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Ambiente Financeiro E Global

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Por:   •  9/2/2015  •  2.136 Palavras (9 Páginas)  •  635 Visualizações

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KEEGAN, Warren J. P. O Ambiente Financeiro Global e Decisões De Câmbio

“[...] o câmbio possibilita a realização de negócios além das fronteiras de uma moeda nacional. Entretanto, o câmbio é um aspecto de marketing global que envolve certos riscos financeiros, decisões e atividades completamente diferentes que envolve certos riscos financeiros, decisões e atividades completamente diferentes dos enfrentados por um profissional de marketing em seu país de origem.” (Keegan, 2000 pg.152)

“Quando uma empresa atua em seu país, com clientes e fornecedores locais que pagam na moeda nacional, não há risco de câmbio. Todos os preços, pagamentos, recebimentos, ativos e passivos são em moeda nacional. Mas aos fazer negócios no exterior, entra-se no turbulento mundo dos riscos de câmbio. Os problemas de câmbio afetam as oportunidades de mercado, os recursos financeiros e a estratégia de formação de preços de uma empresa. É por isso que você deve entender os aspectos financeiros das decisões de marketing global. A força propulsora da empresa bem sucedida deve ser o marketing e para que os objetivos de marketing sejam alcançados, deve-se ter um alto grau de conscientização global, monitorando e entendendo o ambiente financeiro da empresa, principalmente o câmbio.” (Keegan, 2000 pg.152)

Câmbio

Nota minha: Câmbio é toda transação de moeda sobre outra moeda para fins comerciais.

“Em resumo, o mercado de câmbio consiste literalmente em um mercado comprador e em um vendedor, onde são negociadas moedas tanto para pronta entrega como para entrega futura, continuamente. O termo mercado de pronta entrega é auto-explicativo e o de entrega futura é chamado também de mercado a termo. Este e um mercado em que os preços baseiam-se em uma combinação de forças de oferta e demanda interagindo no momento da transação.” (Keegan, 2000 pg.154)

Flutuação Suja Controlada com DES

“O atual sistema financeiro global pode ser descrito como de “flutuação suja controlada com Direitos Especiais de Saque, os DES”. E o que quer dizer isto? Controlada diz respeito ao uso específico de política fiscal e monetária pelos governos, para influenciar as taxas de câmbio.” (Keegan, 2000 pg.154)

Nota minha: O autor se refere à taxa suja pelo controle do banco central em intervir e comprar dólares para abaixar o valor da moeda nacional em um determinado país, já a flutuação é o pico da compra estar elevada ou abaixo sobre o valor da moeda, de acordo com a demanda que compra a moeda, e por isso torna a situação cambial uma variável constante.

“O DES foi criado pelo Fundo Monetário Internacional para suplementar o dólar e o ouro, como reserva. Ele cria liquidez, facilitando o comércio entre os países. [...] O Departamento de DES no FMI considera fatores tais como a parcela do produto bruto mundial e do comércio mundial para distribuir reservas aos países-membros; os que possuem déficits na balança comercial podem usar o DES para obter divisas de outros paises designados pelo Fundo. O valor de um DES corresponde à média ponderada de cinco moedas: o dólar americano, o marco alemão, o franco francês, o iene japonês e a libra britânica.” (Keegan, 2000 pg.155)

“O FMI supervisiona o funcionamento do sistema monetário internacional, fiscaliza as políticas de câmbio dos países-membros, acompanha os acontecimentos no campo da liquidez internacional, gerencia o sistema de DES, dá ajuda temporária aos membros que estejam com dificuldades na balança de pagamentos e assistência técnica destinada a promover cooperação eficaz nas relações financeiras internacionais.” (Keegan, 2000 pg.155)

“A grande demanda por dólares devia-se, em parte, á demanda por petróleo, que tem seus preços cotados em dólar nos mercados mundiais.” (Keegan, 2000 pg.159)

Outras Influências sobre o Câmbio

A política e o desempenho econômicos que levam a uma taxa de crescimento econômico mais alta do que a média mundial, a longo prazo aumentarão o valor e câmbio da moeda do país. Os melhores exemplos de moedas que refletem esse fato são o iene japonês e o marco alemão.” (Keegan, 2000 pg.159)

“Outro importante fator econômico é a taxa de juros de um país, em comparação com as médias mundiais. Em uma situação em que a taxa real de juros de um país – a taxa nominal de juros menos a taxa de inflação – é maior do que as taxas de juros de países comparáveis, o capital é atraído, gerando demanda pela moeda do país e fazendo pressão sobre seu valor no mercado de câmbio [...].”

