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A Primeira Revolução Industrial

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Por:   •  7/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.464 Palavras (6 Páginas)  •  837 Visualizações

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Introdução

A explicação sobre as origens do capitalismo remonta uma história de longa duração em que nos deparamos com as mais diversas experiências políticas, sociais e econômicas. Em geral, compreendemos a deflagração desse processo com o renascimento comercial experimentado nos primeiros séculos da Baixa Idade Média. Nesse período, vemos uma transformação no caráter auto-suficiente das propriedades feudais na qual as terras começaram a ser arrendadas e a mão de obra começou a ser remunerada com um salário. O termo escravidão logo traz à tona a imagem do aprisionamento e da venda de africanos, forçados a trabalhar para seus proprietários nas lavouras ou nas casas. Essa foi à realidade do Brasil até o final do século 19, quando, por fim, a prática foi considerada ilegal pela Lei Áurea, de 13 de maio de 1888. A escravidão também desconhece fronteiras. Segundo a OIT, há escravidão de nativos e também de estrangeiros em quase todos os países. Mulheres, crianças, indígenas e migrantes sem documentos são os principais alvos do trabalho escravo no mundo, pela vulnerabilidade social em que se encontram. Os migrantes que entram de forma legal muitas vezes têm seus passaportes confiscados pelos exploradores, sem informações exatas, o poder público e a sociedade organizada ainda lutam para prevenir e erradicar essa prática. Pior que isso, o país enfrenta grandes dificuldades para punir os responsáveis pelo trabalho escravo atualmente.

A repetição de pontos negativos da Primeira Revolução Industrial é um retrocesso. A flexibilização do trabalho é o espelho da falta de compromisso das classes dominantes com a dignidade humana, o que não caracteriza apenas a luta entre classes antagônicas como os operários e burgueses mais também a transformação da classe mais frágil em capital, e para conservar os insuficientes lucros dos nossos "senhores”, os burgueses em épocas de crise econômica resolvem negociar com os inúmeros sindicatos de categorias cada vez mais especializadas a redução da ínfima miséria fornecida ao trabalhador pro conta da venda da mão-de-obra.

O "Exército de Reserva" é um termo utilizado para o desemprego estrutural, ou seja, a força de trabalho que excede as necessidades da produção. Foi um conceito desenvolvido por Max onde ele critica o desemprego necessário para o capitalismo. Para Max, esse exército atua como um inibidor de manifestações e contribui para o rebaixamento dos salários. Embora a idéia do conceito esteja associada com Marx, já estava em circulação no movimento trabalhista britânico da década de 1830. O desenvolvimento econômico não se processa suavemente sob o capitalismo. Quando se abrem novos mercados produzem-se momentos de grande expansão: inclusive velhas indústrias em declínio prosperam de novo em época de auge econômico. Em tal situação, a economia necessita de mudança rápida de mão-de-obra; uma reserva de mão-de-obra faz-se necessária para convertê-la em força de trabalho quando se necessita e despedi-la rapidamente assim que diminua a demanda ou o exija a mecanização. A utilização da reserva de mão-de-obra em épocas de rápido desenvolvimento econômico impede que a mais-valia pare a mão-de-obra, em lugar da acumulação de capital.

Marx acreditava que a história era movida pela lutas entre as classes, o proletariado (operários) e a burguesia (patrões); e que tal luta existe por causa do modo de produção capitalista.Há muitas críticas e conceitos a respeito do capitalismo as principais é a alienação do indivíduo, o fetichismo da mercadoria onde a mercadoria é força de trabalho e é desvalorizada na produção; o capitalismo transforma qualquer coisa em mercadoria e vende a fim de obter lucro, inclusive as relações sociais.

“Exército de reserva de trabalhadores desempregados para tempos de superprodução. O principal objetivo da burguesia em relação ao trabalhador é ter o trabalho-mercadoria com menor preço possível. É de interesse dos burgueses fornecer aos trabalhadores conselhos de realizações do impossível”.

(A PRIMEIRA MENÇÃO MARXISTA ESCRITA NO ANO DE 1847 EM MANUSCRITO NÃO PUBLICADO).

O surgimento e desenvolvimento do capitalismo trouxeram consigo o surgimento de uma nova classe – o proletariado. Surgiram então as primeiras formas de organização da classe operária. Foram organizadas a Sociedades de Socorro Mútuo e Uniões operárias, que tinham um caráter assistencialista e que acabaram por dar origem aos sindicatos. O objetivo inicial era ajudar os associados no caso de doenças, invalidez, desemprego, pensões para as viúvas, etc. Uma das mais antigas organizações profissionais surgidas no Brasil foi a Imperial Associação Tipográfica Fluminense. Em 1900, funda-se o Círculo Operário do Distrito Federal, e, antes disso, em 1890, o Centro das Classes Operárias, atuava no Rio de Janeiro. Essa organização teve vida relativamente longa. Uma das primeiras lutas organizadas, realizada no Rio de Janeiro, ocorreu em 1858, quando os tipógrafos insatisfeitos com os míseros salários que percebiam, declararam-se em greve, exigindo uma elevação de 10 tostões diários em seus vencimentos. Essa greve durou vários dias e foi vitoriosa. Os tipógrafos foram vanguardas não só das lutas como também da organização da classe operária no Brasil. Junto com a maior ocorrência das greves nasceram também outras formas de organização: o Manifesto aos Proletários elaborados no II Congresso Socialista Brasileiro (1902), demonstra, ainda que timidamente, a influência das ideias de Marx e Engels:

A história das sociedades humanas, desde que se constituíram e onde quer que se desenvolva, é a história mesma da luta de classes; e desse pugnar incessante resultou, com o decorrer dos tempos, a eliminação de algumas dessas classes, podendo-se atualmente considerar que somente duas permanecem, extremadas em campos adversos, inconciliáveis em seus interesses: tais são a classeda burguesia e a classe dos assalariados.

A luta já demonstrava que a vitória só poderia ser alcançada levando-se em conta que a luta da classe operária

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