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A Medicina veterinaria

Por:   •  20/9/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  727 Palavras (3 Páginas)  •  107 Visualizações

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Olfato

   Os peixes no geral possuem o olfato muito aguçado. Para a percepção do cheiro os peixes possuem fossas nassais, existem grandes variações na morfologia dos órgãos olfatórios, alguns, como os teleósteos (subclasse com o esqueleto ósseo), possuem fossas nasais na região dorso-anterior da cabeça, cada qual dotada de duas aberturas – uma anterior, de entrada e outra posterior, de saída totalmente separada por uma ponte membrana. Outras, como os tubarões e raias, têm o par de fossas nasais alojado no focinho e dividido, por uma prega da epiderme, em uma entrada e uma saída de água.

   As narinas possuem receptores muito sensíveis e capazes de detectar substâncias diluídas na água a dezenas de metros, o tubarão por exemplo consegue sentir o cheiro de uma gota de sangue a 300 metros de distância. As narinas estão ligadas ao epitélio sensorial, desempenhando importante função na detecção de mudanças químicas na água, sendo fundamental na procura do alimento, encontrar habtats seguros, evitar predadores, reconhecerem-se uns aos outros, identificação de odores sexuais (feromônios) e migrações, salmões, em suas longas viagens migratórias, se orientam pelo olfato.

   Alguns peixes que costumam viver em cardumes, se servem desse sentido para detectarem substâncias repelentes expelidas por companheiros perseguidos ou feridos, debandando ao menor sinal do perigo percebido pelas fossas nasais.

   Qualquer redução da capacidade olfativa pode comprometer algumas das funções essenciais dos peixes e até a sua própria sobrevivencia.

   Um estudo realizado evidencia que espécies de peixe comercialmente importantes podem ser afetadas pelo aumento dos níveis de acidez nos oceanos. Os oceanos absorvem quase 1/3 de todo gás carbônico, isso acontece porque o gás carbônico em contato com a água se transforma  em outra substância chamada ácido carbônico, desde a revolução industrial no século 18, a humanidade vem despejando toneladas de gás carbônico no ar, o PH dos oceanos caiu 0,11 nos últimos 200 anos, significa um aumento de 30% na acidez dos oceanos, sem emissão de gás carbônico continuar é previsto que no ano de 2100 a acidez nos oceanos será 2,5  maior do que a atual. A acidez elevada não faz bem para os peixes, afeta diretamente como o genes dos peixes controla o desenvolvimento e a operação do corpo deles. E uma das primeiras coisas que sofrem consequências é o olfato, animais terrestres sentem o cheiro detectando moléculas voláteis no ar, os peixes fazem da mesma forma só que deitando moléculas suspensas na água.

   Em um experimento realizado por cientistas publicado pela Universidade de Exeter na Inglaterra, colocaram filhotes de robalo em amostras de água do mar com diferentes níveis de acidez, uma representando a atual e outra de como vai ficar em 2100, foi concluído que a capacidade cognitiva dos peixes expostos a amostra com acidez elevada é afetada, fazendo com que eles precisem nadar 42% mais perto para sentir a fonte de odor para detectá-la,  nadavam com menos ânimo e faziam muitas pausas para descansar, isso acontece porque alguns genes associados a eficiência da sinapses não trabalhavam com 100% da sua capacidade, outros trechos de DNA responsáveis por montar os circuitos do sistema nervoso associado ao olfato também não conseguiram atuar em ambiente ácido. Embora este estudo tenha incidido sobre o robalo, qualquer espécie de peixe pode vir a ser afetada.

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