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Análise Bibliográfica

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Por:   •  17/11/2013  •  1.003 Palavras (5 Páginas)  •  1.309 Visualizações

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LA TAILLE, Yves de. (1999) (2002) Vergonha, a ferida mortal. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes. De acordo com o livro de De La Taille publicado em 2002,

o sentimento de vergonha tem origem no fato de eu me fazer objeto do olhar, da escuta, do pensamento dos outros, este olhar do outro, que pode ser real ou imaginário, de um indivíduo ou de um coletivo, guia muitas de nossas ações cotidianas, dependendo da valoração que atribuímos a esse outro.

ANÁLISE O Projeto Educação para Combater a Pobreza tem como objetivos

melhorar a qualidade de vida das crianças que recebem, por exemplo, o Bolsa-

Família, ou qualquer outro programa (Bolsa-Família, PETI...) e que estudam

em escolas públicas dos seguintes municípios: Valparaíso e Cidade Ocidental

(GO), Olinda (PE), Fortaleza (CE) e Salvador (BA).

As autoras e pesquisadoras têm larga experiência em estudos sobre

gênero, violências, escola e família, juventude etc. Miriam Abramovay é

socióloga, pesquisadora e consultora de vários organismos internacionais em

pesquisas e avaliações. Mary Garcia é, também, socióloga, pesquisadora.

Elas, com esse estudo tinham o interesse de explicitar a “multiplicidade das

formas de violência presentes no nosso cotidiano, e que chegam ao ambiente

escolar” (p. 7).

1 http://www.missaocrianca.org.br/novo/quemsomos.htm

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Descrição da obra

O livro Caleidoscópio das violências nas escolas discute a dialética entre

banalização da violência e pânico. Ele retoma a questão da violência nas

escolas e detalha os tipos de violência que ocorrem dentro e em volta dela. As

autoras também analisam os fatores que poderiam melhorar a convivência

escolar.

A violência está presente onde há elevada taxa de desigualdade social,

miséria, ineficiência em segurança etc. Muitas vezes o excesso de informações

sobre violência e/ou o costume de se “hierarquizar certas violências” faz com

que se banalizem essas situações. Esse fato faz com que as pessoas sintam

medo e indignação, achem as violências condenáveis e inaceitáveis, e, ao

mesmo tempo inevitáveis e banais.

O texto faz diferenciações entre os tipos de violências. Dois desses tipos

são a violência dura e a violência simbólica. Bourdieu diz que a violência

simbólica é aquela que acontece por meio de símbolos, principalmente através

da linguagem. Já a violência dura, segundo Chesnais, refere-se às violências

físicas.

A escola, para a nossa sociedade, é um local onde crianças e jovens

aprendem e se socializam; é um meio que mais para frente vai colocá-los

dentro dessa sociedade. Para as pessoas das classes pobres, a educação

representa a única forma de “progredir na vida”. Ela deve ser um lugar

igualitário e democrático, mas na maioria das vezes ao invés de ser um lugar

de inclusão faz o papel oposto.

Essa exclusão dentro da escola acontece principalmente, entre outros

fatores, através do desempenho escolar. Ocorre uma tensão entre os jovens e

o mundo escolar e, segundo Carraro, é o professor que tem o papel de integrar

os jovens à escola, e para isso o educador tem que ouvir o que esses jovens

têm a dizer e levar em conta “seus interesses, possibilidades e aptidões” (p.29).

A escola tem o costume de sempre culpar alguém por seus problemas, e

geralmente culpa os alunos, e essa dinâmica escolar, segundo o texto,

conseguiu convencê-los de que realmente são eles os culpados pela situação

em que se encontra a escola. Como esses jovens acreditam ser os causadores

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dos problemas, eles tem baixa auto-estima, tornam-se indisciplinados e é por aí

que entra a violência.

Uma pesquisa citada pelas autoras (“Violência nas Escolas”, de

ABRAMOVAY e RUA, 2002) aponta que os alunos tem medo de ir à escola

porque temem ser agredidos e humilhados, e dizem que esse medo afeta seus

estudos.

A escola tem perdido seu “lugar de transmissão de saberes” por causa

da situação de vulnerabilidade a violências. Mas esse processo não pode ser

visto como algo que vem apenas de fora para dentro da escola, e sim como

algo que é gerado dentro da escola, pois “a escola pode ser vítima, mas

também é autora de processos violentos” (p.33).

Segundo outro dado da pesquisa citada anteriormente, o porte de

armas, sejam brancas ou de fogo, nas escolas também é grande. Embora os

alunos afirmem que não irão usar, o simples fato de portar

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