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ANÁLISE DE MANUFATURA CELULAR: CRITÉRIOS DE ADERÊNCIA AO CONCEITO DE "CÉLULAS REAIS

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Por:   •  18/11/2013  •  1.348 Palavras (6 Páginas)  •  620 Visualizações

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1. Introdução

A competitividade internacional e conseqüente necessidade de respostas rápidas às demandas dos mercados têm levado muitas empresas a considerar abordagens não tradicionais para o projeto e controle de sistemas de manufatura. Uma abordagem é a aplicação de tecnologia de grupo, caracterizada pela exploração de similaridades nas atividades ligadas à produção. Em essência, a tecnologia de grupo tenta decompor os sistemas de manufatura em vários subsistemas, ou grupos, controláveis. Uma aplicação importante da tecnologia de grupo é o desenvolvimento de um sistema de manufatura celular em que peças similares são agrupadas em famílias e máquinas são agrupadas em células. Tais sistemas proporcionam benefícios como simplificação de controle, de implementação e de automação, redução dos tempos de preparação e entre entrada de material e saída de produto, redução de manejo de material; além disso, esses sistemas contribuem para o aumento da qualidade do produto final.

2. Revisão de Literatura

Célula de manufatura é uma importante aplicação da tecnologia de grupo, sendo uma aproximação que pode ser utilizada para visualizar a flexibilidade e eficiência nos dias atuais em ambientes com pequenos e médios lotes de produção

Segundo Hyer e Wemmerlöv (1984) o aproveitamento das similaridades de produção ocorre a partir das seguintes ações:

a) Executando atividades similares de forma conjunta, evitando assim perda de tempo com as alterações necessárias para mudar de uma atividade para outra não relacionada;

b) Padronizando as atividades similares e relacionadas, direcionando o foco nas diferenças necessárias e impedindo duplicação de esforços;

c) Armazenando e recuperando informações de forma eficiente, principalmente as

relacionadas com problemas repetidos, reduzindo assim o tempo de procura por

informações, bem como eliminando a necessidade de resolver novamente um problema já solucionado.

O layout celular ou célula de manufatura arranja em um só local máquinas diferentes que possam fabricar o produto inteiro ou uma parte definida. Dentro da célula o material se desloca buscando os processos necessários. Sua característica principal é a flexibilidade quanto a tamanho de lotes por produto. Permite elevados níveis de qualidade e de produtividade. Possui especificidade para uma família de produtos. O transporte do material e os estoques são reduzidos. Famílias de peças que precisam ser fabricadas com certa freqüência possuem uma grande tendência à manufatura celular.

As vantagens iniciam-se com a redução de manuseio de materiais, diminuição de contêineres intermediários e bancadas. Os custos da não qualidade são reduzidos pela melhor capacitação dos funcionários em trabalhar com atividades mais restritas, variando apenas dentro de uma família de produtos. Peças a serem retrabalhadas ficam no próprio setor aonde serão recuperadas, agilizando o serviço e evitando que sejam notadas em tempo tardio. O planejamento e controle de produção se tornam mais simples devido a roteiros mais diretos, ocasionando produção mais rápida, menor espera em processo, menores estoques intermediários e antecipação de expedição. Os tempos de preparação das máquinas são reduzidos. A proximidade entre trabalhadores melhora o trabalho em equipe, o relacionamento pessoal e a comunicação no chão de fábrica.

As células de manufatura resultam na redução do problema de tempo de setup, porém seu arranjo está comprometido com a rota do produto e com a resposta a mudanças na demanda. Máquinas dedicadas para células específicas, geralmente resultam em utilizações desbalanceadas .

Balakrishnan e Cheng (2007) citam como desvantagens da célula de manufatura a possível baixa utilização de máquinas (uma tendência de mais investimento em equipamentos)ocasionadas pela dedicação de tarefas e grande necessidade de treinamento para que a célula possa ser operada de forma eficiente.

3.Caracterização de Células de Manufatura

A crítica feita por Hyer e Brown (1999) aos conceitos tradicionais é que eles induzem a classificar célula somente como um outro tipo de layout. Não que estejam errados, mas sugerem uma interpretação deficiente sobre uma célula real.

De acordo com Hyer e Brown (1999) uma célula de manufatura real tem duas categorias gerais de características, ou simplesmente elementos caracterizadores:

a) Elemento caracterizador 1: a dedicação dos equipamentos para uma família de partes ou produtos que tem requisitos de processamento similares;

b) Elemento caracterizador 2: a criação de um fluxo de trabalho onde as tarefas necessárias e aqueles que as executam estão proximamente conectados em termos de tempo, espaço e informação.

4. Método de Caracterização

O trabalho de Hyer e Brown (1999), que baliza este trabalho, aborda de forma contextualizada o assunto, seja no aspecto acadêmico ou de vivência prática (50 empresas durante um período de 12 anos). Porém o trabalho não propõe um instrumento claro de avaliação de células de manufatura.

Logo se propõe um instrumento de avaliação para os dois elementos caracterizadores através de uma análise de células de manufatura, atribuindo uma avaliação in loco ou através de informações que devam ser recebidas das empresas, tais como dados de cronoanálise, níveis de ruído, lay out e outros.

5. Aplicação – 03 células

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