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A Origem Das Operações Comerciais Trabalhos Escolares E Acadêmicos Prontos

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Por:   •  1/10/2013  •  2.401 Palavras (10 Páginas)  •  1.128 Visualizações

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1. Origem da moeda

Quando o homem se fixou à terra, passou a permutar o excedente que produzia,

fazendo com que surgisse a primeira manifestação de comércio: o escambo,

consistindo na troca direta de mercadorias, sem equivalência de valor. Nessa troca,

algumas mercadorias passaram a ser mais procuradas que outras, assumindo a função

de moeda-mercadoria (sal, gado, pau-brasil, açúcar, cacau, tabaco e pano). O sal deu

origem à palavra salário, assim como a palavra gado, em latim pecus, ao termo pecúlio.

A permuta de algumas mercadorias nem sempre era vantajosa devido à

distância, ao estado perecível, às condições precárias das estradas, à ação de

salteadores, lembrando que naquela época a cobrança de pedágio já existia.

Com o descobrimento do metal, o homem passou a utilizá-lo na confecção de

utensílios, tornando seu uso vantajoso e eleito como o principal padrão de valor

monetário. As primeiras moedas apresentaram alguns formatos como chave e faca.

Posteriormente, passaram a ser cunhadas a martelo, em metais como ouro, prata e

cobre, ressaltando atributos de beleza e expressão cultural da época em que surgiram.

Pela necessidade de guardar as moedas com segurança, os negociantes, que já

possuíam cofres e guardas, aceitaram cuidar do dinheiro de seus clientes, fornecendo

recibos escritos pelas quantias guardadas. Esses recibos deram origem à moeda-papel,

e a guarda de valores fez surgirem as instituições bancárias. Os primeiros bancos

oficiais foram criados na Inglaterra, sendo a palavra "banco" originária da peça de

madeira que os comerciantes de valores italianos e londrinos usavam para operar seus

negócios no mercado público.

No Brasil, as primeiras cédulas surgiram em 1810 e com o tempo, o governo

passou a gerenciar a emissão dessas cédulas e também das moedas, para evitar

falsificações. Atualmente, em quase todos os países, essa atividade de gerenciamento é realizada pelos bancos centrais.

As diferentes moedas surgiram da necessidade do homem em adequar o

instrumento monetário à realidade econômica. O uso de cheques, pelo qual se

determina o pagamento de certa quantia ao seu portador ou à pessoa nele citada, é

uma necessidade atual.

2. Mercado Financeiro Brasileiro

O mercado financeiro brasileiro é o local onde interagem vários agentes

financeiros: superavitários, deficitários e intermediários, sendo os agentes

superavitários os que possuem recursos excedentes; os agentes intermediários, os que

canalizam esses recursos para os agentes deficitários. Essa interação é realizada com

a regulação e fiscalização do governo através das políticas econômicas e também por

outros organismos. O mercado não possui um local físico, mas é representado por

transações que podem ocorrer via telefone, virtualmente, etc.

Com o desenvolvimento das tecnologias de informação, o sistema financeiro

internacional se transferiu para o ciberespaço, ambiente virtual originado a partir de

uma rede de computadores, através da comercialização dos derivativos – produtos

financeiros vendidos no mercado futuro – por bancos e corretoras, entre outros. Um dos

indícios que comprovam essa transferência, comentado por SANTOS é o

desinteresse pela produção material e desistência do investimento produtivo:

em cada 70 dólares que trocam de mãos nos mercados cambiais globais, só um

paga por um comércio de bens e serviços; muitas das maiores transações são

especulativas: é que os investidores tentam tirar vantagem de pequenas

diferenças nas taxas de câmbio ou de pequenos diferenciais nas taxas de juros,

medidos em frações de percentagem (2003, p. 115).

