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A IMPORTÂNCIA DOS PRIMEIROS 1000 DIAS DE VIDA

Por:   •  22/5/2020  •  Seminário  •  1.307 Palavras (6 Páginas)  •  171 Visualizações

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IMPORTÂNCIA DOS PRIMEIROS 1000 DIAS DE VIDA

O conceito dos primeiros mil dias de vida, abrangendo desde a concepção até o segundo ano da criança é um período crucial para o crescimento e desenvolvimento infantil, por se tratar de uma janela única de oportunidades que influenciarão todo o futuro do indivíduo. Assim, a epigenética corrobora que os efeitos do ambiente tais como alimentação, estresse, atividade física, hábitos e outras atitudes ou comportamentos causarão um impacto nos indicadores de saúde/doença em curto e longo prazo.

Nesse sentido práticas saudáveis, aleitamento materno, introdução adequada de alimentos são maiores aliados para um ciclo de vida saudável já que os primeiros 1000 dias compreendem o período chave do crescimento e desenvolvimento infantil. . Ou seja, são mil dias que valem uma vida!

DIETA E NUTRIÇÃO NOS PRIMEIROS 1000 DIAS DE VIDA

Ainda no útero começa o desenvolvimento e funcionamento dos sistemas sensoriais, olfatório e gustativo do bebê. Com um estímulo adocicado observaram uma maior deglutição fetal e expressões de prazer vistas por ultrassom. Também se constatou que com estímulo amargo houve a diminuição da deglutição. Ao nascer os bebês podem apresentar respostas semelhantes a deglutição e expressão intrauterina. Já o leite materno varia de sabor conforme a mamada, dependendo da dieta da mãe.  Portanto, quanto maior a variedade do cardápio materno maior exposição de sabores ao bebê e assim maior aceitação de alimentos na fase de alimentação complementar. Deste modo podemos entender que nossas preferencias alimentares são moldadas na fase doa primeiros 1000 dias de vida.

Estudos apontam que nossa preferencia alimentar não é genética e sim adquirida, são individuais e passíveis de alterações conforme novas experiências relacionadas a fatores ambientais e sociais.

Frente a isso é válido orientações para gestantes e lactantes sobre uma dieta saudável, preferencialmente reduzindo o consumo de açúcares livres de sua dieta e assim estabelecer hábitos saudáveis para com seus filhos.

Por outro lado gestante e crianças menores de 2 anos de idade estão entre grupos populacionais de maior risco de para deficiência de micronutrientes  afetando então o desenvolvimento e metabolismo de ossos e dentes. Gestantes necessitam de mais vitaminas e minerais para melhorar e manter sua imunidade, assegurar sua saúde e o desenvolvimento fetal adequado.

Em 2012, a OMS destacou a alimentação materna com predomínio de alimentos processados, com alta densidade energética, alto teor de gordura, sódio, açúcar, com baixa concentração de nutrientes. Uma dieta com alimentos minimamente processados como frutas, cereais, hortaliças oferece maior concentração e biodisponibilidade de nutrientes naturalmente presente nestes alimentos.

A dieta tem papel muito importante no desenvolvimento e crescimento saudável, alguns hábitos alimentares não saudáveis podem afetar negativamente a saúde geral e bucal do bebê desde a vida intrauterina até os primeiros anos de vida.  Alguns agravos à saúde bucal que afetam a criança estão relacionados a condições nutricionais como cárie dentária, desgaste dentário erosivo e defeitos do desenvolvimento do esmalte dentário.

A DIETA E NUTRIÇÃO E SUA RELAÇÃO COM A CÁRIE

Os açúcares livres são a causa da doença cárie e na ausência destes açucares a mesma não se desenvolve. A sacarose é um açúcar livre de fermentação fácil, na sua presença as bactérias cariogênicas contidas no biofilme produzem uma “cola biológica’ que altera a composição deste biofilme o tornando mais poroso retendo ácidos que se aderem a superfície dos dentes.

Hoje esta bem estabelecido cientificamente que a higiene bucal diária, desde a irrupção do primeiro dente decíduo, deve ser realizada utilizando dentifrício com flúor convencional com concentração de 1000 a 1500ppm. Porém, apesar do flúor possuir eficácia anticárie comprovada, as lesões iniciais de desmineralização dental pode ser observada se houver mais de 6 exposições por dia de sacarose, e alteração do biofilme com 4 exposições de sacarose diárias . Isso mostra a grande importância da redução do consumo diário de sacarose e o uso do dentifrício fluoretado.

A OMS faz recomendação tanto para adulto quanto para crianças, dizendo respeito  a necessidade da diminuição do consumo de açucares livres, com objetivo de reduzir a incidência destas doenças não transmissíveis .Não faltam motivos para tornar transdisciplinar a orientação sobre hábitos de dieta, já que hoje as evidências nos mostram que o consumo de açúcar não é somente uma das maiores causas da cárie, mas também de obesidade, diabetes tipo 2 tanto em criança como adulto. Atualmente não é recomendado o consumo de açúcar por crianças antes dos 2 anos de idade.

Um estudo acompanhou crianças desde o período gestacional  onde o baixo peso ao nascer pode colocar a criança em risco progressivo para o desenvolvimento de cárie dentária. Este risco esta relacionado com a associação entre defeitos de desenvolvimento de esmalte.

A nutrição tem um papel fundamental na saúde em geral, a falta de alguns micronutrientes como cálcio, vitamina D, vitamina K, pode impactar negativamente na mineralização dentaria afetando a quantidade e qualidade do tecido dentário, interferindo no risco de cárie. Há estudos que mostram que a suplementação das vitaminas  A, D e E podem reduzir a ocorrência de cárie. A vitamina C é utilizada na suplementação de Ferro, como suco de laranja para evitar manchamento extrínseco causado pelo Ferro.

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