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ATPS DE FUNDAMENTOS

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Por:   •  20/11/2013  •  4.383 Palavras (18 Páginas)  •  261 Visualizações

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Etapa 01

O filme Tempos Modernos retrata a vida urbana nos Estados Unidos nos anos 30, logo após a crise de 1929, quando a depressão atingiu toda sociedade norte-americana, levando a maior parte da população ao desemprego e à fome.

O filme foca a vida na sociedade industrial caracterizada pela produção pegando por base o sistema de linha de montagem e criticando a alienação do operário desse meio de produção e também a modernidade e o capitalismo crescente, já que o trabalhador é manipulado pelo poder do capital. Fazendo um breve resumo sobre o filme antes da análise, a figura central do filme é Carlitos, o personagem clássico de Chaplin, que trabalha em uma indústria, principal meio de distribuição de emprego da época, após sofrer um surto ele é considerado louco e levado a uma clínica, após ser liberado ele é imediatamente preso, por engano, já que estava junto de um movimento comunista, sendo considerado o líder pelos policiais. Na prisão ele cometeu um ato de heroísmo, fazendo assim que sua na prisão melhorasse muito, tinha uma cela só para ele, em perfeito estado. Assim que liberado da prisão Carlitos fazia de tudo pra voltar, já que a vida na prisão era muito melhor do que a vida nas ruas da cidade, uma das várias críticas demonstradas no filme. Foi no meio dessa confusão que ele conhece uma jovem, moça muito pobre, que tinha perdido o pai nos constantes conflitos entre polícia e civis pela cidade, Carlitos se apaixona pela garota, e daí por diante eles estão juntos contra a crise que os persegue durante o filme.

Analisando o filme, são percebidas as várias críticas que o criativo Chaplin mostrou em Tempos Modernos, ele trata das desigualdades entre a vida dos pobres e das camadas mais ricas, além de mostrar também que a mesma sociedade capitalista que explora os trabalhadores, alimenta todo conforto e diversão da burguesia. Cenas como a que Carlitos e a jovem órfã conversam no jardim de uma casa, ou aquela em que Carlitos e a mesma jovem encontram-se numa loja de departamentos, ilustram bem essas questões. A alienação do operário é outra crítica muito enfatizada dentro do filme, o exemplo seria nas cenas em que Carlitos faz o movimento repetitivo de apertar o equipamento, mesmo não estando em serviço, além da representação de grandes máquinas na fábrica, ou seja, mostrando uma maior importância e magnitude das máquinas contra o trabalhador.

Logo no início do filme, um rebanho de ovelhas é mostrado indo para um matadouro e logo após mostra os trabalhadores indo para uma indústria, assim fazendo uma alusão, simbolizando o contingente de operários que são totalmente submissos a seu emprego na fábrica, tendo que dar o máximo de si para a produção da indústria, e assim, como já citei, gerando o lucro para o capital. O relógio que aparece no filme e a rapidez em que a industria é movida representa também a maior necessidade do mercado que cresce cada vez mais com esse ritmo, além da idéia de otimização do tempo, ou seja, produzir mais em menos tempo.

A cena de Carlitos entrando dentro da máquina é uma das cenas mais clássicas do filme, essa passagem representa o operário como mera peça do sistema e pode a qualquer momento ser sugado pela máquina psicologicamente. O consumismo é um tema abordado também por Chaplin na sua obra, ele demonstra na cena da loja a vontade e necessidade de consumo por parte de Carlitos e da jovem dos produtos que o mercado oferece cada vez mais.

A crescente urbanização também é mostrada em Tempos Modernos logo após a cena em que Carlitos sai da clínica, onde acabava de ser aconselhado pelo médico a ficar calmo e não se estressar, sendo essa passagem uma ironia crítica, já que no estado em que se encontrava a cidade, com a industrialização, era impossível ficar do jeito que o médico queria. Como já citei, a fome e a violência estão totalmente dentro do contexto do filme, sendo mais uma crítica, usando a família da jovem e o assassinato do pai como as cenas ligadas a esse problema, além do assalto de bandidos que estavam com fome na loja em que Carlitos estava trabalhando. Junto com a jovem, Carlitos demonstra uma grande vontade de ter uma vida digna, uma casa, um emprego. Esse sonho os personagens levam com eles até o final do filme, indicando o positivismo por parte deles.

Revolução Industrial

Que focaliza a vida urbana nos Estados Unidos nos anos30, imediatamente após a crise de 1929, quando a depressão atingiu toda sociedade norte-americana, levando grande parte da população ao desemprego e à fome. O filme focaliza a vida do cidadão na sociedade industrial caracterizada pela produção com base no sistema de linha de montagem e especialização do trabalho. É uma crítica à "modernidade" e ao capitalismo representado pelo modelo de industrialização, onde o operário é engolido pelo poder do capital e perseguido por suas ideias "subversivas".Em sua Segunda parte o filme trata das desigualdades entre a vida dos pobres e das camadas mais abastadas, sem representar contudo, diferenças nas perspectivas de vida de cada grupo. Mostra ainda que a mesma sociedade capitalista que explora o proletariado, alimenta todo conforto e diversão para burguesia. Cenas como a que Carlitos e a menina órfã conversam no jardim de uma casa, ou aquela em que Carlitos e sua namorada encontram-se numa loja de departamento, ilustram bem essas questões. Em apenas três anos após a crise de 1929, a produção industrial norte-americana reduziu-se pela metade. A falência atingiu cerca de 130 mil estabelecimentos e 10 mil bancos. As mercadorias que não tinham compradores eram literalmente destruídas, ao mesmo tempo em que milhões de pessoas passavam fome. Em 1933 o país contava com 17 milhões de desempregados. Diante de tal realidade o governo presidido por H. Hoover, a quem os trabalhadores apelidaram de "presidente da fome", procurou auxiliar as grandes empresas capitalistas, representadas por industriais e banqueiros, nada fazendo contudo, para reduzir o grau de miséria das camadas populares. A luta de classes se radicalizou, crescendo a consciência política e organização do operariado, onde o Partido Comunista, apesar de pequeno, conseguiu mobilizar importantes setores da classe trabalhadora. Nos primeiros anos da década de 30, a crise se refletia por todo mundo capitalista, contribuindo para o fortalecimento do nazi fascismo europeu. Nos Estados Unidos em 1932 era eleito pelo Partido Democrático o presidente Franklin Delano Roosevelt, um hábil e flexível político que anunciou um"novo curso" na administração do país, o chamado New Deal. A prioridade do plano era recuperar a economia abalada pela crise combatendo seu principal problema social: o desemprego.

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