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A Resistência é Parte Da Mudança

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Por:   •  14/6/2013  •  1.959 Palavras (8 Páginas)  •  343 Visualizações

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a resistência é parte da mudança

Diz um ditado italiano que “chi lascia la strada vecchia per una strada nuova sa lo che lascia, no sa lo que trova” (quem abandona uma rua velha por uma rua nova, sabe o que abandona, mas não sabe o que vai encontrar).

De fato, não saber o que se vai encontrar é uma das principais angústias humanas diante das mudanças, o que explica grande parte da resistência. Só lembrando: no universo organizacional, a angústia se multiplica, já que o desconhecido pode significar perda do domínio sobre as atividades rotineiras, perda do poder ou até a perda do próprio emprego.

Na verdade, a resistência é um fenômeno natural, humano que, quando bem administrado, permite que as pessoas evoluam e que finalmente a mudança se realize.

Entretanto a resistência – e os resistentes – são vistos como empecilhos a serem eliminados o quanto antes. Nada mais pernicioso: as pessoas passam a adotar o discurso, mas não as ações. Quem já não viu esse filme? Graças a esse procedimento, a empresa passa a não ter meios para conhecer as fontes das resistências e, portanto, não tem como administrá-las.

No meu trabalho com adoção de ambientes virtuais – que necessariamente envolvem mudanças de processos – utilizo algumas táticas para endereçar essas mudanças e incorporar resistência como parte do processo. Compartilho com vocês:

ORIGENS DA RESISTÊNCIA: Um agente de mudanças hábil percebe a diferença entre as resistências objetivas e as subjetivas.

As objetivas são explicitadas e podem ser discutidas. Aliás, alguns argumentos podem ser pertinentes, por que não? Nada melhor do que conhecê-los.

Já as resistências subjetivas, de fundo emocional, merecem outro tipo de tratamento.

É verdade que a argumentação tende a ser sempre racional, pois esta é a linguagem que as empresas respeitam, mas se a cada argumento a favor da mudança houver um “sim, mas…”, pode-se ter certeza de que se atingiu apenas a ponta do iceberg. Como administrar as resistências subjetivas? Com autoconfiança, espaço para ensaio e erro e respeito às pessoas envolvidas.

VISUALIZAÇÃO DA MUDANÇA: A tática de demonstrar os benefícios da mudança é muito comum e de fato é bastante útil. Mas não há porque temer um levantamento de aspectos negativos, afinal, as pessoas vão pensar sobre eles e comentá-los de qualquer forma. Costumo pedir às pessoas envolvidas uma lista de problemas potenciais, e em seguida proponho uma reflexão sobre formas de esclarecê-los, reduzi-los ou compensá-los. É um exercício poderoso, pois os fantasmas se transformam em possibilidades administráveis.

O PAPEL DO GRUPO: Líderes tem um papel importantíssimo enquanto agentes formais das mudanças, mas os agentes informais também podem contribuir bastante. Adaptei os estudos de Everett Rogers sobre “Disseminação de Inovações” para o interior das organizações. Basicamente, Rogers classifica a adoção das inovações numa escala que inicia com os inovadores, passa pelos que aderem rapidamente e vai decrescendo até os realmente lentos.

Com base nessa classificação, é possível tecer estratégias específicas para cada grupo, e como eles influenciarão os demais. Que tal ter alguma forma de reconhecimento para os primeiros que adotam uma mudança? E um grupo de apoio para os mais resistentes?

Viu como incorporar a resistência como parte do processo é possível? Além de ser uma estratégia eficaz, é realista.

o líder em seis Ds

Seis Dimensões? Seis Desejos? Seis Dogmas? Nada disso. Apenas uma forma fácil de memorizarmos como atua um líder moderno. Já que a missão do novo líder é motivar, capacitar e inspirar, veja como os princípios abaixo – todos começando com a letra D – pontuam suas atividades:

descontração

A empresa precisa de colaboradores criativos, certo? Portanto rigidez e autoritarismo nem pensar. É importante a equipe estar solta, à vontade para criar, opinar, discordar. Uma piada, ou uma brincadeira feita na hora certa pode ajudar e muito. Seja gente, seja sincero, seja agradável. A decoração do ambiente mais leve também ajuda. E bom humor é fundamental.

direcionamento

Pode parecer um paradoxo, mas paralelamente à descontração, é preciso foco. Ao direcionar, o líder ajuda seus colaboradores a incorporar a missão da empresa, harmonizar objetivos e estabelecer prioridades.

desafio

Por meio do desafio, trabalho deixa de significar sacrifício ou tortura (como já foi em sua origem etimológica) e passa a ser sinônimo de criatividade, realização, aprendizado e, sobretudo, prazer. Esta motivação é adquirida aos poucos, cada vez que uma pessoa se percebe mais capaz.

O psicólogo organizacional Mihaly Csikszentmihaly, em seu livro A Psicologia da Felicidade, mostra como administrar desafios para obtermos bons resultados e prazer: quando uma pessoa está aprendendo uma nova tarefa, ela tem pouca aptidão e provavelmente alto grau de ansiedade. Com o tempo, ela aprende a realizar a tarefa, e sua ansiedade chega a um ponto ótimo de fluidez, prazer e resultados.

Mais tempo passa e nosso personagem já “tira de letra” a aptidão para a tarefa. Nesse momento, seu desafio será pequeno. Se a tarefa se tornar repetitiva, a consequência será o tédio. Antes que ele se instale, é hora do novo desafio!

diferenciação

È ótimo reconhecer e valorizar as diferenças entre cada membro da equipe. Ajuda e motiva aproveitar as características individuais de cada um, tanto de personalidade como de experiência profissional. A pessoa se sente respeitada, passa a ousar mais, sem medo de ser diferente dos outros. Só com a aceitação das diferenças acontece a verdadeira inclusão.

desapego

Uma equipe é mais produtiva quando seus membros estão realmente voltados para a melhor solução e conseguem se desapegar de ideias e paradigmas anteriores.

È preciso abandonar o ego, as certezas, a noção de uma única alternativa. Às vezes é difícil, mas a conscientização do comportamento, a mudança de valores e principalmente o treino podem ajudar muito.

Juntado esses 5 Ds com uma boa dose de motivação e comprometimento, o líder consegue o que é mais importante em uma equipe: DETERMINAÇÃO. E se ele mesmo a tiver, será um líder querido, eficaz e inspirador.

como dizer não às ideias dos colaboradores

Verdade

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