momento em que a ideologia católica e o formalismo jurídico português não davam conta da sustentação do sistema hierárquico vigente. Essa ideologia surgiu a partir do confronto entre a Abolição - com seu caráter progressivo, propugnando pela igualdade e transformação de hierarquia e a República - destinada à manutenção o status quo. As doutrinas racistas que influenciaram a elite brasileira foram produzidas por Agassiz, (Louis Agassiz situava a raça branca como superior e após a famosa visita ao Brasil escreve em seu livro sua opinião sobre o Brasil: Dizia ele que qualquer um que duvide dos males desta mistura de raças e se inclina por mal entendida filantropia, a botar abaixo todas as barreiras que a separam venham ao Brasil. As misturas de raças vai apagando rapidamente as melhores qualidades do branco, do negro e do índio deixando um tipo indefinido,deficiente em energia física e mental.

Elas combatiam a miscigenação e proclamavam o homem branco como superior aos demais, partindo dos pressupostos de que cada raça ocupa um lugar na histórica e que o componente biológico determinava o comportamento e a mentalidade dos indivíduos.

Gobineau: O conde de Gobineau dizia que levaria menos de duzentos anos o fim dos descendentes de Costa-Cabral ( Brasil ) e dos emigrantes que os seguiram. Ou seja Gobineau colocava a tese de que a sociedade brasileira era inviável porque possuía enorme população mestiça, produto indesejado

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