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ASPECTOS HISTÓRICOS DA FUNÇÃO DO ORIENTADOR E SUA ATUAL PRÁTICA NA FORMAÇÃO DO ALUNO

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Por:   •  10/10/2013  •  5.953 Palavras (24 Páginas)  •  415 Visualizações

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ASPECTOS HISTÓRICOS DA FUNÇÃO DO ORIENTADOR E SUA ATUAL PRÁTICA NA FORMAÇÃO DO ALUNO

Ligia Maria do Nasciento Maciel 1

RESUMO: Este artigo vem apresentar as possibilidades de trabalho com a formação do aluno frente aos desafios da prática profissional do orientador educacional. A pesquisa foi realizada através de estudo teórico-bibliográfico a partir de artigos, documentos e publicações de livros dedicados ao tema. A fim de compreender sua real função iniciou-se um estudo desde a origem do Orientação Profissional até sua atual condição, onde buscou-se reconhecer sua trajetória histórica e as legislações que regulamentaram a profissão. Objetivou-se, também, discorrer sobre o trabalho do Orientador Educacional junto ao educando, visando o pleno desenvolvimento do aluno. A escolha desse tema foi definida através das aulas de pós-graduação, e da visão dos colegas e profissionais da educação com a qual tenho contato. Assim, partiu-se do questionamento sobre a real função desse profissional dentro da instituição escolar em relação a formação do aluno.

PALAVRAS-CHAVE: Orientador Educacional, História, Formação, Aluno.

INTRODUÇÃO

Com as evidentes mudanças sociais e culturais decorrentes da evolução científica, tecnológicas e industriais a escola, obrigatoriamente passou por uma redefinição do seu papel repensando seus métodos tradicionais para criar novos serviços e metodologias que favoreça um novo propósito para a escola na formação do aluno. Nesta perspectiva, o Pedagogo passou a assumir vários papeis no ambiente escolar, buscando o pleno desenvolvimento do educando. A busca por conhecimento e valorização humana demanda um especialista que auxilia o professor a desenvolver o processo ensino-aprendizagem. Orientador Educacional passou a assumir esse papel.

O papel do Orientador vem se transformando ao longo da história, onde com a influência da psicologia, iniciou-se o aconselhamento de forma a ajustar o aluno de acordo com as necessidades da sociedade e da família. Hoje, parte do princípio que o educando é uma pessoa humana, dotada de dignidade e direitos, com liberdade no sentido de ser responsável por seus atos, na medida em que for tomando consciência dos seus deveres e direitos. Portanto a orientação deve atuar proporcionando uma assistência que implica na interação de todo o organismo escolar, mas se realiza de um modo especial com os alunos. Portanto evidencia-se a importância da prática desenvolvida pela Orientação Educacional como um dos elementos de mediação da aprendizagem e da formação do aluno em sua totalidade.

Para desenvolvimento da investigação utilizou-se da pesquisa bibliográfica qualitativa, em periódico, livros, artigos e sites. Objetivou-se reconhecer a trajetória histórica do Orientador Educacional e as legislações que regulamentaram a profissão, discorrer sobre o trabalho do Orientador Educacional junto ao educando, visando o pleno desenvolvimento do aluno. A escolha desse tema foi definida através das aulas de pós-graduação, e da visão dos colegas e profissionais da educação. Assim, partiu-se do questionamento sobre a real função desse profissional dentro da instituição escolar em relação a formação do aluno.

Percebe-se que muitos educadores têm uma visão de que o Orientador é apenas um disciplinador. Assim, a relevância desse trabalho está calcada no estudo da trajetória histórica do orientador, do amparado legal no Brasil, das ações no cumprimento de sua função educacional e social.

ASPECTOS HISTÓRICOS DA FUNÇÃO DO ORIENTADOR E SUA ATUAL PRÁTICA NA FORMAÇÃO DO ALUNO.

A educação passou por muitas mudanças ao longo dos anos, com o objetivo de atender as demandas da sociedade. Entende-se por mudança o processo de transformação, seja do ser humano, do ambiente ou de uma situação, visando à melhoria, ao aperfeiçoamento e ao desenvolvimento. O conceito de mudança, segundo Algarte (1994, p. 189) sugere a revolução, ou "a quebra repentina e de longo alcance na continuidade do desenvolvimento de um sistema social”. Ressalta, ainda, que toda revolução gera padrões próprios de mudança social, consubstanciando-se na história do passado e do presente, e esses dois momentos impõem uma direção à ação revolucionária.

Correia (1991, p. 18) fala de mudança em instituições educativas como sendo inovação, reforma, evolução, salientado que a escola é "uma entidade dialética, conflitual e contraditória que se produz e se reproduz no conflito". Segundo este autor (idem, p. 35), o terreno institucional de aplicação de uma reforma não é um terreno bruto, que reage de forma homogênea às decisões exteriores. "Ele é um terreno 'cultivado' por conflitos de poder mais ou menos abertos, por lutas ideológicas mais ou menos surdas, por concepções pedagógicas mais ou menos assumidas". Algarte (1994) acredita que a mudança não ocorre por acaso nem de maneira brusca na sociedade. Ela é e decorre de uma sequência de fatos. Às vezes, a organização e as pessoas não se dão conta de que ela está ocorrendo a sua volta e nem sempre conseguem identificar suas causas. A educação brasileira compreendida a partir de determinantes históricos precisa ser repensada dentro de uma contextualização e com uma visão prospectiva. Para reforçar esse pensamento Grinspun (2001, p. 29) menciona que “o papel do Orientador Educacional na dimensão contextualizada diz respeito, basicamente, ao estudo da realidade do aluno, trazendo-a para dentro da escola, no sentido da melhor promoção do seu desenvolvimento”.

A ação da Orientação, parte integrante do processo educacional tem sua origem na sociedade primitiva. Nessa sociedade a educação era uma ação difusa própria vida dos seres humanos, onde o adulto vigiava, protegia e orientava as ações e as atitudes dos jovens, diante dos desafios e perigos da existência, mesmo que discretamente. Eles observavam os jovens e determinavam sua vocação. Com a revolução industrial, atendendo a política de interesse desse setor, surge a orientação sistemática, devido à necessidade de se adequar a uma nova maneira de trabalhar, de viver a vida na sociedade, sendo a mão de obra essencial ao progresso e na escolarização bastava saber ler e fazer alguns cálculos.

O Orientador educacional, como profissional, teve sua origem nos Estados Unidos por volta de 1930, segundo Pimenta (1988), a orientação educacional teve origem devido as grandes mudanças

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