3. Inflação, Correção Monetária e Indexadores

Quando ocorrem aumentos persistentes e generalizados dos valores monetários

- preços de bens e serviços, salários, financiamentos, empréstimos, aplicações,

impostos, etc. - surge a inflação; o processo inverso é chamado deflação. Inflação

elevada é sinal de instabilidade na economia, efeito minimizado pela correção monetária onde os valores podem ser reajustados com indexadores, levando-se em

conta a inflação medida no período anterior. Com a criação de vários indexadores

desde 1964, foram adotados planos econômicos como o cruzado, o verão e o atual

plano real.

Na divulgação dos índices que medem a inflação - Índice de Preços ao

Consumidor (IPC) - alguns veículos de comunicação explicam a metodologia utilizada

para o seu cálculo, bem como sua abrangência. Para a análise do custo de vida, o

índice utilizado determina o nível de consumo e reflete a variação de preços médios da

cesta de famílias com faixas de renda situadas entre 01 e 40 salários mínimos, medido

em nove regiões metropolitanas do país - Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Belo

Horizonte, Rio de Janeiro, Belém, Fortaleza, Recife e Salvador, além do município de

Goiânia e o Distrito Federal. Esse nível de consumo da população é classificado em

grupos de produtos/serviços tais como:

- alimentos e bebidas;

- habitação;

- artigos de residência;

- transporte e comunicação;

- vestuário;

- saúde e cuidados pessoais;

- despesas pessoais.

Além desse índice, existem outros indexadores como a Taxa Referencial (TR)

que corrige a poupança e o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), calculados por

entidades credenciadas como a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística (IBGE), o Instituto Paranaense de Desenvolvimento

Econômico e Social (IPARDES), entre outras.

4. Políticas Econômicas

As políticas econômicas se referem às ações e medidas do governo para regular

e controlar a atividade econômica, ou seja, princípios político-administrativos que refletem a ideologia dominante e as metas a serem atingidas. De acordo com algumas

medidas, temos a seguinte divisão:

· Política Monetária: controla o volume de moeda em circulação e o montante de

crédito disponível entre outras medidas;

· Política Fiscal: decisões governamentais referentes à tributação, como o Imposto

sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);

· Política Cambial: ações reguladoras da taxa de câmbio e das condições de entrada

e saída de capitais externos no país;

· Política de Rendas: medidas que regulamentam o salário mínimo garantindo renda

mínima aos trabalhadores e aos aposentados, subsídios e incentivos fiscais, para

fortalecer o consumo e a produção de certos produtos (LEMES JÚNIOR; RIGO;

CHEROBIM, 2002).

5. Taxas de Juros

O Comitê de Política Monetária (COPOM) reúne-se mensalmente com o objetivo

de estabelecer as diretrizes da política monetária e divulgar o percentual da taxa Selic e

seu viés. A Selic é a taxa básica da economia, originada das taxas de juros

efetivamente observadas no mercado, sendo que o viés de alta, de baixa ou neutro é a

tendência que a taxa de juros seguirá até a próxima reunião do Copom. A divulgação

da taxa, sem viés, significa que até a próxima reunião, seu valor não poderá ser

alterado pelo Banco Central.

A Selic serve como referência para as negociações interbancárias, ou seja, para

os empréstimos de um dia entre os bancos, também incidindo sobre as quotas relativas

ao parcelamento do Imposto de Renda da Pessoa Física, que será analisado

posteriormente.

Embora tenha esse nome, a taxa Selic não é resultante das operações

realizadas pelo Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), que

eletronicamente processa o registro, a custódia e a liquidação das operações com

títulos públicos. As taxas de juros relativas às operações financeiras refletem, basicamente, as

condições instantâneas de liquidez - oferta X demanda de recursos - no mercado

monetário; a taxa Selic, acumulada para determinados períodos de tempo,

correlaciona-se positivamente com a taxa de inflação, sendo os juros praticados no

Brasil, os mais altos do mundo.

Na Idade Média, emprestar dinheiro a juros era usura, pela lei da Cristandade.

Esta mesma potência, a Igreja, os próprios bispos “tomavam empréstimos, ou os

faziam, a juros – exatamente quando combatiam outros usuários!“ (HUBERMAN, 1985:

p. 48).

