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A língua Hebraica Historia de Israel

Por:   •  8/6/2022  •  Resenha  •  3.057 Palavras (13 Páginas)  •  63 Visualizações

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A língua Hebraica

O hebraico faz parte das línguas semitas (nome do séc. XVIII) – um grupo de povos descendentes de Sem (Gn 10,21-31). Os filhos de Noé iriam dar nome a povos, um dos quais os filhos de Sem (séc. VIII a.C.).

O Epónimo é aquele donde derivam todos os outros de um povo. Segundo a passagem, o mundo está dividido em três povos.

A língua semita é então a língua dos povos descendentes de Sem. A língua tem dois grupos:

- Semítico oriental (Mesopotâmia) com o mais importante: o acádico com dois dialectos. Reinou pelo ano de 2000 a.C.. Pelo séc. XV a.C. era muito falado e estendeu-se para fora dos seus limites. Uma língua internacional da região da Ásia. Perdurou até ao Império Persa: assírio (norte), babilónico (sul);

- Semítico ocidental: setentrional (norte) o que viria a dar o hebraico (cananeu de Canaã e arameu), meridional (sul) o que viria a dar o árabe.

O cananeu (séc. XIII e XII a.C.) era a língua de Canaã (aqui se situa o hebraico e outras línguas antigas: ex. ugaritico e cananeu da fenícia datada, esta, do séc. XIII a.C.) antes da chegada das tribos israelitas. Também encontramos a língua fenícia. Propagou-se pelo mediterrâneo. Temos vários textos do séc. XIV a.C., encontrados na cidade Ugarítica.

O acádico chegou até nós como dialecto babilónico e assírio; teve o seu auge em 2000 a.C.. Era uma língua muito falada na Mesopotâmia no séc. XV a.C.. Conheceu-se pelas descobertas arqueológicas e, como língua, está actualmente morta.

O hebraico tem um surgimento desconhecido (talvez pelos séc. XI e X a.C.). O texto mais antigo é um calendário agrícola do séc. X a.C.. Temos a partir daí alguns textos sobretudo um hebraico bíblico (séc. IX a.C.) como as cartas de laquis.

A época de ouro do hebraico foi os séc. VII e VIII a.C.. A partir do séc. VI e V a.C., deixou de existir como língua falada. Aqui se começa a falar o aramaico. Terá como motivo o Império Persa (que substituiu o império da Babilónia que ao ser destruída em em 539 a.C. fez com que os judeus pudessem regressar à terra) que se situa no Irão. Este império adopta o aramaico como língua oficial.

Podemos falar de Hebraico Antigo, Médio e Moderno. O Hebraico Antigo é do séc. XII a.C.. Começa a ser mais usado com as conquistas persas. O início do hebraico dá-se pelo séc. XII a.C.. Depois cai em decadência mas não desaparece. Continua na liturgia e vai quase até à época cristã. Tem uma duração de 1000 anos, mais ou menos. O Hebraico Médio tem características diferentes. É mais rico em vocabulário e já se encontra noutros tipos de texto para além dos bíblicos. Após o início da era cristã, é a decadência deste hebraico. Já se fala o aramaico nesta altura e vai continuar-se a falar. Aliás, teria sido a língua falada por Jesus. Só quem falava o hebraico seriam os estudiosos e os alunos das escolas de estudos hebraicos.

No séc. VII d.C. assistimos à expansão do árabe. Os estudiosos (Massoretas) empreendem um trabalho de vocalização dos textos bíblicos. No séc. XII e XIII d.C., em Córdoba Maimonibas foi um dos estudiosos que na Península Ibérica se esforçou para não se perder a cultura e língua hebraica. A partir do séc. XIII cai no quase total esquecimento até que pelo séc. XIX surge, como que das cinzas, pelo movimento sionista, o Hebraico Moderno que se implanta no séc. XX. Hoje é a língua oficial do Estado de Israel. Aproveitou-se ao máximo tudo o que havia dos textos bíblicos e introduziu-se novo vocabulário. Pegou-se no inglês e escreveram-no em caracteres hebraicos. Na escrita utiliza-se temos a escrita cursiva e na impressa, a escrita quadrada.

O Território de Israel

Fica na costa ocidental do Mediterrâneo. É a Terra de Canaã mas dá-se outros nomes: a Terra Prometida, a terra de Israel, Palestina (nome geográfico grego) e ainda Terra Santa. Canaã significa púrpura, no acádico, porque esta terra era a terra dos comerciantes de púrpura. Os filisteus terão ocupado estas terras no séc. XII a.C..

Hoje podemos falar mais da Síria Palestina (região). O território tem limites vagos pois nunca houve uma potência que se instalasse. 1Sm 3,20.

Na linguagem geográfica da Bíblia, a região tem outra dimensão pois inclui os povos ali à volta. Foi sempre uma história feita com os outros, para os outros ou talvez dominada pelos outros. Temos um povo que nem sequer é originário daquela terra. Israel recebe muito dos outros lados. É mais influenciado do que influencia.

À meia lua existente entre o Egipto e a Mesopotâmia (ricos em água) chamamos Crescente Fértil. O Egipto desenvolveu-se ao longo do rio Nilo. Foi sempre dos egípcios desde o ano 3000 a.C.. Em 2800 a.C. o Império atingia o seu auge da sua cultura com as construções das pirâmides. No outro extremo temos a Mesopotâmia (= no meio dos rios: o Tigre mais à direita e o Eufrates que desce para o Golfo Pérsico), o actual Iraque. Foi o berço de várias civilizações. Muitos Impérios formaram-se e instalaram-se na região da Mesopotâmia. Sendo uma região rica, foi sempre uma região cobiçada por outros povos. As ligações entre esta região e o Egipto não era feita em linha recta, pois isto obrigava a passar pelo deserto. Fazia-se sempre por lugares que mantinham alguma segurança como os cursos dos rios. A Síria Palestina está ainda hoje num local estratégico. É cobiçado para a compreensão da história bíblica que temos de perceber.

De oeste para leste podemos ver 4 regiões:

- Zona costeira (baixa de planícies): aqui se terá passado muitas coisas pois por aqui passavam muitas rotas comerciais. As principais cidades são Gaza, Telaviv, Haifa e o Monte Carmelo. É a zona mais rica. Zona dos cananeus.

- Zona montanhosa (montanhas centrais – Cisjordânia): continua pelas montanhas do Líbano e é uma importante zona do AT. Ocupada pelos filisteus até ao séc. X a.C..

- Depressão do Jordão: a zona mais profunda do mundo. O Povo que saiu do Egipto terá passado por aqui.

- Montanhas da Transjordânia: é aqui que Moisés morre, vendo a Terra Prometida.

Estamos a tratar de um território com um clima tipicamente mediterrânico. Temperado e muito parecido com o nosso.

A Bíblia

Dos anos situados entre 2000 a.C. e 1400 a.C. a fé que a Bíblia transmite é uma fé vivida. Quando se fala deste ano e mesmo de outros anos, e mesmo nos outros, nunca é intenção falar de factos históricos. Pode-se, por outro lado, encontrar referência a factos históricos. Gn 12-50 (narrativas patriarcais).

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