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Ad1 - Introdução Ao Agronegócio

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Por:   •  1/3/2015  •  2.481 Palavras (10 Páginas)  •  510 Visualizações

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1. Supondo que a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) é uma importante fonte de informações para analisar o comportamento do consumidor de alimentos, procure analisar as seguintes questões:

1.1. Qual a relação entre alta de preços e o efeito substituição nas categorias alimentares? Aproveite para lembrar alguns exemplos apresentados na primeira aula do curso. (2,0 pontos).

RESPOSTA:

Exemplo 1. Estudo da LatinPanel, instituto de pesquisa que acompanha as despesas de 8.200 domicílios em todo o país.

A alta de preços do consumo e a substituição entre categorias alimentares têm sido detectadas por estudos que têm por objetivo o levantamento e acompanhamento das despesas de domicílios em todo o país.

Em 2007, foi detectada uma alta de preços do consumo e a migração entre categorias alimentares. Enquanto o preço do leite aumentou 10% e teve queda de 5% no consumo, a demanda de bebidas à base de soja e de iogurtes cresceu 25%, ainda que o preço desses produtos não tenha caído.

As pesquisas detectaram oscilações de preços nos produtos e o efeito substituição nas categorias alimentares, que compõem a cesta de compras das famílias brasileiras.

Os campeões das altas de preços foram óleos vegetais (18%), farinha de trigo (17%), pães (14%), temperos (14%), pó de café (12%) e leite longa-vida (10%). Entre os produtos que registraram queda de preços estão o açúcar (-14%) e o creme de leite (-3%).

A pesquisa aponta que os produtos mais comprados, no primeiro semestre, foram bebidas à base de soja e iogurtes (25%), sucos prontos (16%), molho de tomate (13%) e sopas instantâneas (9%).

Em contrapartida, os itens que registraram maiores quedas de volume foram pães (-15%), água mineral (-8%), café solúvel (-6%) e leite longa vida (-5%).

Exemplo 2. Pesquisa de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE.

No período 1998/2001, o salário real caiu de R$ 1.104,36 (dezembro de 1998) para R$ 753,66 (novembro de 2001), conforme os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Com isso, a população não mais agregou novos bens e serviços aos seus hábitos de consumo, apenas conservou o que havia conquistado.

Nos primeiros quatro anos do Plano Real, o salário médio real havia subido de R$ 756,42 (em julho de 1994) para R$ 1.104,36 (em dezembro de 1998). O grande contingente de consumidores de baixa renda, que inflou as estatísticas de vendas nos primeiros anos do Plano Real, recusa-se a abandonar os hábitos adquiridos, mesmo que tenha de abrir mão de produtos básicos.

O volume de venda de tradicionais produtos da cesta básica caiu, enquanto os produtos com mais inovação e praticidade aumentaram sua participação no mercado. Os produtos tradicionais da cesta básica apresentaram apenas um crescimento de vendas vegetativo.

Apesar da compressão salarial, a participação dessa faixa na população economicamente ativa (PEA) vem aumentando nos últimos anos, incorporando parcela ascendente da classe E descendente da classe B.

1.2. Qual a relação entre consumo de alimentos e variação da renda dos brasileiros. Aproveite para lembrar alguns exemplos apresentados na primeira aula do curso. (2,0 pontos).

Exemplo 1. Segundo a pesquisa Tendências – Bimestral, da A.C. Nielsen.

Em 2003, nas regiões metropolitanas do Rio e de São Paulo, a perda de poder aquisitivo, como reflexo da prolongada queda de renda, estava esvaziando a mesa da população. Depois de trocar marcas prediletas por similares mais em conta, os consumidores estavam cortando até mesmo itens da cesta básica de seu cardápio.

As vendas de produtos de primeira necessidade caíram 0,52% nos primeiros sete meses deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Das 24 categorias que compõem a cesta básica acompanhada mensalmente, 14 registraram retração no volume de vendas, com destaque para polpa de tomate (11,82%), salsicha (8,67%), óleo de soja (5,8%), açúcar (3,32%) e arroz (2,83%).

As maiores quedas se concentram nas regiões metropolitanas do Rio (3,7%) e de São Paulo (3,3%), onde tradicionalmente o custo de vida é mais elevado.

A retração no consumo reflete a queda da renda dos brasileiros, combinada a um cenário de juros altos e desemprego recorde. Como o peso dos alimentos no orçamento das famílias é muito grande, com a renda comprimida eles acabam tendo de substituir até mesmo gêneros de primeira necessidade.

Exemplo 2. A pesquisa Barômetro do Consumidor, também da A.C. Nielsen.

Em 2003, que ouviu 600 pessoas em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre, revelou que 81% dos consumidores adequaram sua lista de compras aos tempos de crise. Destes, 62% cortaram pelo menos uma categoria de produto do seu dia-a-dia, 83% diminuíram as quantidades compradas e 82% trocaram suas marcas preferidas por outras mais baratas. As substituições aconteceram em maior número na cesta de alimentos do que na de higiene e beleza. Esse comportamento – de corte, troca ou diminuição de produtos – pode ser observado em todas as classes sociais. O que as diferencia é o tipo de produto substituído. Quem é da classe D, por exemplo, cortou os alimentos da cesta básica, já que não tem mais gordura para cortar. Já quem é da classe A, B ou C deixou de comprar supérfluos. O levantamento mostra ainda que o primeiro produto banido das listas foi o iogurte, em que 29% dos entrevistados deixaram de comprar o produto e os queijos (23%). Em seguida, foram deixados os industrializados de carne: hambúrgueres e nuggets (19%); bolachas e biscoitos (18%) e refrigerantes (12%). Entre os itens que as famílias passaram a comprar em menor quantidade destacam-se arroz (37%), feijão (35%), carne fresca (28%), bolacha e biscoito (22%) e óleo (21%).

2. Como foi apresentado e discutido, na aula 2, o conceito de agribusiness formulado por John Davis (1955) foi desenvolvido por Davis e Goldberg (1957). Posteriormente, Ray Goldberg (1968) desenvolveu o conceito de sistema agroindustrial: CSA - Commodity System Aproach e Agribusiness Coordenation. Assim foram lançados os fundamentos de uma nova disciplina, definindo sua natureza, escopo e metodologia. Tendo como aspecto-chave a interdependência da agricultura com os outros setores da atividade econômica. Considerado o mecanismo adequado, para planejar e formular políticas mutuamente benéficas e que atendam, com maior eficiência, as metas econômicas.

Com base na figura 1 abaixo, analise o modelo de sistema

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