A desigualdade social e racial típicas do país desde a era colonial

Uma série de pesquisa realizada no Brasil mostra que as desigualdades social e racial típica do pais desde a época colonial.

As características mais comuns das mulheres que fazem o primeiro aborto é a idade até 19 anos, a cor negra e com filhos; (antropóloga Débora Diniz) UNB

Levantamento entre 2010 e 2011 com 122 mulheres entre 19 e 39 anos residentes em Belém, Brasilia, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Salvador;

A diferença e sociorracial é percebida até no acompanhamento durante o procedimento médico.

“As mulheres negras relatam menos a presença dos companheiros do que as mulheres brancas”

“Dez mulheres informaram ter abortado sozinhas e sem auxilio, quase todas eram negras, com baixa escolaridade e quatro delas mais jovens que 21 anos”;

Os dados confirmam resultados encontrados pelos pesquisadores em 2010 e 2011quando verificaram, por meio de pesquisa de urna ( método em que a entrevistada não se identifica no questionário que preenche e deposita na em caixa vedada),que o aborto e comum entre todas as classes sociais, cuja prevalência aumenta com a idade, com o fato de ser da zona urbana, ter mais de um filho e não ser da raça branca”

Rebeca Souza Silva UNIFESP medicina preventiva confirma a tese de que a desigualdade social afeta o acesso à prevenção da gravidez e qualidade do aborto. As mais pobres , com menor escolaridade e maior dificuldade de acesso ao aborto seguro, continuarão pagando alto preço que pode ser a própria vida.

Rebeca defende a legalização do aborto, por entender que o problema só será resolvido se o acesso ao aborto for legal, uma vez que os riscos impostos pela tal ilegalidade são vividos , sobretudo , pelas mulheres menos escolarizadas,

Geralmente as mais pobres, e pelas que não tem aceso aos recursos médicos para o aborto seguro.