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Antropologia Aplicada Ao Serviço Social

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Por:   •  14/9/2014  •  869 Palavras (4 Páginas)  •  416 Visualizações

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Abandono, uma realidade de nossa sociedade.

• Um fenômeno que assume dimensões cada vez mais dramáticas, com números em constante crescimento em todo mundo, especialmente nos países africanos, conforme nos mostra o Relatório do UNICEF sobre a Situação Mundial da Infância: sobrevivência infantil (2008).

• Atualmente, os números e o nível crescente deste fenômeno parecem, portanto, tornar o abandono infantil uma emergência social, politica e humana em escala mundial, que se caracteriza em diversos níveis (individual, de gênero, político-social, cultural).

• O Estado é um meio de garantia formal da cidadania, dos direitos à vida, à igualdade, à proteção, à educação, entre outros. Em nossa realidade, o Estado é um grande meio reafirmador das desigualdades estruturais de nosso país, onde as políticas sociais são entendidas como concessões do Estado, e não como direito.

O Abandono Infantil

Escolhemos este tema para a realização deste trabalho para mostrar e chamar a atenção da população, pois o Brasil vive a era da mundialização do capital e, como país periférico no mercado internacional, sofre as consequências que se refletem na profunda desigualdade social que atinge a maior parte da população brasileira, em especial, crianças e adolescentes.

De acordo com o ECA, pratica o abandono os pais que deixam, sem justa causa, de prover o sustento, a guarda e a educação dos filhos menores de 18 anos (art.22).

O reconhecimento dessa realidade não diz respeito somente aos técnicos e organismos que, por lei, são designados a se ocuparem disso. O abandono é um fenômeno que diz respeito a todos e combatê-lo deve ser considerado um investimento da sociedade no próprio futuro. E os profissionais em assistência social deve exercer seu papel de maneira articulada com a família, sociedade e Estado.

A luta para o enfrentamento do abandono deve ser integrada e estrutural e exige iniciativas voltadas a eliminar as situações de pobreza, degradação e falta de responsabilidade que impedem a efetivação dos direitos garantidos em lei (Amici dei Bambini – Ai-Bi).

O Quarto de despejo: diário de uma favelada é um livro publicado em 1960 de Carolina Maria de Jesus que esta morava em uma favela do Canindé em São Paulo. Foi traduzido para várias línguas e é, até hoje, um dos livros mais vendidos na França, nos Estados Unidos e na Alemanha. Sua autora, semiletrada, pois esteve apenas dois anos na escola, faz o registro de sua vida miserável e, por extensão, de todos os que vegetam naquela situação subalterna e subumana.

O caso da obra de Carolina Maria de Jesus nos leva a refletir sobre o papel dos mediadores culturais, nos processos de construção de valores e de avaliação crítica. Hoje, quando se observa a oscilação entre formas absolutas de valor e o relativismo crescente, torna-se relevante discutir a atuação desses mediadores na atribuição de valores literários, sobretudo em se tratando da relação assimétrica das margens com centros de produção artística.

A leitura do diário revela a rotina dessa catadora de papel, mãe zelosa de dois meninos e uma menina, que insiste em ficar sozinha, pois os homens, até então, só lhe trouxeram problemas.As ações que realiza diariamente: buscar água de madrugada, catar papel para conseguir algum dinheiro que lhe possibilite matar a fome e, quando possível, escrever.

O que faz refletir o leitor é o inusitado

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