“ A disposição de ter dólares cria uma fonte de demanda que impacta seu valor no mercado de câmbio. Os fatores políticos, determinantes importantes do valor da moeda, compreendem a situação política do país, principalmente a filosofia do partido que está no poder e a proximidade de eleições.” (Keegan, 2000 pg.159)

Nota minha: É notável esse mundo especulativo do mercado de câmbio, qualquer trovão ou sobro por parte de um determinado comando é motivo de achar algo e resolver mudar os planos de investimento, isso é muito usado pelos analistas econômicos, fazer previsões é tentar chegar antes de quaisquer resoluções políticas.

Evidentemente que sobre a soma de dados o resultado pode ser exato dentro da movimentação e intenções de um determinado mercado, como por exemplo, o mercado de ações em energia limpa, a popularidade, a mídia, a convocação para resolver a questão do meio ambiente, faz com que seu valor no mercado suba, logo, investimento nesta área sempre é acompanhada com previsões acima.

“Independentemente dos fatores a curto prazo e das atitudes de corretores que influenciam as taxas de câmbio, não é possível evitar os aspectos fundamentais. A capacidade de um país de comprar bens e serviços estrangeiros baseia-se em sua capacidade de conseguir divisas, e se essa capacidade for limitada também o será a capacidade de manter o valor de sua moeda.” (Keegan, 2000 pg.160)

“Tenha em mente que as taxas de câmbio são determinadas por transações que refletem a soma total de todos os motivos, raciocínio e crenças que fundamentam a oferta e a demanda e que a taxa é a intersecção entre a oferta e a demanda.”

“Fatores que afetam as taxas de câmbio.

Fatores econômicos

1. Balança de pagamentos:

a) conta corrente: superávit ou déficit comercial de produtos, serviços, renda de investimento e pagamentos etc.

b) conta de capital: superávit ou déficit de demanda por instrumentos financeiros a curto e a longo prazos

1. Taxas de juros nominais e reais

2. Inflação no país;

3. 4. Políticas monetária e fiscal

4. Estimativa da competitividade internacional, atual e futura

5. Reservas cambiais;

6. Atratividade da moeda e do ativo do país, tanto financeira como real;

7. Controles e incentivos governamentais;

8. Importância da moeda nas finanças e no comércio mundial (as mais importantes atualmente são o dólar, o marco e o iene)

Fatores Políticos

1. Filosofia e partido e líderes políticos;

2. Proximidade de eleições ou mudanças de liderança;

3. Perturbações políticas (guerra, insurreição ou inquietação civil)

Fatores Psicológicos

1. Expectativas e opiniões de analistas, corretores, banqueiros, economistas e empresários

2. preços do mercado de câmbio a termo.” (Keegan, 2000 pg.160)

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Exposição à taxa de Câmbio

“A exposição à taxa de câmbio (ou exposição ao risco da taxa de câmbio) consiste em saber até que ponto uma empresa é afetada pelas mudanças na taxa de câmbio. São duas as categorias: a de exposição à conversão ( também conhecida como contábil) e a de exposição econômica (também conhecida como operacional).”

Exposição à Conversão (Contábil)

“A exposição à conversão consiste em saber até que ponto as flutuações da taxa de câmbio afetam o valor contábil de um empresa quando suas operações globais são consolidadas e apresentadas na moeda de seu país de origem.” (Keegan, 2000 pg.161)

“É importante lembrar que a exposição á conversão simplesmente reflete os relatórios contábeis do valor de operações no exterior. O valor contábil, porém, não diz realmente nada sobre os futuros fluxos de caixa da empresa. Os problemas de fluxo de caixa devidos a flutuação de moedas influenciam diretamente as decisões de investimento e também as de mercado e produção da empresa.” (Keegan, 2000 pg.163)

Exposição Econômica (Operacional)

“A exposição econômica refere-se ao impacto das flutuações da moeda sobre o valor presente – e, consequentemente, sobre o poder de compra – dos fluxos de caixa esperados.” (Keegan, 2000 pg.163)

“A exposição econômica pode ainda ser dividia em duas categorias: a da exposição à transação e a da exposição operacional real. A exposição à transação surge quando as atividades da empresa resultam em vendas ou compras expressas em moedas estrangeiras. [...]A importância da exposição à transação é diretamente proporcional à quantidade de negócios feitos por uma empresa fora de seu mercado de origem.[...] A exposição à transação pode variar entre as unidades de uma mesma empresa.” (Keegan, 2000 pg.163)

