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AVALIAÇÃO EDUCACIONAL

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Por:   •  24/9/2014  •  9.521 Palavras (39 Páginas)  •  215 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Falar sobre o tema da Avaliação não é um assunto novo, pois a avaliação está inserida no cotidiano escolar de Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Superior, porém pesquisar sobre as práticas pedagógicas que determinam a avaliação na Educação Infantil é o que direcionará esta pesquisa.

O tema da pesquisa se desenvolveu pelo interesse pelo tema decorre de minha experiência profissional de vinte anos atuando como professora de educação infantil.

A avaliação na Educação Infantil é uma exigência legal e faz parte do

planejamento escolar, porém a forma como ela deve ser registrada não é especificada, dando margem a interpretações variadas.

É importante ressaltar a importância do direito à Educação Infantil que, pela primeira vez na história de nosso país é considerada a primeira etapa da educação básica, segundo a Constituição Federal, título III, do Direito à Educação e do Dever de Educar, art. 4, IV, que afirma " O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de (...) atendimento gratuito em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade".

Na constituição no título IV, a quem compete oferecer a Educação Infantil diz, que trata da Organização da Educação Nacional, art. 11, V, considera-se que: "Os municípios incumbir-se-ão de (...) oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas(...)".

A Lei nº 9.394/96, de Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,

explicita no art. 30, capítulo II, seção II que: "A educação infantil será oferecida em: I - creches ou entidades equivalentes para crianças de até três anos de idade; II - pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos". Esta lei estabelece o vínculo entre o atendimento às crianças de zero a seis anos e a educação.

Para análise das práticas pedagógicas que determinam a avaliação na Educação Infantil, devemos discernir primeiramente a avaliação formal da avaliação informal para termos com clareza o que iremos estudar.

A avaliação formal é objetiva, instrucional e classificatória, pois mede o

conhecimento que o aluno atingiu através de provas e trabalhos que conduzem a uma nota. A avaliação informal é subjetiva, comportamental e comparativa, podendo o avaliador se utilizar de juízos de valor construídos nas relações diárias entre professor e aluno.

No Artigo 31 da LDB, sobre avaliação encontramos na seção III referente à avaliação na Educação Infantil diz que: "... a avaliação far-se-á mediante o acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção,

mesmo para o acesso ao ensino fundamental."

Os RCNS (Referencial Curricular Nacional para Educação) orientam para a Educação Infantil o planejamento escolar, porém as escolas possuem autonomia na elaboração de seus planejamentos. Também traz eixos de trabalho que orientam a construção das diferentes linguagens pelas crianças e para as relações que elas estabelecem com os objetos do conhecimento. Os eixos são: Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita, Natureza e Sociedade, e Matemática.

A avaliação aparece no RCN como avaliação formativa, sistemática e

contínua ao longo do processo de aprendizagem de cada criança. A avaliação

formativa é fundamental na obtenção de dados sobre a aprendizagem e

reorientação da prática do professor na elaboração do seu planejamento, propondo situações capazes de gerar novos avanços na aprendizagem das crianças.

A pesquisa irá se basear nos registros desta avaliação que ocorre na educação infantil é que práticas pedagógicas são utilizadas para o registro, tendo como alvo o olhar do educador para a criança num todo; qual é a concepção de aprendizagem que ele espera das crianças; o que o educador deve observar para registrar e de que forma para não rotular a criança; e quais instrumentos utilizar: relatórios, roteiros fechados, fichas individuais, etc.

Para isso foi realizada uma entrevista sobre este tema com os professores de Educação Infantil da unidade onde trabalho, na busca de conduzir a uma reflexão sobre as conseqüências deste registro, ressaltando que a avaliação na educação infantil é uma importante parte do planejamento escolar, a qual serve como um instrumento de reflexão sobre sua prática educacional e como forma de diagnóstico sobre a aprendizagem e o comportamento das crianças.

2. A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL

No Brasil a história da infância está atrelada ao imenso processo de colonização européia, na venda e comercialização de seus produtos com outras partes do mundo para expandir seus mercados. As colonizações submetiam as crianças a um grande deslocamento por mar, passando para outras realidades mundiais, essencialmente européias.

Essas crianças viajavam em péssimas condições sendo expostas ao sol, às tempestades, e ainda maltratadas com socos e pontapés e obrigadas a realizar tarefas de alto risco (SILVA, 2008). Associados a essas questões, a autora ressalta que durante as navegações elas contraíam doenças como: inanição, escorbuto, levando muitas vezes até a morte. O fato é que para se manterem vivas nas embarcações, aceitavam ser usadas como objeto sexual. Segundo a autora mencionada, muitas crianças quando não morriam ou quando escapavam das doenças eram transferidas para a colônia como oportunidade de liberdade para uma nova vida.

No Brasil colônia as crianças nobres eram bem cuidadas, não havia mais castigos, uma vez que, os pais eram os responsáveis pela sua aprendizagem, que acontecia de forma espontânea nas atividades do cotidiano e nos afazeres. As crianças negras viviam dentro da casa grande com de proximidade senhores nobres, uma aparente e amistosa convivência familiar, posto que, com frequência, as meninas, pela sua condição social, eram utilizadas como objeto sexual de seus senhores (SILVA, 2008).

Os meninos brancos iniciavam precocemente as práticas sexuais com as crianças negras, a partir dos nove ou dez anos, já tinham que se comportar e vestir- se como se fossem adultos. Segundo Ariés (1986, p. 16), "A criança era uma miniatura e tornava-se a companheira natural do adulto, com quem passava a conviver

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