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Armazenagem

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Por:   •  18/9/2013  •  8.646 Palavras (35 Páginas)  •  695 Visualizações

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Introdução à Armazenagem

O conceito de armazenagem inicia-se com a observação pelo homem entre períodos alternados de fartura e escassez e está relacionado com a necessidade de abastecimento dos povos. O estabelecimento da armazenagem se deu no exato momento em que o ser humano primitivo descobriu que podia guardar para uso futuro os produtos excedentes às suas necessidades atuais, ou ainda cambiá-los com outros produtos dos quais não dispunha.

Rodrigues (2011) define armazenagem como a gestão econômica do espaço necessário para manter estoques de mercadorias pertencentes a terceiros. Como exemplo podem-se citar: as funções de localização, dimensionamento de área, arranjo físico, recuperação do estoque, projeto de docas ou baias de atracação e configuração do armazém. Na visão de Hara (2011), a armazenagem destina-se às atividades de guarda temporária e de distribuição de materiais, obedecendo a critérios de número de depósitos, almoxarifados ou centros de distribuição. A história da armazenagem confunde-se com a história do comércio entre os povos. Teve início com os egípcios, depois passou pelos fenícios e, posteriormente, pelos romanos. A partir do século XI, destacavam-se várias cidades-estado, como as Repúblicas de Veneza e Gênova, a Liga Hanseática e a Península Ibérica. Podem-se citar também a Holanda e a China no domínio do comércio de alguns produtos. Posteriormente, no século XVIII, a Revolução Industrial propiciou uma maior integração no segmento comercial. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, alavancou-se a produção com o objetivo de reconstrução das nações destruídas pela guerra. No que tange à importância da armazenagem, à medida que os blocos econômicos vão se consolidando, o mundo torna-se mais receptivo ao conceito de globalização da economia. Diante desse contexto de diversos fluxos e tipos de mercadorias, são inúmeros os fatores que compõem o custo final das operações, devendo este ser necessariamente racionalizado para que se obtenham preços competitivos, com vistas a disputar o mercado global. Dentre esses fatores, consideram-se o conhecimento aprofundado das modalidades de compra e vendas (Incoterms) e a colocação de pedidos de fornecimento parcelado no longo prazo. A incessante busca pela redução de custos passou a ser parâmetro para obter competitividade em um cenário de comércio internacional cada vez mais intenso. Em virtude de o comércio internacional requerer múltiplos conhecimentos de legislações específicas em constante processo de mutação, procedimentos operacionais diversificados, além da necessidade de uma coordenação entre as diferentes fases do processo, a tendência moderna é a terceirização do processo. Este, nesse contexto, é entregue a empresas especializadas na condução de procedimentos logísticos, as quais executarão com competência o conjunto de operações porta a porta. As operações de armazenagem vêm adquirindo destaque não apenas para equilibrar produção com demanda, mas sobretudo para garantir continuidade à cadeia de suprimentos, agregar valor na oferta de serviços diferenciados aos clientes, como por exemplo, na redução dos níveis de avarias, na obtenção de registros confiáveis, na disponibilidade de acesso on-line, no rastreamento via satélite, na roteirização e em outros serviços incorporados aos poucos por meio do desenvolvimento tecnológico. No entanto, a redução de custos só é efetivamente obtida como resultado da otimização conjunta das funções de aquisição, transporte, armazenagem, gerenciamento de estoques, distribuição física e informação eletrônica, a fim de eliminar todas as ociosidades existentes. Outro aspecto relevante é o acompanhamento dos procedimentos por meio de auditorias de gestão que têm como objetivo específico manter controle de qualidade sobre a sua atuação.

Com a chegada da conteinerização, o enorme número de profissionais que lidam em seu dia a dia com mercadorias de terceiros se preocupa cada vez mais em otimizar as operações de armazenagem, movimentação e transporte de contêineres. Dessa forma, esse número de profissionais acaba relegando à carga geral um papel secundário, na maioria das vezes esquecendo-se de que as mercadorias diversificadas, compostas por volumes heterogêneos em forma, dimensão, peso e embalagem, mesmo quando destinadas à conteinerização, serão sempre movimentadas e armazenadas como carga geral antes de serem colocadas dentro de um contêiner. Segundo a ótica de Rodrigues (2011), quando se pretende gerir operações de armazenagem de forma profissional e eficiente, o ponto de partida consiste em compreender as motivações, os procedimentos e as necessidades dos clientes: como se dão os seus processos industriais, de que tipo de armazenagem necessitam e em que circunstâncias essa operação se entrelaça com os demais elementos da cadeia de transporte e distribuição física. Vale ressaltar, antes de iniciar o processo de distribuição física no mercado interno, que as mercadorias em trânsito passam por cinco fases distintas: Preparação e armazenagem na fábrica ou outros e subsequente transporte do local de produção para um terminal de transferência a partir do qual a mercadoria será embarcada. No terminal de transferência, os pequenos lotes são consolidados e armazenados temporariamente antes do embarque.

Posteriormente, ocorre o transporte interno até algum Centro de Distribuição (CD). - Descarga, movimentação e armazenagem temporária no CD. - Por fim, ocorre o roteamento e a distribuição física até o mercado consumidor. - Com isso, ressalta-se a importância do fluxo de atividades desempenhadas pelos terminais de carga. Rodrigues (2011) menciona que os diferentes estágios de transformação, transporte e distribuição da cadeia logística abrangem: = Aquisição e recebimento de matéria-prima. = Processamento industrial de transformação e controle de qualidade. = Marcação, separação e embalagem. = Consolidação de lote para exportação. Documentação para transporte e apólices de seguro. = Transporte até o terminal de embarque. Movimentação, empilhamento e armazenagem. = Transferência da área de armazenagem até o equipamento de transporte. =Transporte nacional ou internacional. =Descarga e movimentação até a área de armazenagem. =Conferência, marcação, separação e empilhamento. =Identificação, desempilhamento e entrega. =Transporte até o centro de distribuição. =Desconsolidação do lote. Distribuição física e entrega final

Avaria: danos que sofrem mercadorias ou navios; perda, prejuízo, ou uma despesa imprevista feita por um navio entre sua saída e a chegada a seu destino. - Conteinerização: “consiste em um método de expedição em que os produtos são colocados

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