6. Operações Realizadas no Mercado

Entre as operações realizadas no mercado financeiro brasileiro, existe uma

variedade de investimentos que garantem ao investidor certo rendimento: de Renda

Fixa, determinada no momento da aplicação ou no final da mesma e de Renda

Variável. Como exemplos de títulos de renda fixa destacam-se os fundos de

investimento, a poupança, o CDB e os títulos públicos; de renda variável, as ações e o

ouro. Também existem as operações de empréstimos e financiamentos, feitas com

recursos captados pelos bancos ou repassados por órgãos governamentais ou bancos

estrangeiros. Pontuam-se a aquisição da casa própria e o financiamento estudantil.

Antigamente não era possível financiar a casa própria, sendo essa aquisição

privilégio de poucos. Assim, em 1964 surgiram alguns mecanismos para que esse

sonho se realizasse: o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e a Caderneta

de Poupança. As empresas passariam a depositar o FGTS na conta dos empregados,

para ser resgatado e utilizado no momento de seu desligamento das mesmas. A

Caderneta de Poupança visaria à captação de recursos das poupanças populares,

através de um conjunto de empresas - entidades financeiras públicas e privadas - que,

em suas atividades, se dedicariam a esse segmento, para financiar a casa própria.

Atualmente, a caderneta de poupança é a aplicação mais popular que existe no

Brasil, porque costuma ter um limite mínimo menor para depósito.Seu rendimento é muito pequeno, corrigido pela TR mais uma taxa de juros determinada, pago se o

dinheiro ficar parado nessa conta entre duas datas mensais iguais e consecutivas,

chamada aniversário. Sua rentabilidade é do tipo pós-fixada, sendo informada

diariamente pelo Banco Central do Brasil (BACEN), que é a maior autoridade monetária

do país. Quanto maior a rentabilidade das aplicações, maior o risco. No caso da

poupança, ela é a mais segura.

O financiamento destinado à aquisição de alguns bens duráveis (veículos,

eletrodomésticos, eletroeletrônicos, equipamentos profissionais, vestuário, material para

construção) e serviços (viagens, assistência técnica, manutenção, etc.) é obtido em

bancos, financeiras e lojas, que vendem produtos financiáveis pelo Crédito Direto ao

Consumidor.

Com a proliferação das relações de consumo, surgiram novas entidades de

proteção ao consumidor: os PROCONs estaduais e municipais - o do estado de São

Paulo, desde 1976. Informações sobre o PROCON/PR, criado em 1991, podem ser

obtidas consultando-se o sítio www.pr.gov.br/proconpr. Essas entidades há mais de

uma década contam com um instrumento poderoso, o Código de Defesa do

Consumidor, com o objetivo de defender o consumidor brasileiro, definido no artigo II,

como “toda a pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como

destinatário final”. Segundo o diretor Ricardo Morishita, do Departamento de Proteção e

Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, em entrevista publicada no boletim

eletrônico Em Questão, número 19, 16 de setembro de 2005.

O Ministério da Justiça fez uma pesquisa e constatamos que pouquíssimos

municípios brasileiros, cerca de 10% apenas, têm Procons. Isso está longe de

ser o ideal. O cidadão precisa ser protegido onde ele mora porque às vezes o

deslocamento é difícil ou caro para o consumidor. Além disso, no dia-a-dia das

cidades do interior, os Procons funcionam como um pronto-socorro da

cidadania.

Registros históricos revelam que, na Babilônia, durante o século XVIII a.C., já

existiam regras protegendo questões familiares, patrimoniais, de preços, obrigações

profissionais e que, a legislação brasileira, desde 1840, vem contemplando o

consumidor. O código atual estabelece normas de interesse social e de ordem pública

ao determinar como direitos básicos dos consumidores “a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e

serviços considerados perigosos ou nocivos”. Entre as determinações do código

encontra-se a obrigação dos estabelecimentos de informar com exatidão os juros

cobrados do cliente; o veto à prática abusiva do fornecedor que se aproveita da

fraqueza do consumidor, pela idade, debilidade de saúde, condição social ou falta de

conhecimento, na tentativa de obrigá-lo a aceitar seus produtos ou serviços; a

constituição de crime com pena de detenção de três meses a um ano e multa, pela

exposição do consumidor, injustificadamente, a procedimentos ameaçadores,

constrangimento, afirmações enganosas entre outros, ao cobrar dívidas, interferindo no

seu trabalho, lazer ou horário de descanso.

