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A Sociologia De Durkheim

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Por:   •  11/3/2015  •  1.330 Palavras (6 Páginas)  •  492 Visualizações

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ÉMILE DURKHEIM

Fatos sociais – externalidade e coercitividade

Os fatos sociais são objeto de estudo da sociologia, segundo Durkheim. Os fenômenos que o autor denomina fatos sociais são: “toda maneira de agir ou pensar fixa ou não, capaz de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior, apresentando uma existência própria independente das manifestações individuais que possa ter.

Dizemos que são externos porque são fatos coletivos, como a religião ou o sistema econômico, por exemplo, independentes dos indivíduos, que já os encontram prontos quando nasce, e que morrerão antes que esses deixem de existir. Ou seja, existem fora dos indivíduos e são internalizados através do processo de socialização.

Essas maneiras de agir e pensar são, além de externas, capazes, pelo seu poder coercivo, de obrigar um indivíduo a adotar um comportamento qualquer. A coerção pode se manifestar direta ou indiretamente.

A coerção pode também ser formal ou informal. É formal, como o próprio nome já diz, quando a obrigação e a punição pela transgressão estão estabelecidas formalmente. O Código Penal, por exemplo, apresenta um grande número coerções formais para diversos atos predefinidos.

É informal quando é exercida espontaneamente pelas pessoas no seu dia a dia.

Finalmente, a coerção pode estar oculta. A pessoa que cumpre de bom grado e com satisfação as suas obrigações sociais não sente o peso da coerção sobre o seu comportamento. Uma pessoa que gosta de sua profissão, por exemplo, geralmente cumpre seus deveres com prazer, sem a necessidade de imposições.

Mas a coerção nunca deixa de existir. Está sempre à espreita.

Fatos sociais: fixos e não fixos

Quando se diz que são fatos sociais fixos ou não fixos significa que podem se apresentar de duas maneiras diferentes: como maneiras de agir ou como maneira de ser.

As maneiras de agir são formas de agir e pensar coletivas, que determinam o comportamento dos indivíduos, que os obrigam de uma determinada forma, mas não tem uma longa duração de tempo, ou seja, são efêmeras e instáveis.

As maneiras de ser também são fenômenos de ordem coletiva que determinam o comportamento indivíduo, mas nesse caso há uma durabilidade no tempo, uma permanência ou estabilidade.

Há uma relação importante entre esses dois fenômenos. Muitas vezes um movimento social se inicia como maneira de agir e pode vir a se fixar e estabelecer (se institucionalizar) e daí se tornar uma maneira de ser.

A dualidade dos fatos morais.

Fatos morais ou sociais são externos em relação aos indivíduos e portanto são estranhos a eles em alguma medida. No mínimo são coisas que não foram criadas pela pessoa e assim pode diferir mais ou menos de seu pensamento. Além disso, esses fatos externos e “estranhos” em a capacidade de exercer coerção, podem se impor aos indivíduos como uma obrigação.

Desse ponto de vista a sociedade, as regras e a moral aparecem como realidade que constrangem o indivíduo, que limitam a sua ação e a possibilidade de realização de suas vontades. Viver em sociedade representaria, assim, um sacrifício ou, no mínimo, um incômodo.

Mas esse é apenas um dos lados dessa questão. Se a sociedade e a moral só tivessem esse lado negativo e coercitivo, seria muito difícil explicar a existência da ordem social.

É sabido que nenhum grupo ou sociedade pode sobreviver por muito tempo com base apenas na coerção. Pessoas muito insatisfeitas são capazes de enfrentar qualquer tipo de perigo para encontrarem uma saída. Basta observar que mesmo nos regimes políticos muito fechados, mantidos pela violência, a residência não deixa de existir e, na maioria das vezes, leva o sistema à ruína.

Os fatos sociais ou morais não são apenas obrigações desagradáveis que temos que seguir independentemente de nossa vontade. São também coisas que queremos e necessitamos. Nesse caso, a coerção deixa de se fazer sentir, se transforma em um dever. Algo que poderia ser visto como um sacrifício passa a ser visto como um prazer.

Isso acontece porque o indivíduo não se realiza fora da sociedade ou do grupo. Só entre outras pessoas, num meio onde exista ordem e um conjunto de instituições morais reguladoras do comportamento coletivo, o indivíduo pode encontrar segurança (tanto física como psicológica) e tranqüilidade para levar a sua vida.

Por isso, ou seja, em retribuição a essa segurança, o indivíduo passa a ver a sociedade não como um conjunto de obrigações estranhas a ele, mas como um conjunto de direitos e deveres que ele precisa e, acima de tudo, quer respeitar.

Coesão, solidariedade e os dois tipos de consciência

A solidariedade social, para Durkheim, é formada pelos laços que ligam os indivíduos, membros de uma sociedade, uns aos outros formando a coesão social.

Há dois tipos deferentes de solidariedade social. Esses tipos tem relação com o espaço ocupado na mentalidade dos membros da sociedade pela consciência coletiva e pela consciência individual.

A consciência coletiva é apresentada pelo conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade que forma um sistema determinado

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