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A QUESTÃO SOCIAL NO CONTEXTO ATUAL

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Por:   •  13/5/2014  •  2.157 Palavras (9 Páginas)  •  450 Visualizações

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A QUESTÃO SOCIAL NO CONTEXTO ATUAL

Trabalho de Ética, Política e Sociedade, Antropologia, Formação Social, Política e Econômica do Brasil, FHTM do Serviço Social apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral.

Profs. Orientadores: Márcia Bastos, Giane Albiazzette, Gleiton Lima, Rosane Malvezzi.

Piripiri - PI

2013

SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO 04

2 - DESENVOLVIMENTO 05

3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 09

4 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 10

INTRODUÇÃO

Como se sabe, a gênese da profissão se constrói a partir dos mecanismos de intervenção do Estado nas expressões da “questão social” (e não diretamente da “questão social”). Essa relação de enfrentamento sobre as manifestações da “questão social” tem um papel especifico quando se considera os conflitos de interesses opostos entre as classes, para os quais, o assistente social é chamado pelo Estado a responder mediante políticas sociais.

A compreensão dos limites da profissão frente à “questão social”, por sua vez, não deve ser justificativa para cair no imobilismo, conforme cita Iamamoto. Ma é preciso considerar os condicionantes da ação do profissional, presidido por uma série de determinações ideopolítica e concretas que, em tempos neoliberais, postergam enfrentar as manifestações da “questão social” no âmbito da focalização, despolitização e desresponsabilização estatal sobre o social.

O desafio, portanto, está em “[...] sair de nossa lentidão, de construir, reinventar mediações capazes de articular a vida social das classes subalternas com o mundo público dos direitos e da cidadania.” (YAZBEK, 2001, p. 39).

Assim, consciente do seu papel ativo, a classe trabalhadora pode transformar suas relações sociais existentes e as relações reificadas que aprisionam a capacidade de serem protagonistas de uma história que pode ser construída nas condições que eles querem.

DESENVOLVIMENTO

Primeiramente, a crítica neste documento põe em evidencia que “questão social” deve ser entendida enquanto “[...] um termo, uma expressão que mais esconde do que permite elucidar seu conteúdo concreto como expressão da luta de classe, de resistência e organização dos trabalhadores.” (GUERRA, 2005b, p. 252). Portanto, se opõe radicalmente a mera preocupação conceitual. Contudo, entende que a enevoada apropriação da expressão (descolando-a das reais categorias que a envolve) inviabiliza a construção de posturas, encaminhamentos, ações críticas e construtivas frente as suas manifestações reais na sociedade. E, nesta ordem, dimensionam-se obstáculos concretos frente ao projeto profissional no sentido de estratégias de enfrentamento das expressões da “questão social” em oposição ao projeto neoliberal.

Coloca-se a análise da “questão social” sendo indissociável das configurações assumidas pela relação entre capital e trabalho, implicando considerar a contradição entre as forças produtivas e o desenvolvimento da sociabilidade humana, num movimento em que a reprodução da desigualdade social acompanha a reprodução ampliada da riqueza. Nesta ordem, remete ao modo peculiar de produção e exploração que desde o XIX revelava ser “[...]radicalmente nova a dinâmica da pobreza que então se generalizava.” Pois, pela primeira vez na história registrada “[...] a pobreza crescia na razão direta em que aumentava a capacidade social de produzir riquezas” (NETTO, 2001, p. 43).

No modo peculiar de exploração na sociedade capitalista se efetiva um marco de contradições e antagonismos. Assim, “questão social” é mais que problemas e/ou manifestação social. É a expressão (conceitual e concreta) da sociabilidade erguida sob o comando do capital, com todos os efeitos sociais que emergem da luta pela apropriação da riqueza social criada a partir do trabalho não pago. A necessidade de apreender suas múltiplas expressões e formas concretas assumidas no cenário contemporâneo vai além do aspecto da pobreza. Pois, essas manifestações expressam, “[...] disparidades econômicas, políticas e culturais das classes sociais, mediatizadas por relações de gênero, características étnico-raciais e formações regionais [...]” (IAMAMOTO, 2001a, p. 17) (grifos do autor).

A privação de bens materiais e a pobreza material são algumas das resultantes da “questão social”, constituindo-se em demandas do Serviço Social. Porém, além dessas, demais determinantes se apresentam em alguns espaços sócio-ocupacionais, exigindo avançar na sua leitura, análise e mediação junto ao espaço concreto de intervenção. Segue abaixo essa compreensão na perspectiva de uma assistente social:

[...] Não dá para estar fechando na questão da pobreza. Hoje nós temos meninos ai que tem pais que ganham 2 ou 3 mil reais por mês; e estão no tráfico. [...] mas o capitalismo exige que você tenha, tenha, tenha. Então, mesmo que o pai te dê uma quantidade, ou te dê uma roupinha comum, não tem limite, ultrapassa. Mas isso é uma ditadura mesmo. Uma ditadura onde você tem que seguir aquelas regras, aquelas normas, aquela moda. Entende? É muito mais profundo. Hoje não é só a questão da desigualdade. Eu acho que é muito pior até. (A.S.).

Portanto, as múltiplas expressões que a “questão social” assume no espaço concreto dos assistentes sociais exigem destes explorar particularidades. Como base de fundação sócio histórica da profissão, as contradições sociais do modo de produção capitalista engendram a totalidade dos indivíduos sociais, tanto na órbita material quanto espiritual, isto é, intelectual, cultural e moralmente.

Por sua vez, justificativas que se apóiam na ótica da intervenção sobre os “problemas

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