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Analise De A Moreninha

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Por:   •  4/2/2014  •  2.141 Palavras (9 Páginas)  •  2.061 Visualizações

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1- ENREDO

A história de “A Moreninha” gira em torno de uma aposta feita por quatro estudantes de Medicina da cidade do Rio de Janeiro do fim da primeira metade do século XIX. Um deles, Augusto, é tido pelos amigos como namorador inconstante. Ele próprio garante aos colegas ser incapaz de amar uma mulher por mais de três dias. Um de seus amigos, Filipe, o convida juntamente com mais dois companheiros, Fabrício e Leopoldo, a passarem o fim de semana em uma ilha, Ilha de Paquetá, na casa de sua avó, D. Ana. Ali também estarão duas primas e a irmã de Filipe, Carolina, mais conhecida como "Moreninha". Por causa da fama de namorador do colega, Filipe propõe-lhe um desafio: se a partir daquele final de semana Augusto se envolver sentimentalmente com alguma (e só uma!) mulher por no mínimo 15 dias, deverá escrever um romance no qual contará a história de seu primeiro amor duradouro. Apesar de Augusto garantir que não correrá esse risco, no final do livro ele está de casamento marcado com Carolina e o romance que deveria escrever já está pronto. Nas linhas finais da obra, o próprio Augusto nos informa seu título: "A Moreninha".

O enredo apresenta unidade e organicidade, pois a história possui início, meio e fim. O desenvolvimento da narrativa compreende os fatos ocorridos na ilha, no início capítulo III - “— Bem-vindo sejas, Augusto. Não sabes o que tens perdido...” - até o momento em que Augusto retorna para a ilha juntamente com seu pai, já no capítulo XXIII - “Augusto, com efeito, saltava nesse momento fora do batel, e depois deu a mão a seu pai para ajudá-lo a desembarcar;...” . O conflito principal do romance se desenvolve no decorrer da narrativa - o amor de Augusto pela D. Carolina, a Moreninha.

CLÍMAX

O clímax do romance ocorre quando D. Carolina revela a Augusto, ao deixar cair um breve contendo um camafeu, que é a mulher a quem ele tinha prometido se casar na sua infância, no final do Capítulo XXXIII:

“A menina, com efeito, entregou o breve ao estudante, que começou a descosê-Lo precipitadamente. Aquela relíquia, que se dizia milagrosa, era sua última esperança; e, semelhante ao náufrago que no derradeiro extremo se agarra a mais leve tábua, ele se abraçava com ela. Sé faltava a derradeira capa do breve.., ei-la que cede e se descose alta uma pedra... e Augusto, entusiasmado e como delirante, cai aos pés de d. Carolina, exclamando:

— O meu camafeu!…O meu camafeu!...”

DESFECHO

Como todo bom romance romântico, o desfecho dá-se no final da história quando Augusto e Carolina já estão de casamento marcado e Augusto perde a aposta que havia feito com Filipe.

2- PERSONAGENS

A Moreninha apresenta dois personagens principais planos, simples, construídos superficialmente, embora essa caracterização funcione de modo a destacá-los do grupo a que pertencem. Eles são sempre compostos de modo a tornar viável o que mais interessa nesse tipo de romance: a ação. São eles: Augusto e D. Carolina, a Moreninha.

PERSONAGENS PRINCIPAIS

D. CAROLINA (A MORENINHA): Protagonista da história. Com 14 anos, é travessa e serelepe. Tem a beleza romântica e os traços de uma brasileira genuína. Augusto, em sua primeira impressão compara a moça a um beija-flor. Carolina encarna a jovem índia Ahy, que espera incansavelmente por seu amado Aoitin – uma antiga história da ilha que D. Ana conta a Augusto.

AUGUSTO: Par romântico da história. É estudante de medicina. Alegre, jovial e namorador. Diz ser incapaz de amar uma única mulher, afirmação que motiva uma aposta com seus amigos antes de eles partirem para a casa de D. Ana. No fundo, porém, mantem-se fiel a um amor prometido na adolescência. De início, Augusto orgulha-se de seu comportamento volúvel e inconstante.

PERSONAGENS SECUNDÁRIOS

Os personagens secundários compõem o quadro social necessário para colocar a história em movimento ou propiciar informações de certos dados essenciais à trama e representam, por meio de alguns tipos característicos, a sociedade burguesa da capital do Império.

RAFAEL: Escravo, criado de Augusto, espécie de pajem ou moleque de recados. É quem lhe prepara os chás e quem lhe atura o mau humor, levando castigos corporais (bolos) por quase nada. Chega a sofrer maus tratos de seu dono, quando este se mostra aborrecido por estar longe de Carolina.

TOBIAS: Escravo, criado de D. Joana, prima de Filipe. O negro tem dezesseis anos, é bem-apessoado, falante, muito vivo quanto à questão de dinheiro.

PAULA: Ama-de-leite de Carolina. Protagoniza o episódio de embriaguez, incentivada por Keblerc.

D. ANA: Avó de Filipe. Mora na ilha onde o neto e seus amigos vão passar o fim de semana. É uma senhora de espírito e alguma instrução. Tem sessenta anos, cheia de bondade. Seu coração é o templo da amizade cujo mais nobre altar é exclusivamente consagrado à querida neta, Carolina, irmã de Filipe.

FILIPE: Irmão de Carolina, neto de D. Ana. Amigo de Augusto, Fabrício e Leopoldo. Também estudante de Medicina.

D. VIOLANTE: Senhora que, com sua conversa maçante, gosta de falar de suas doenças com Augusto. É uma personagem com função cômica. Meio estabanada, ela quebra a harmonia reinante no ambiente burguês, sem causar transtornos graves.

KEBLERC: Alemão que prefere as garrafas de vinho à companhia das mulheres, prefere ficar com elas a tomar parte na festa que se desenrola na ilha. Embriaga-se, mas não perturba o clima de harmonia em que se desenvolve a história. Personagem com função cômica.

FABRÍCIO: Amigo de Augusto, também estudante de Medicina. Está apaixonado por Joaninha, mas dela quer livrar-se por causa das exigências extravagantes da moça. Chega a pedir a ajuda de Augusto para livrar-se da namorada exigente. Amigo de Augusto, Leopoldo e Filipe.

LEOPOLDO: Amigo de Augusto, Filipe e Fabrício; também estudante de Medicina.

D.

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