A Politica Economica De FHC

A Eleição de 1994

Fernando Henrique Cardoso foi eleito em primeiro turno com 54% dos votos a presidente do Brasil em 1994. Embora o candidato preferido à presidência nas pesquisas de opinião fosse Lula, a implantação do Plano Real no governo de Itamar Franco pelo Ministério da Fazenda, chefiado por Fernando Henrique, trouxe-lhe a vitória nas eleições.

O Primeiro Mandato

No primeiro mandato, mas precisamente no de 1997, FHC (como ficou conhecido) deu continuidade ao processo de reformas estruturais com a finalidade de evitara volta da inflação, procurando deixar a economia estável. Durante este mandado o presidente pautou pela privatização de várias estatais brasileiras, como a Companhia Vale do Rio Doce (empresa do setor de mineração e siderurgia), a Telebrás (empresa de telecomunicações) e o Banespa (banco pertencente ao governo do estado de São Paulo). A compra das empresas estatais ocorreu, sobretudo, por grupos estrangeiros, que faziam aquisição das ações ou compravam grande parte dessas, assim, tornavam-se sócios majoritários.

Ainda no ano de 1997, FHC conseguiu enviar e aprovar no Congresso Nacional a emenda da reeleição, tornando-se candidato outra vez à presidência da república e ainda tendo Lula como seu principal adversário. O Plano Real e o controle da inflação continuou sendo sua principal propaganda política, o que favoreceu a FHC mais uma vitória nas urnas, conseguindo a reeleição.

A Reeleição de FHC em 1998

Fernando Henrique, se reelegeu em 4 de Outubro de 1998, com 53% dos votos válidos contra 32% de Lula, com um discurso que pregava “ou eu ou o caos”. Segurou a quase semelhança entre o real e o dólar até passar o pleito. Vencida a eleição, teve de desvalorizar a moeda.

Há indícios de vazamento de informações do Banco Central. O deputado Aloizio Mercadante, do PT, divulgou uma lista com o nome dos 24 bancos que lucraram muito com a mudança cambial e outros quatro que registraram movimentaçãoespeculativa suspeita às vésperas do anúncio das medidas. Beneficiando as campanhas de FHC em 1998 com um esquema de caixa dois e teriam passado pela contabilidade paralela R$ 10,1 milhões.

Desde o inicio do segundo mandato, houve uma forte desvalorização da moeda provocada por crises financeiras internacionais como o México, Rússia e Ásia que levou o Brasil a uma grave crise financeira que, para ser controlada, teria como consequência o aumento de juros, levando aos mais altos juros da historia e um forte aumento na divida externa.

Fim do segundo mandato - FHC

O fim de seu segundo mandato foi marcado por uma crise no setor energético, que ficou conhecida como Crise do apagão, na passagem de 2000 a 2001, tendo corte urgente de 20% de consumo de energia. A crise ocorreu por falta de planejamento e ausência de investimentos em geração e distribuição de energia, e foi agravada pelas poucas chuvas.

Com a escassez de chuva, o nível de água dos reservatórios das hidrelétricas baixou e os brasileiros foram obrigados a racionar energia. A crise acabou afetando a economia, e consequentemente, provocou uma grande queda na popularidade de