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Adição ao Trabalho

Por:   •  24/10/2016  •  Monografia  •  588 Palavras (3 Páginas)  •  249 Visualizações

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ADIÇÃO AO TRABALHO

Segundo Camargo, (2011), a definição de trabalho imaterial não é algo simples, ele não se reduz apenas aos serviços, como muitos tendem a assimilá-lo, mas se refere a todas aquelas atividades que possuem como característica fundamental o uso do conhecimento, além da cooperação e da comunicação.

        Com o trabalho imaterial, surgem novas doenças relacionadas ao trabalho, conhecidas como as “doenças invisíveis”. As quais pode-se citar a Adição ao Trabalho.

  • Definição

As práticas laborais ao manterem o sujeito ligado à realidade cumprem uma dupla função: de um lado a manutenção da ordem social e produção de bens de consumo, culturais ou serviços e, de outro, alguma satisfação pulsional aos sujeitos que, de outro modo, poderiam, até mesmo, adoecer (Freud, 1930/2006).

A adição ao trabalho ou workaholism, expressão de origem americana da palavra alcoholic (alcoólatra), foi utilizada para designar uma pessoa viciada em trabalho (Salanova, Del Libano, Llorens, Schaufeli & Fidalgo, 2008).

Ela é caracterizada pelo trabalho excessivo associado a uma necessidade de trabalhar constantemente (Salanova, Del Libano, Llorens, Schaufeli, & Fidalgo, 2008).

  • Sintomas

A adição ao trabalho faz com que, gradativamente, o indivíduo  perca o controle emocional sobre suas atitudes em função de uma necessidade intensa de realizar uma grande quantidade e obter sucesso em suas tarefas laborais (Killinger, 1991). Além disso, pessoas adictas ao trabalho em geral podem ter dificuldades nas relações interpessoais com colegas. (Wijhe, Peeters, & Schaufeli, 2013).

Esta elevada quantidade de trabalho, que poderia resultar em alta produtividade para a organização, vem acompanhada de altos níveis de ansiedade, comprometendo a qualidade do trabalho e das relações interpessoais no ambiente laboral. Essa “doença” afeta o comportamento psicológico e comportamental do sujeito.

Cherrington (1980) destaca o caráter irracional do trabalho excessivo, pois a pessoa se torna incapaz de encontrar outras formas de ocupação além da sua atividade laboral. E de acordo com Killinger (1991), a adição ao trabalho é um processo no qual, gradualmente, a pessoa vai perdendo sua estabilidade emocional e o controle sobre o trabalho em uma tentativa compulsiva de obter êxito constante.

  • Prevenção

A melhor forma de combater este problema deve ser com a iniciativa das próprias empresas, alguns exemplos:

•        Evitar reuniões muito extensas ou fora de hora;

•        Manter uma boa comunicação na definição de objetivos e na delegação de funções;

•        Encorajar colaboradores para atividades pós-laborais;

Também numa perspectiva pessoal, há alguns hábitos que ajudam a prevenir a adição ao trabalho:

•        Dedicar pelo menos um momento do dia a si mesmo. Desconectado. Off-line;

•        Cuidar das relações pessoais;

•        Ser rigoroso em relação ao horário de trabalho.

Uma vez estabelecida à relação entre a doença e o trabalho desempenhado pelo trabalhador, a organização deverá assegurar (como visto no manual do ministério de saúde do Brasil sobre doenças relacionadas ao trabalho):

• a orientação ao trabalhador e a seus familiares, quanto ao seu problema de saúde e os encaminhamentos necessários para a recuperação da saúde e melhoria da qualidade de vida;

• afastamento do trabalho, caso a permanência do trabalhador represente um fator de agravamento do quadro ou retarde sua melhora;

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