ARQUITETURA CHINESA

ARQUITETURA CHINESA

A arquitetura da China é tão antiga quanto a civilização chinesa, ela a teve uma influência impactante nos estilos arquitetônicos do Japão, da Coréia e do Vietnã. O sistema de construção foi perpetuado por mais de quatro mil anos ao longo de um território vasto, (Turquestão chinês ao Japão, e Manchúria à metade norte da Indochina francesa) e ainda assim permanece uma arquitetura viva, que mantém suas características principais apesar das repetidas invasões estrangeiras, mas alguns arquitetos chineses, educados o ocidente, estão tentando combinar os desenhos das antigas e tradicionais construções chinesas, em edifícios modernos, não obtendo muito sucesso. Devido à pressão pelo desenvolvimento urbano por toda a China contemporânea exige uma maior velocidade de construção, ou seja, as grandes cidades a demanda pelos edifícios tradicionais chineses, que normalmente têm menos de três andares, vem caindo e dando lugar à arquitetura moderna.

Até o século XIV as construções eram predominantemente de madeira e as decorações, em grande parte, utilizavam rolos de papel pintados com imagens humanas e caligrafias. O mobiliário era simples, embora as artes decorativas tivessem um nível excelente, em especial no tempo dos imperadores Tang. Estas circunstâncias nos privaram da maior parte das edificações mais antigas, anteriores ao Império Ming, destruídas pelo tempo e pelos homens, embora permaneçam numerosos testemunhos em bronzes cinzelados, nos objetos tumulares, em inscrições e em desenhos. Em épocas recuadas, os servos – bem vivos – eram sepultados junto com os falecidos senhores. Quando esse hábito foi abandonado, alguns séculos AC, uma parafernália complexa e hoje bizarra, substituiu os seres viventes no ritual dos sepultamentos. Aqueles bens e pessoas de que dispunham os poderosos em vida, eram reproduzidos miniaturalmente e colocados nas tumbas. Por este meio identificamos o estilo das casas e o jeito de viver durante a dinastia Han, por exemplo. O caso mais conhecido e monumental da antiga arquitetura é a Grande Muralha, começada no século III AC.

Na época dos Han tornou-se regra construir os lugares privilegiados, templos e palácios, cercados de muralhas, sendo as edificações alinhadas por um eixo central, no qual se adentrava por um portal decorado. Os locais públicos ficavam na frente e, ao fundo, os aposentos que requeriam privacidade. Cada residência usufruía de um pátio, no qual se cultivava um jardim, mais ou menos suntuoso, conforme o nível de poder de seu proprietário.

A arquitetura chinesa inspirou-se na cultura indiana para construir stupas ( antigas construções funerárias indianas que contêm relíquias de reis e heróis). A religião budista, que influenciou a China a partir dos primeiros séculos da nossa Era, apesar de seu afã em levantar templos, não afetou os costumes urbanísticos, mas introduziu o pagode, provavelmente um derivativo das stupas. Os pagodes eram construídos em três níveis, uma base, uma coluna e terminavam com uma ponta, geralmente tendo concepções simples, de plano quadrangular ou octogonal.

As primeiras paredes e plataformas na China eram feitos de taipa e, com o tempo, tijolos e pedras passaram a ser usados com mais freqüência. Isto pode ser visto nas seções mais antigas da Grande Muralha da China, já que a Grande Muralha