Agenda Amazônia 21

Para uma melhor compreensão das temáticas abordadasna Conferência do Rio em 1992 e

da Agenda 21, inicialmente é necessário retroceder algumas décadas, a saber, como estavam

os debates em relação às mudanças climáticas e as alterações ambientais causadas pelo

homem.

Por muito tempo pensava-se que o meio ambiente era uma fonte inesgotável e que o

aproveitamento dos recursos provenientes da natureza era infinito. Na primeira revolução

industrial no século XIX, por exemplo, a utilizaçãodo carvão mineral na indústria como fonte

geradora de energia para mover as maquinas, contribui para derrubada de milhões de arvores,

além da queima do carvão mineral ser um grande causador do efeito estufa através da

liberação de CO2 na atmosfera. Ao longo de todo século XIX até meados do XX, não havia

estudos nem a preocupação dos países em relação ao meio ambiente, foi somente com a

criação da ONU em 1945 que tentando alçar os fundamentos relativos á segurança mundial

através dos temas paz, direitos humanos e o desenvolvimento equitativo que as questões

ambientais passaram a serem debatidas nós fóruns e organizações internacionais. Porém, nos

primeiros anos da sua criação o tema ambiental não foi discutido tão enfaticamente e não se

dava a devida atenção do qual o tema necessitava.

Na década de 60 a crise ambiental já podia ser percebida, vindo a agravar-se ao longo das

décadas seguintes em função de uma serie de catástrofes e dos desequilíbrios ambientais.

Esses acontecimentos passaram a fazer parte da preocupação dos Estados e da comunidade

científica internacional, o que levou a pensar em novas estratégias para o tema que tinha

passado a ser uma problemática comum, ou seja, de ordem mundial (Priscila Passos, 2009). A

Conferencia das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano (Conferência de Estocolmo

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,

julho de 1972) discutiu de forma concreta a questãoda segurança ambiental, já que cientistas

detectaram graves problemas que poderiam se agravare gerar conseqüências não apenas para

as gerações presentes, mas também no futuro, através da poluição provocada pelas indústrias,

em especial pelas nações desenvolvidas que tiveram seu processo de industrialização mais

rápido.

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A Conferência de Estocolmo ocorreu na Suécia, no período de 5 a 16 de julho de 1972 reunindo 113

países, sendo esta presidida pelo canadense MauriceStrong. Essa conferência possibilitou a discussão

em torno dos problemas ambientais, além de promoverà introdução nas agendas internacionais dos

Estados a dimensão ambiental como um condicionante do modelo tradicional de crescimento

econômico e da forma a se utilizar os recursos naturais.

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A partir da Conferência de Estocolmo e do despertar dos países para as questões

ambientais, os Estados passaram a introduzir em suas agendas internacionais o tema, já que

perceberam que o uso inconsciente e o crescimento econômico levariam ao estagnamento dos

recursos pondo em risco a vida do planeta. Ela foi também o primeiro passo para encontrar

soluções concretas para a problemática ambiental e solucionar os desafios providos das

conseqüências causadas pelas ações antrópicas

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sobre o meio ambiente. A Conferência de

Estocolmo representou um marco histórico e decisivo para o surgimento de políticas de

gerenciamento ambiental através da criação de um Plano de Ação para o Meio Ambiente

constituído por 109 recomendações e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

(PNUMA) que foi responsável pela implantação do Plano de Ação. A partir dela novas

Conferências passaram a ser realizadas a fim de discutir as questões climáticas e ambientais.

O