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A Importancia Do Serviço Social Nos Dias De Hoje

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Por:   •  3/11/2014  •  3.465 Palavras (14 Páginas)  •  502 Visualizações

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Neste trabalho faço a analise do filme tropa de elite que reflete a realidade social vivenciada nos dias atuais em que o assistente social possa ter, na sua formação, a capacidade de refletir criticamente sobre os acontecimentos de cunho econômico, social e psicológico que ocorrem na sociedade. Inclusive no Brasil, temas como o uso de drogas e a corrupção na política são recorrentes; tudo isso acaba trazendo alguns efeitos sérios à população, isto é bem retratado no filme em que foi proposta a analise sob visão do conceito de psicologia social.

As diferenças entre os homens e outros animais

“Não há nenhuma diferença fundamental entre o homem e os animais mais superiores do reino no que diz respeito a suas faculdades mentais”, afirmou o naturalista inglês Charles Darwin (1809 – 1882) em sua obra Origem do homem e a seleção sexual (1871). Responsável pela teoria da evolução que balançou os alicerces humanos revelando sua descendência animal, Darwin também enfatizou que “há uma imensa diferença entre a mente do homem mais primitivo e das espécies animais mais superiores”. Acredita Bennett Galef, professor emérito do Departamento de Psicologia da Universidade de Mc Master no Canadá que não há grandes diferenças, “Partindo de uma espécie ancestral comum, houve séries graduais de uma infinidade de pequenas modificações cerebrais que levaram ao desenvolvimento das mentes dos humanos de um lado, e dos demais primatas de outro; o resultado disso foi uma vasta diferença quanto ao desempenho das mentes de cada uma das espécies descendentes”.

Linhas tênues que aproxima a garantia da exclusividade humana até então é a cultura, conceito que ainda divide biólogos, etnólogos e antropólogos.

De acordo com Galef, o significado implícito em cultura remete a comportamentos e conhecimentos cumulativos, socialmente transmitidos e que se baseiam no aprendizado e imitação. Para ele, o mais apropriado seria dizer que os animais, excluindo o homem, possuem algo análogo, mas não homólogo à cultura e que, portanto, deveria ser chamado de tradição. Porém, “chamar de cultura ou tradição o que os animais passam socialmente para seu grupo é uma questão semântica e de pouco interesse” (para seus estudos), conclui. Na opinião de Eliane Rapchan, doutora em ciências sociais e professora da Universidade Estadual de Maringá, o conceito de “cultura” adotado pelos pesquisadores dedicados ao estudo do comportamento animal “são padrões comportamentais estáveis, transmitidos no interior do grupo, que não surgiram por influência humana e não são determinados por fatores ambientais ou genéticos”. Como exemplos de cultura animal já estudado, César Ades, docente do Departamento de Psicologia Experimental do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP), cita os comportamentos de aves, que apresentam uma espécie de dialeto de acordo com o local onde nascem, e a vocalização de baleias orcas (Orcinus orca), as quais apresentam mudanças na comunicação ao longo do tempo.

O etnólogo Eduardo Ottoni, pesquisador do IP-USP, também reconhece especificidades importantes das culturas humanas. Segundo ele, as definições clássicas dos antropólogos definem cultura como um fazer tipicamente humano. Entretanto, ele confessa que na falta de algo que designe melhor o comportamento transmitido socialmente pelos animais e que exclua a via genética, a palavra cultura é a que melhor se encaixa. Na sua visão, o que diferencia a cultura humana dos não-humanos decorre da particularidade de nossa cognição: “somos capazes de simular os estados mentais de outros indivíduos (o que eles desejam, o que eles sabem, ou não) e, a partir dessas simulações, podemos prever melhor o comportamento de nossos semelhantes, o que se denomina “Teoria da mente” (algo que parece ser incipiente em outras espécies)”. Para Ottoni, investigador da etologia de macacos-prego, prever e manipular o conhecimento, as motivações e o comportamento alheios são trunfos muito valiosos na vida social. Para ele, essa vantagem, exclusivamente humana, serviria, por exemplo, para que um aprendiz saiba que seu mestre sabe o que ele não sabe (e que o mestre perceba o que o aprendiz não sabe) – e que ambos possam saber que estão prestando atenção na mesma coisa (“atenção conjunta"). “Isso permite que nossa transmissão cultural seja muito mais eficiente: um jovem chimpanzé pode aprender a quebrar cocos observando o uso de ferramentas por um adulto (perpetuando uma tradição comportamental), mas provavelmente só os humanos podem ensinar deliberadamente”, ressalta o etólogo.

Além disso, “a capacidade humana para produzir símbolos (sepultar os mortos ritualmente, produzir arte, usar adornos corporais e adornar os objetos cotidianos e rituais) é um produto evolutivo que está diretamente associado ao surgimento do Homo sapiens, há aproximadamente 30 a 50 mil anos – nenhum animal faz coisa semelhante”, conta Eliane. Ela ainda argumenta que provavelmente esse fenômeno não é fruto de processo evolutivo gradual, pois essa capacidade surgiu de uma vez e invadiu toda a existência humana. “Por isso não encontramos indícios de nada parecido em nossos parentes mais próximos”, adiciona.

Andrew Whiten (Philosophical Transactions of the Royal Society B, vol. 366, pp.938–948, 2011), professor do Centro de Aprendizado Social e Evolução Cognitiva da Universidade de Saint Andrews no Reino Unido, aponta-se que descobertas arqueológicas recentes têm remetido a origem cultural da espécie humana há tempos muito mais remotos do que tradicionalmente se pensava, o que sugere uma continuidade de comportamentos entre as culturas humanas e animais, até então não identificável. Concordante a esse traço sequencial entre as espécies, Ades comenta que “existe uma continuidade entre os animais, tanto nos aspectos da estrutura e da fisiologia, como dos psicológicos; as pesquisas mais recentes mostram semelhanças marcantes em complexos processos cognitivos e afetivos entre humanos e não humanos”.

A explicação para esse contínuo (não humano em direção ao humano) talvez recaia sobre algo que parece também inerente somente à espécie humana: a inovação. Uma referência concreta desse fenômeno comportamental pôde ser observada em macacos-prego, objeto de estudo de Ottoni. Chamou a atenção dos cientistas o fato de que grupos dessa espécie começaram a usar espontaneamente pedras para abrirem frutos com casca; comportamento

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