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A HISTÓRIA DO RADIOJORNALISMO NO BRASIL

Por:   •  14/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.863 Palavras (8 Páginas)  •  291 Visualizações

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A HISTÓRIA DO RADIOJORNALISMO NO BRASIL

  1. O surgimento do rádio

Para relatar sobre o radiojornalismo no Brasil, primeiramente vais ser necessário descrever a aparição de um dos primeiros meios de comunicação à distância do país, o rádio.[pic 1][pic 2]

Nascido oficialmente em 07 de setembro de 1922, ano do centenário da independência do país, o rádio oficializa sua primeira transmissão com o discurso do presidente Epitácio Pessoa ao inaugurar a radiotelefonia brasileira, no entanto, começou operar oficialmente em 30 de abril de 1923 através de um transmissor fornecido por uma casa argentina denominada Casa Pekan e instalado na Escola Politécnica, na capital federal daquela época.

A primeira emissora registrada no Brasil foi a Rádio Clube Pernambuco no Recife com o locutor, Oscar Moreira Pinto que formou sua equipe com um grupo de amigos. Mesmo com a sigla PRA seguida por um número sequencial, que servia para organizar a origem das rádios, ela saiu na frente do Rio de Janeiro que possuía a escritura anterior da estação carioca e também da paulista, a Rádio Educadora e assim se autoproclamarem a pioneira em transmissões de rádio.

Durante dois anos, precisamente em 1923 e 1924 surgiram outras estações radiofônicas. Em Curitiba nasce a Rádio Clube Paranaense, em São Paulo (outra), a Rádio Clube São Paulo, a Rádio Clube Ribeirão Preto a primeira no interior paulista, em Minas Gerais a Rádio Clube Belo Horizonte com um potente transmissor de 500 watts, Rádio Clube do Pará na região Norte do País, em Rio Grande do Sul as emissoras: Sociedade Rádio Pelotense e a Rádio Sociedade Gaúcha na capital Porto Alegre. A última citada até hoje se intitula a pioneira das rádios no sul do país.

No dia 27 de maio, em 1931, no governo de Getúlio Vargas ocorre nova manifestação do Poder Público, a fim de regular a atividade da radiodifusão. O número de emissoras pelo Brasil crescia constantemente, e a Junta Provisória preocupava-se com a penetração do rádio no país, que em 1925 eram por volta de três dezenas no ar, e naquele ano de 1931, já eram centenas.

O decreto 20.047 que revogava o Regulamento de 1923 e ratificava o modelo radiodifusão norte americano foi publicado em 27 de maio de 1931 no Diário Oficial. Mas as condições para isso eram conceder os canais a particulares e assim legalizar a propaganda comercial. Este documento circulou por vários ministérios, até ter sua aprovação em 1° de março de 1932 pelo decreto e desta forma, oficializar o primeiro diploma legal que definiu relevante mudança.

O Governo Federal, em seu depoimento determina a concessão das frequências de rádio para as sociedades civis e nacionais: “O governo da União promoverá a unificação de serviços de radiodifusão no sentido de construir uma rede que atenda aos objetivos de tais serviços e que a orientação educacional das estações de rede nacional de radiodifusão caberá ao Ministério da Educação e Saúde Pública e sua fiscalização técnica competirá ao Ministério da Viação e Obras Públicas”.

http://www.rankbrasil.com.br/Recordes/Materias/06q./Primeira_Transmissao_De_Radio_No_Brasil

  1. O rádio e a notícia

A instalação definitiva da radiodifusão no Brasil foi efetivada no dia 20 de abril de 1923. Mas, Edgard Roquette Pinto já vivenciava o jornalismo radiofônico antes da inauguração da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.

“Tendo acompanhado as irradiações da

Westinghouse Eletric no Morro do Corcovado,

durante a Exposição do Centenário

da Independência, Roquette-Pinto incorporou-

se àqueles que se encantaram com o

novo meio de difusão. Do encanto passou

à prática, montando em 1922, com o cientista

Henrique Morize, um pequeno transmissor

experimental, com o qual pôs-se a

irradiar, pela sua voz, notícias do dia e

música erudita destacada de sua coleção de

discos”.

Mario Ferraz Sampaio, História

do Rádio e da Televisão no

Brasil e no Mundo, Rio de Janeiro,

Achiamé, 1984, p. 112.

Com participação em todos os instantes da vida brasileira, o rádio tem colaboração direta na queda da República Velha, envolvimento também na Revolução de 1932, vários noticiários relatados sobre a Segunda Guerra Mundial. Exerceu conduta significativa no Golpe Militar de 1964, transmitiu o processo de impeachment de um presidente da República antes de participar intensamente da redemocratização no período da Nova República.

Em 2002 quando a população tinha a expectativa de uma nova representação administrativa, políticos reconheciam a importâncias de suas campanhas durante a disputa daquele ano.

Sem nenhuma exceção, todos eles se interessam participar de programas de rádio, independentemente dos municípios que passam as marchas eleitorais sejam elas de todo tipo.

No início do funcionamento da Rádio Sociedade foi criado e apresentado o primeiro jornal de rádio, e isso por intermédio de Roquette-Pinto.

“O Jornal da Manhã não era um simples

noticioso, nem um modesto relato dos

acontecimentos. Era o fato comentado, esmiuçado

e interpretado com a autoridade

do sábio. Jornal da Manhã, da Rádio Sociedade

do Rio de Janeiro, foi iniciativa

jamais igualada. Por meio dele, o comentarista

apreciava os acontecimentos nos

noticiários dos jornais, lendo-lhes as manchetes

e oferecendo um panorama

inigualável de concisão, de realidade e de

objetividade, como somente ele poderia

fazê-lo…”

Saint-Clair Lopes, Comunicação

– Radiodifusão Hoje, Rio

de Janeiro, Temário, 1970,pp. 41-2.

Ele foi proclamado o primeiro locutor e comentarista de rádio em todo o Brasil.

“Com sua voz marcante e bem colocada,

fazia, pela manhã, a abertura das transmissões.

Nessa abertura, lia os jornais que já

havia assinalado com seu lápis vermelho

(hábito antigo), comentando as principais

notícias do dia, inaugurando, assim, o jornal

falado

Ana Maria de Souza Barbosa,

O Pássaro dos Rios nos

Afluentes do Saber – Roquette-

Pinto e a Construção da Universalidade,

São Paulo, PUC,

1996, 2 vs., p. 381 (tese de

doutoramento).

...

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