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ANALISE DO FILME: DEUS É BRASILEIRO

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Por:   •  3/9/2013  •  Tese  •  728 Palavras (3 Páginas)  •  1.089 Visualizações

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ANALISE DO FILME: DEUS É BRASILEIRO

É possível encarar o filme apenas como uma história da humanização de Deus ao contato com as imperfeições de sua maior criação: o homem. A relação do criador com a criatura, do cultor da imperfeição com sua obra imperfeita, garante à narrativa tintas cômicas e poéticas. Deus chega à terra, foz do rio são Francisco, nas alagoas, à procura de um santo. Quer tirar férias e, para isso caça o substituto. Tendo como guia um borracheiro com vocação malandra, que dribla as dificuldades sem rigor ético, e seguidor por uma pobre moça com sonhos de uma vida melhor, o criador percorre belos cenários naturais e degradados cenários sociais em cidades do Pernambuco e de Tocantins. Diante da pobreza e dos contrastes dos efeitos do processo e das consequências do atraso, ele lamenta a interferência humana em sua obra. Não aceita a capacidade destrutiva da espécie e repudia sua obsessão em cometer erro, aprenderá a aceitar as imperfeições e os limites desses seres tão nocivos quanto solidários ao se dar conta de suas próprias imperfeições como inventor do mundo. Seu guia e sua seguidora também aprenderão que, em vez de ir atrás do mestre ou esperar algo dele, precisam construir seus próprios destinos com criatividade. Pode-se ver o filme apenas por esse viés. Há coerência nele. Há verdade. Há uma existência em si.

O diretor é muito inteligente, cheio de idéias a alimentar para alimentar seus filmes, não se resolve na tela. Os méritos de suas imagens estão quase sempre fora delas. A formula e a bula costumam prevalecer sobre o remédio. Deus é brasileiro está entre os raros momentos em que, sem abrir mão dos conceitos e das alegorias, narrativa tem autonomia e existe nela própria. Não apenas por conta do bom desenvolvimento da história, baseada em conto de João Ubaldo Ribeiro, mas também pela orquestração das partes no todo. A colocação Sergio Mekler, o montador cujo nome está associado aos trabalhos da conspiração filmes, garante agilidade. Os atores suprem as necessidades humorísticas e emocionais. As paisagens estão em sintonia com a proposta, sem aquele apelo turístico e sem função dramática de Tieta. O repertório da trilha musical também e pertinente com enfoque sobre a convivência entre o arcaico e o moderno nas regiões cobertas pela câmera. Alguns diálogos, porem são escolares. Ensinam ao espectador que filme que estão vendo. Diegues procura mostrar as cenas com visualidade. a primeiras delas e aquela em que andando pela margens dos São Francisco, Deus irrita-se com a maçaroca sonora. Ele retira as musicas da cena ias substitui pelo canto dos pássaros. Busca pureza onde ela não e mais possível. A sequência e interrompida pela buzina estridente de um caminhão. O paraíso natural perde espaço para tecnologia. Deus para o homem. Em outra passagem faz sua seguidora, Madá, levitar. Olha pra ela como quem assimila a transcedência de uma figura tão mergulhada na mundanidade. Ele admira em estado de graça, em um festa regada por forró personagem dança com a moça uma valsa vienense e desce do pedestal para se colocar non mesmo plano dela.

O ator Antônio Fagundes como Deus e devido a sua aparência física com a etinia-racial brasileira. Pele de caboclo, um sutil toque afro, expressão ibérica, por tanto, moura-árabe-europeia, ele não e brasileiro

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