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Agostinho Carrara E Roberto DaMatta

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Por:   •  13/5/2014  •  557 Palavras (3 Páginas)  •  392 Visualizações

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‘’Sou mala sem ser maleiro

sou ferro sem ser ferreiro

sou nordestino e brasileiro

eternamente herdeiro do meu passado

estrangeiro

Eu sou Pedro Malasartes, o sabido sem estudo,

eu nasci sem saber nada e vou morrer sabendo tudo.’’

(autor desconhecido)

O carnaval e o malandro Agostinho Carrara

Segundo Roberto DaMatta a sociedade é fascinada pela ordem e hierarquia (pg 264 Carnaval, maladros e heróis). Com isso, aponta Caxias como um símbolo da ordem e Pedro Malasartes como o malandro.

‘’[...]não há dúvida alguma de que estamos diante de um ‘herói sem nenhum caráter’, ou melhor, de um personagem cuja marca é saber converter todas as desvantagens em vantagens, sinal de todo bom malandro e de toda e qualquer boa malandragem. [...] Na linguagem moderna do Brasil, Pedro Malasartes, acima de ser um herói sem caráter, é um subversivo, perseguidor dos poderosos, para quem sempre leva a dose de vingança e destruição que denuncia a falta de um relacionamento social mais justo entre o rico e o pobre [...]”.

(DaMatta, 1983, op. cit., p. 274.)

DaMatta diz que o malandro é um ser que transforma as adversidades em oportunidades, que está sempre buscando algo que não possui. Ele pode jogar dentro ou fora das regras, mas conhece as mesmas e principalmente quem as cria. “[...]o poder dos fracos é o poder de obedecer e, por isso mesmo, destruir a opressão pela obediência malandra, oportuna e sagaz” (DAMATTA, 1990: 243).

O malandro vem da classe oprimida e pode se usar do estudo de Darcy Ribeiro para ser compreendida sua origem. O modo de vida dos indigenas se opunha ao do português recém chegado. Para o branco a vida era sofrida era uma obrigação, já para os índios uma dádiva. A expansão dos ‘’impérios mercantis salvacionistas’’ com base na religião criaram os três pilares centrais que corraboram com a figura do herói brasileiro: a religião, o opressor e o selvagem.

Levando em consideração a historicidade cunhada por Darcy Ribeiro e levando em consideração o pontos de DaMatta, é possível afirmar que o mesmo surge da classe oprimida, que é a mais ampla da sociedade.

‘’ De fato, o malandro não cabe nem dentro da ordem nem fora dela: Vive nos seus interticios, entre ordem e a desordem, utilizando ambas e nutrindo-se tanto dos que estão fora quanto dos que estão dentro do mundo quadrado da estrutura.’’

(DaMatta, 1997, p. 172)

Pode ser inserido tudo isso em um personagem de uma sitcom brasileira ‘’A Grande Família’’: Agostinho Carrara. Apesar de algumas de algumas características contraditórias a DaMatta (como a evolução financeira), Agostinho é o típico malandro. Nasce em um caos familiar e urbano, é abandonado pelo pai, cresce no subúrbio do Rio de Janeiro, praticante da boemia e tranbiqueiro.

Com um figurino que lembra o carnaval, uma recusa ao tipo de vida de um proletariado e com uma grande persuasão a associação de Agostinho com o malandro pode

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