“Uma opção em moeda estrangeira é melhor. Uma opção de venda dá ao comprador o direito, não a obrigação, de vender um determinado número de unidades de moeda estrangeira, a um preço fixo, até a data de vencimento da opção. (Já a opção de compra é o direito, não a obrigação, de comprar a moeda estrangeira.) No exemplo de concorrência para o projeto estrangeiro, a empresa pode assumir uma opção de venda de moeda estrangeira em troca e sua moeda local, por um preço estabelecido, no futuro.” (Keegan, 2000 pg.167)

Estratégias de Formação de Preços para Administrar a Exposição Econômica

“Os ajustes de preço podem servir para compensar prejuízos relacionados com câmbio. Os administradores responsáveis pela inclusão das variações cambiais nas estratégias de formação de preços das empresas têm de responder a duas questões cruciais. Devemos da ênfase à participação no mercado ou a maximização dos lucros? Com que freqüência deve ser ajustados os preços?” (Keegan, 2000 pg.168)

Participação no Mercado Versus Margem de Lucro

“Os ajustes de preços de exportação em resposta a variações cambiais feitos em produtos destinados a um país especifico são chamados de formação de preços para o mercado (PTM – pricing to marketi). (Keegan, 2000 pg.168)

Nota Minha: Essa relação cambial tem momentos oportunos no aumento dos lucros, interpretar esse momento e saber aplicar um bom e preparado planejamento estratégico, tal como uma carta na manga, é para ganhar o jogo, ou no mínimo conquistar uma fatia boa no mercado, algo que a Ford em 1986 não fez, segundo o autor, quando teve um momento oportuno quando o iene se valorizou frente ao dólar,. A Toyota e a Honda e Nissan, que ainda acabaram ganhando ao invés de perder no EUA, a competitividade por esse detalhe, tudo porque a Ford não usou o seu momento.

“As empresas sediadas em países de moeda forte – japonesas, por exemplo – podem ter que elevar os preços em dólares ou em outras moedas, para compensar prejuízos de câmbio, enquanto as sediadas em países como moeda relativamente mais fraca têm agora vantagem em termos de custo.[...] Quando os concorrentes sediados em país de moeda fraca seguram os preços, os exportadores são forçados a absorver a porcentagem da redução nas receitas em moeda local, para manter a participação de mercado.” (Keegan, 2000 pg.168)

“Na situação de desvalorização ou depreciação da moeda nacional, os exportadores podem ganhar vantagem competitiva de preço nos mercados mundiais, reduzindo preços e ampliando sua participação no mercado.” (Keegan, 2000 pg.168)

“As empresas não são obrigadas a reduzir ou a aumentar o preço de exportação na proporção exata do aumento ou diminuição do valor da moeda nacional.” (Keegan, 2000 pg.168)

Freqüência dos ajustes de preço

“Os fatores que influenciam as decisões de formação de preços para o mercado são a persistência das variações da taxa de cambio, as economias de escala, a elasticidade-preço da demanda pelo produto e a possibilidade de atrair concorrentes, devido a uma alta rentabilidade. A freqüência os ajustes de preços depende do tempo que se espera que dure a variação real da taxa de câmbio.” (Keegan, 2000 pg.169)

“Embora as empresas possam ajustar preços em resposta ás variações cambiais, a capacidade e a disposição de ajustar preços são duas coisas diferentes. A estabilidade de preços durante um período é vista como uma boa maneira de manter a lealdade de distribuidores e clientes. Para vendas via correio, é essencial manter os preços estáveis, devido ao longo período exigido para a preparação e a distribuição dos catálogos.” (Keegan, 2000 pg.169)

“Ao ajustar preços, o planejamento antecipado é particularmente importante quando se espera controle de preços depois de uma desvalorização da moeda. Uma forma de lidar com os controles de preços sem se arriscar a perder participação de mercado é aumentar os preços de lista, mas continuar a vender pelos preços já praticados ou dar desconto sobre os preços aumentados. O controle de preços pode ser evitado eliminando-se parcial ou totalmente o desconto ou criando produtos alternativos, ligeiramente diferentes, dos já existentes, e vende-los por preços mais altos.” (Keegan, 2000 pg.169)

Referência

Bibliografia

KEEGAN, Warren J. Princípios de Marketing Global: tradução: Sônia Schwartz, Cecília C. Bartolotti: revisão técnica Egydio Barbosa Zanotto, Ricardo Sampaio Zanotta. São Paulo: Saraiva, 2000.

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