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ABORDAGEM SOCIOPSICOLÓGICA DA VIOLENCIA E DO CRIME

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Por:   •  23/9/2013  •  1.173 Palavras (5 Páginas)  •  2.520 Visualizações

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ABORDAGEM SOCIOPSICOLÓGICA DA VIOLENCIA E DO CRIME

INTRODUÇÃO

O crime e o medo do crime são, para o leigo, algo se só se manifesta quando se é vítima. Estudar as causas e características do desequilíbrio social que leva a criminalidade, não faz parte do metiè da população em comum. Existe uma crença generalizada de que todos nós somos psicólogos e sociólogos práticos, o que se costuma comprovar pela nossa quase infalível capacidade de julgar as pessoas, mas, apesar de conhecermos alguma coisa sobre a “natureza humana” estes conhecimentos não são científicos. Psicologia e a Sociologia são ciências e o estudante precisa adotar uma postura cientifica, nesse contexto, trataremos por psicossociologia. Em suma, precisa adotar um espírito crítico que desconfie de conhecimentos ‘naturais’ sobre a mente humana e a sociedade.

Outra crença é a de que é impossível estabelecer-se algum conhecimento válido para todos os seres humanos tendo estes dois argumentos: que o ser humano é dotado de livre-arbítrio: que a natureza humana é por si mesma, misteriosa, insondável, complexa demais. Desacreditando a possibilidade de uma ciência sobre o homem. O que se verifica, entretanto, é que a psicossociologia vem se desenvolvendo para entender o fenômeno da violência e do crime dentro do contexto em que surgem, a saber, o processo de produção humana.

A psicossociologia é uma das vertentes mais jovens de análise, as primeiras explicações sobre o ser humano e sua conduta em sociedade foram de natureza sobrenatural, o homem primitivo acreditava que um comportamento estranho e insólito era causado por um “mau espírito” que habitava o corpo da pessoa. Sócrates e Platão despertaram o interesse pela natureza do homem e trouxeram ao centro do questionamento filosófico da época inúmeras questões sendo, apenas, uma explicação moralista e ética, com uma abordagem racionalista. Aristóteles, também racionalista, foi quem, pela primeira vez, usou a observação como forma de explicar os eventos naturais, acreditava que as ideias e, consequentemente, a alma, seriam independentes do tempo, do espaço e da matéria e, portanto, imortais. Tomás de Aquino usando-se das obras de Aristóteles fez uma união quase total da psicologia aristotélica com as doutrinas da igreja, obtendo uma ligação com as crenças religiosas.

Para René Descartes (século XIII), o homem seria constituído de duas realidades: um material, corpo, comparável a uma máquina (pensamento mecanicista), estudada pela ciência; e outra imaterial, a alma, livre de determinismos físicos, estudada pela filosofia. Nos séculos XVIII e XIX surgiram o Empirismo e o Racionalismo. Para o primeiro o conhecimento

tem base sensorial na qual as associações fundamentam a memória e as ideias, sendo grande a importância do meio ambiente, ai vislumbra-se o que viria a germinar como psicossociologia. Encontra-se, aqui, a raiz filosófica das investigações biológicas dos fenômenos mentais. O empirismo tem como fundador John Lucke que comparou a mente com uma “tabula rasa” onde seriam impressas, pela experiência, todas as ideias e conhecimentos.

Os racionalistas acreditavam que a mente tem capacidade nata para gerar ideias, independentes dos estímulos do meio. Diminuindo a importância da percepção sensorial. Preocupavam-se mais com as atividades da mente como as de perceber, recordar, raciocinar e desejar. Para os empiristas, a percepção ou uma ideia complexa era composta de partes, ou elementos mais simples. Para os racionalistas, cada percepção é uma entidade indivisível, global, cuja analise destruiria suas características próprias. Esta controvérsia é importante porque vai se constituir no ponto chave do desacordo entre estudiosos do início do século XX.

O desenvolvimento da fisiologia do século XIX contribuiu grandemente para o desenvolvimento da psicossociologia, principalmente pelos novos conhecimentos que proporcionou e pela metodologia de laboratório que empregou. Outro campo científico que está relacionado com o desenvolvimento é a Psicofísica, a qual mostra que é possível aplicar técnicas experimentais e procedimentos matemáticos ao estudo dos problemas psicológicos.

O nascimento da Psicologia propriamente dita ocorreu no ano de 1879, quando Wilhelm Wundt criou o primeiro laboratório de Psicologia da Universidade de Leipzig, na Alemanha. Para Wundt, o objeto da Psicologia era a análise a da experiência consciente nos seus componentes básicos e a determinação dos princípios pelos quais estes elementos simples se relacionam para formar a experiência completa. Ele fez nascer o estruturalismo, pois, buscava a estrutura da mente, isto é, compreender os fenômenos mentais pela decomposição dos estados

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