A Origem Da Moeda, Das Operações Comerciais E Da Cobrança De Jurus Nos Em

Belém (PA), 19 de junho de 2013.

Ao

Prof. Dr. Carlos Edilson de Almeida Maneschy

Magnifico Reitor da Universidade Federal do Pará

Rua Augusto Corrêa, N° 1 - Prédio da Reitoria - 3º andar 66075-110 - Belém - Pará

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Magnifico Reitor,

Em relação a decisão da Universidade Federal do Pará, em reunião extraordinária realizada no ultimo dia 3, pelo seu Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), que aprovou o modelo que a UFPA adotará no Processo Seletivo 2014, optando pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como o único processo realizado, não havendo mais outra etapa, como ocorria nos anos anteriores. Além da parcela do número total de vagas da Instituição que será destinada ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

A Universidade divulgou que o argumento para a adoção do Enem como única etapa teve motivação orçamentária, a partir da decisão tomada no dia 11 de abril, pela presidenta Dilma Rousseff que sancionou a Lei nº 12.799, que assegura a isenção total do pagamento da taxa de inscrição em vestibulares de instituições federais a estudantes de baixa renda. Mesmo que a UFPA já adotasse critérios para a isenção total ou parcial da taxa de inscrição.

Essa estimativa fez que a Universidade avaliasse um déficit de 3,2 a 4 milhões de reais que a UFPA deixaria de arrecadar e considerasse a impossibilidade de realizar o processo seletivo.

Como vemos, o CONSEPE avaliou a questão apenas pelo aspecto financeiro, sem considerar que o Exame Nacional do Ensino Médio é conduzido pelo INEP/MEC envolvendo quatro áreas: Linguagens, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Matemática, deixando de fora qualquer avaliação de conhecimento da realidade amazônica ou paraense, nossa história, nossos problemas, nossos autores e nossos desafios. Mas tão somente iremos reproduzir os projetos e problemas nacionais que, invariavelmente se debruçam sobre as questões de interesses das regiões mais fortes como Sudeste e Sul do país.

A situação econômica dos estados do Sudeste e Sul refletem na condições econômicas e dos índices sociais de sua população, como da educação em que a relação das melhores colocações do ENEM são fortemente ocupadas pelos colégios e estudantes daquelas regiões e os piores resultados são ocupados pelas instituições e alunos do norte do país.

Até o calendário do Enem é adaptado às escolas do Sudeste e Sul e os alunos daquelas regiões já estão adaptados a esse processo de disputa unicamente pelo Enem, que trata da situação daquelas regiões e controlada politica e ideologicamente por seus interesses.

A adoção desse modo de avaliação para ingresso na universidade paraense deverá ser um agente da manutenção do status quo das dificuldades de nossa região, onde parcela considerável das vagas a serem ocupadas, notadamente nos cursos de maior procura, deverão ser ocupados por estudantes daquelas regiões com melhores condições de vida, relegando nossa população cabana a continuar sem acesso às condições de crescimento.

Outra decorrência dessa decisão será a de despreocupação dos alunos e escolas locais com o estudo da realidade amazônica e paraense, de nossas