Outra forma de financiamento pode ser obtida através do Programa de

Financiamento Estudantil (FIES), que foi criado em 1999, pelo Governo Brasileiro ao

substituir o Programa de Crédito Educativo, com o objetivo de financiar a graduação no

Ensino Superior, de estudantes em situação econômica menos privilegiada. Atualmente

o FIES reduziu sua abrangência em função do Programa Universidade para Todos

(ProUni), que concede bolsas de estudo integrais ou parciais para cursos de graduação

e seqüenciais de formação específica, em instituições privadas de ensino superior.

As instituições ganham isenção fiscal em troca de bolsas. Segundo dados do

governo federal, apenas 9% dos jovens brasileiros, com idade entre 18 e 24 anos, estão

matriculados na universidade. No Chile esse percentual aumenta para 27% e na

Argentina, para 39%.

7. Carga Tributária

Sobre as operações incidem contribuições ou tributos federais e estaduais, como

o Imposto de Renda (IR), conforme instruções fornecidas pela Receita Federal do

Ministério da Fazenda, com altas alíquotas de contribuição, de acordo com o

rendimento anual proveniente do trabalho, 13

o

salário e outros. O IR permite que vários

itens sejam deduzidos; entre as exceções, destacam-se os cursos de línguas e os

preparatórios para vestibular, estes, às vezes, necessários ao aluno oriundo da escola pública que pretende ingressar no ensino superior público – tão concorrido.

Para o pagamento do IR parcelado incide a taxa Selic; a poupança não paga

Imposto de Renda.

Existe também a Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras

(CPMF), que incide sobre movimentação de recursos em instituições financeiras no

Brasil, criada em 1996, como diz o nome, provisoriamente e, em vigor até hoje. Sobre a

movimentação do salário que é depositado em banco, incide a CPMF; quando do

salário também é descontado o IR, com a dedução da CPMF há uma bi-tributação.

O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é cobrado sobre os rendimentos

das aplicações de curto prazo. Quanto mais tempo o investidor deixar o dinheiro

aplicado, menos IOF irá pagar.

As taxas se elevam quando há pouca liquidez no sistema, ou seja, diminuição

dos recursos disponíveis para serem emprestados. Portanto é mais interessante

realizar aplicações financeiras do que obter empréstimos, quando as taxas de juros

estão elevadas. Os governos lançam mão do aumento de tributos, quando querem

aumentar a arrecadação, sendo que as piores mordidas no bolso do consumidor são as

do famoso leão (IR) e o percentual de tributos sobre o preço final de todos os bens e

serviços.

De acordo com a revista Veja, 28 de julho de 2004, segundo os dados

publicados pelo Banco Mundial e FMI “A carga tributária brasileira se compara a de

países ricos. No Canadá e na Alemanha, por exemplo, os altos impostos custeiam

integralmente gastos com saúde, educação e segurança. No Brasil paga-se muito, mas

os serviços estatais são inexistentes ou precários.“

REFERÊNCIAS

CRESPO, Antônio Arnot. Matemática comercial e financeira fácil. São Paulo:

Saraiva, 1994.

GAIA, Rossana Viana. Educomunicação & mídias. Maceió: EDUFAL, 2001.

HUBERMANN, Leo. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro: ZAHAR, 1985.LEMES JÚNIOR, A. B., RIGO, C. M, CHEROBIM, A. P. M. S. Administração

financeira: princípios, fundamentos e práticas brasileiras. Rio de Janeiro: Campus,

2002.

PUCCINI, Abelardo de Lima. Matemática financeira objetiva e aplicada. São Pa

...

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