Aproveitamento Integral Dos Alimentos

APROVEITAMENTO INTEGRAL DOS ALIMENTOS

O reaproveitamento alimentar, que hoje é tratado como aproveitamento integral dos alimentos, consiste na utilização de partes de alimentos que são consideradas lixo. Isso ocorre, em grande parte, pelo simples desconhecimento - por parte geral da população - do que cada uma dessas partes possui de nutrientes.

Por que a denominação mudou? Porque falar em reaproveitamento dá a ilusão de que o alimento foi descartado, jogado no lixo e depois aproveitado. Na verdade o alimento está sendo aproveitado como um todo.

Se traçarmos um perfil histório nesse sentido, podemos constatar que antigamente, na época em que o Brasil era totalmente voltado à atividade agrícola, o contato entre os seres humanos e os alimentos era muito mais direto. As pessoas tinham conhecimento pleno sobre plantas, plantação de tubérculos, frutas, verduras, cultivo de grãos e criação de animais, pois interagiam totalmente com esse ambiente. Era uma cultura passada de geração a geração, onde muito do conhecido era totalmente transmitido pela tradição oral.

Com o advento da 1ª Guerra Mundial ocorre a migração do homem agrícola para a era da atividade industrial. Muito daquela cultura e daquela tradição obtida no campo foi se perdendo ao longo dos anos.

Diariamente são jogados diretamente no lixo: óleo, cascas, talos de verduras e legumes, folhas de legumes, sendo que estes podem ser reaproveitados para o consumo, além de serem alimentos com rica fonte de nutrientes (fibra, vitamina, ferro, cálcio, proteínas...) e produtos de limpeza.

É de extrema importância a conscientização da população em relação ao reaproveitamento integral dos alimentos, pois além de enriquecer a alimentação, nos traz benefícios tais como:

- redução no lixo doméstico, uma vez que se as partes dos alimentos desperdiçados fossem devidamente aproveitadas para o consumo, não haveria tanto desperdício;

- economia com alimentação, reduzindo nas despesas familiares e atendendo, principalmente a população carente, que quase não tem como obter sustento.

O que podemos fazer para que haja essa conscientização? A conscientização começa em casa modificando algumas atitudes diárias como, por exemplo, passar a cozinhar legumes com casca; ingerir as frutas com cascas, as que forem cascas comestíveis (maçã, pera, ameixa...); utilizar a água a qual foi usada para cozinhar os legumes e verduras, pois essa água contém todas as vitaminas hidrossolúveis (aquelas diluídas na água); usar a casca do ovo de forma torrada (rico em cálcio).

Temos também o aproveitamente integral dos alimentos no que tange ao óleo de cozinha, tanto para fabricação de sabão, que é uma forma de diminuir o efeito estufa e a contaminação das águas, quanto para a utilização como combustível, pouco pouluente e que, inclusive, sai um custo mais barato.

Além dessa conscientização no âmbito familiar, é importante inserir dentro das escolas, onde as crianças e adolescentes sejam ensinados através de Feiras Culturais e de Ciências.

Existe a feira de reaproveitamento de alimentos - Fereal -, que é promovida bianualmente na E.B. Claudete Maria Hoffmann Domingos, desde 1965, sendo o resultado final do trabalho sobre reaproveitamento alimentar, desenvolvido pela professora em sala de aula. Nela são expostos doces, salgados, chás e sucos derivados de receitas desenvolvidas pelos alunos e professora, para degustação dos visitantes. São apresentados ainda cadernos