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A Gravidez Indesejada

Por:   •  12/4/2015  •  Ensaio  •  8.197 Palavras (33 Páginas)  •  169 Visualizações

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Curso: Vigilância Sanitária                                        Turma: T3/14-VS/UAB-03

Aluno: Fabiana Oderdenge Melo                                            Data: 13/01/2015

Nome do Tutor: Claudia Bertolli Ormelli              

Caso Gravidez indesejada

MANHÃ DE SEGUNDA-FEIRA

Uma notícia no canto da primeira página do jornal local deixou o Secretário de Saúde do Município de Village apreensivo. Duas mulheres da cidade haviam engravidado fazendo uso de anticoncepcional oral. Ambas teriam sido atendidas no Centro Municipal de Saúde (CMS), na semana anterior, e o anticoncepcional fora adquirido em duas das principais drogarias da cidade. Chegando ao gabinete, chamou imediatamente o coordenador da Vigilância Sanitária, recentemente municipalizada, e cobrou providências para que o caso fosse devidamente esclarecido.

1a QUESTÃO

Como você conduziria uma investigação preliminar desse caso?

Resposta:

Primeiramente teriam que ser feitas entrevistas com as mulheres envolvidas verificando se foi realizada a administração do medicamento de forma correta, na entrevista também deveria ser levantado a possibilidade de haver algum interferente que pudesse ter causado esta gravidez ou a suposta inefetividade do medicamento, como por exemplo, interações medicamentosas ou doenças concomitantes.

Devem ser verificados os medicamentos que as mulheres estavam consumindo, empresa fabricante do medicamento,registro do medicamento na ANVISA, lote, data de fabricação e de validade.

Deveria ser feita uma inspeção nas Farmácias, verificando como foi realizada a compra dos medicamentos, bem como notas fiscais ,para investigar a hipótese de medicamento falsificado.

Após as entrevistas e a inspeção na farmácia seria solicitada análise do medicamento ao LACEN.

INÍCIO DA TARDE DE SEGUNDA-FEIRA

Os boatos foram confirmados: as mulheres eram atendidas regularmente no Programa de Planejamento Familiar do CMS e haviam sido atendidas na semana anterior. Os ginecologistas do CMS atestaram a gravidez de ambas, ainda que fazendo uso contínuo de pílulas anticoncepcionais da marca Protec. Consultado pelo Secretário, o diretor do CMS confirmou as informações do Coordenador da Vigilância Sanitária e a pertinência da denúncia do jornal, porém não dispunha de maiores informações.

O secretário considerou prudente investigar melhor o assunto, pois na semana anterior tomara conhecimento de caso semelhante em um município próximo. Convocou para a manhã seguinte uma reunião com o chefe de gabinete e os coordenadores da Vigilância Epidemiológica e da Vigilância Sanitária.

MANHÃ DE TERÇA-FEIRA

O secretário iniciou a reunião manifestando sua preocupação; em seguida pediu que cada um expusesse seu ponto de vista. O primeiro a falar foi o chefe de gabinete, político de longa data.

“Creio que isso tudo pode ser apenas uma coincidência e a imprensa está aproveitando para especular”, disse.

“Como farmacêutico posso lhe garantir que a ocorrência de falhas na composição de medicamentos é muito mais comum do que vocês imaginam. Acho que devemos investigar o caso mais profundamente”, disse o coordenador da Vigilância Sanitária.

“Sem desmerecer a competência do colega da Vigilância Sanitária, creio que nosso Município ainda não tem maturidade suficiente para investigar um problema que pode envolver, além das farmácias, a indústria farmacêutica. Sou favorável a que deixemos o caso a cargo da Secretaria Estadual de Saúde”, retrucou o chefe de gabinete.

“Deveríamos iniciar uma ampla investigação epidemiológica que nos permitisse obter mais dados sobre a situação. Neste momento considero precipitado notificar ao Estado, já que ainda não dispomos de informações consistentes para passar”, interferiu o coordenador da Vigilância Epidemiológica, epidemiologista da capital, que acabara de defender sua tese de mestrado.

“Concordo com a sua proposta. A Vigilância Sanitária também pode tomar algumas medidas imediatas, mas considero fundamental a parceria com a Secretaria de Estado, eles terão muito a contribuir na investigação”, finalizou o coordenador da Vigilância Sanitária.

2a QUESTÃO

Como poderia ser conduzida a investigação epidemiológica sugerida? Qual a sua posição quanto a notificar o caso à SES? Justifique. Que “medidas imediatas” poderiam ser tomadas pelo coordenador da Vigilância Sanitária?

Resposta:

 A investigação epidemiológica deve ser realizada visando interromper a progressão do agravo na população, através da descoberta de casos não-informados, da observação dos contatos, da proteção dos susceptíveis, e da identificação e eliminação dos fatores envolvidos na origem e na propagação do agravo.

A Vigilância epidemiológica pode proceder com as seguintes ações:

- Visita ao local de ocorrência do caso;        

- Coleta de dados como verificação do perfil das pessoas atingidas ( idade, sexo), data do início do agravo, características clínicas do caso, susceptibilidade das pessoas atingidas;

- Verificação das possíveis fontes causados do agravo;

- Execução das medidas de controle.

Quanto a notificar a SES, acho a posição de fundamental importância, pois a SES, através dos órgãos competentes (Vigilâncias Sanitária e Epidemiológica Estadual) poderia contribuir com a investigação verificando se há ocorrência de casos semelhantes nos demais municípios do Estado ou se houve casos semelhantes já ocorridos, bem como dar apoio técnico ao município.

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