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A INSTRUMENTALIDADE NO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL

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Por:   •  22/3/2015  •  985 Palavras (4 Páginas)  •  3.352 Visualizações

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Introdução

Nesse artigo a autora teve como objetivo apresentar uma reflexão sobre a instrumentalidade no exercício profissional do assistente social, onde ela refere-se à instrumentalidade como um determinado modo de ser que a profissão adquire no interior das relações sociais. E como uma propriedade sócio-histórica, possibilita o atendimento das demandas e o alcance de objetivos. Para que a intervenção dos assistentes sociais não seja fragmentada, mas que possam modificar transformar e alterar tanto o cotidiano profissional, quanto o cotidiano das classes sociais, dando instrumentalidade a suas ações.

A INSTRUMENTALIDADE NO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL

Segundo Yolanda Guerra, a instrumentalidade é condição concreta de reconhecimento da profissão, pois considera que todo trabalho social possui instrumentalidade. Ela acredita que é pelo processo de trabalho que os homens transformam a si mesmo e aos outros, pois esse processo implica manipulação, domínio e controle de uma matéria natural que resulte na sua transformação. E é a esse conjunto de atividade humana que a autora define como práxis, que o desenvolvimento do trabalho exige o desenvolvimento das próprias relações sociais e o processo de reprodução social como um todo. A autora cita alguns complexos sociais considerados por Lukács como mediações de segunda ordem, por exemplo: a ideologia, a teoria, a filosofia, a política, a arte, o direito, o Estado, a racionalidade, a ciência, e a técnica. Ou seja, o autor mencionado refere-se ao trabalho como primeira ordem. De acordo com o texto, o espaço sócio-ocupacional é criado pela existência de tais necessidades sociais e históricas, e também quando o Estado passa a intervir sistematicamente nas refrações da questão social. As políticas sociais põem a necessidade de profissionais que atuem em dois campos distintos: o da formulação e o da implementação. Fundando um mercado de trabalho para os assistentes sociais no segundo campo. Devido à maneira que o Estado trata a questão social e por ela ser complexa, a intencionalidade dos assistentes sociais passa a ser mediada pela própria lógica da institucionalização e pelas estruturas em que a profissão se insere. Yolanda Guerra ressalta que é importante fazer uma reflexão sobre o processo sócio-histórico da instrumentalidade, destacando os seguintes níveis: da instrumentalidade do serviço social face ao projeto burguês; das respostas profissionais; nas funções que lhe são requisitadas; no horizonte do exercício profissional; e nas modalidades de intervenção que lhe são exigidas pelas demandas das classes sociais. Uma vez que algumas dessas respostas são operativo-instrumentais, onde existe uma relação direta entre pensamento e ação, na qual a preocupação com os valores restringe-se a eficácia dos fins, mesmo assim, não são suficientes para responder as demandas. A autora aborda que, se as demandas com as quais os assistentes sociais trabalham são saturadas de determinações, então elas implicam intervenções com razões críticas, ações que estejam ligadas a projetos profissionais submetidos com referências teórico-metodológicos e princípios ético-político. Sendo necessária a interlocução com conhecimentos de disciplinas especializadas, acrescenta também que a profissão tem produzido conhecimentos através de pesquisa e de intervenção, compartilhando com outros profissionais. Destaca outra dimensão que é da instrumentalidade do exercício profissional como mediação, pois permite tomar o serviço social como totalidade constituída de múltiplas dimensões. Tanto das ações instrumentais para o exercício profissional crítico e competente, quanto da instrumentalidade sendo particularidade, por ser o espaço onde a cultura profissional se movimenta, permitindo que os sujeitos invistam na criação e articulação dos meios necessários para suas finalidades profissionais. E em relação ao campo da cultura profissional, o assistente social constrói um modo de fazer próprio e produz elementos novos, mas para isso é necessário que se tenha conhecimento dos objetos, dos meios, instrumentos e dos resultados possíveis.

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