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Armazenagem e transporte no setor de construção

Seminário: Armazenagem e transporte no setor de construção. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  2/12/2013  •  Seminário  •  3.988 Palavras (16 Páginas)  •  316 Visualizações

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Armazenagem e Transporte no Ramo de Construção Civil:

Um estudo de caso

Claudinei Antônio dos Santos

Eduardo Vinícius Ferreira

Kelma Carolina Lage Silva

Paulo César Moreira

Rubens E. Costa Junior

Sergio Rodrigues Gomides Freitas

Resumo

Este trabalho aborda o tema armazenagem e transporte no ramo de construção civil. Nosso objetivo geral é realizar uma análise junto a um depósito de materiais de construção. A metodologia empregada foi o estudo de caso, com a realização de visita técnica. Após analisarmos as informações levantadas na empresa, identificamos problemas nas seguintes áreas: estoque, armazenagem, transporte, e sistema de informação. Observamos, junto à empresa, que o estoque não estava separado adequadamente como o correto. Em relação ao transporte, observamos que o depósito possui três veículos, mas estes não tem uma revisão periódica e preventiva. A empresa precisa melhorias em alguns pontos específicos, e as melhorias devem ser aplicadas gradativamente para o crescimento e durabilidade do negócio, evitando assim perdas excessivas em ambas as partes (vendas e estoque).

Palavras-chave: depósito, gestão de estoque, transporte.

1. INTRODUÇÃO

Neste trabalho, realizamos uma análise de um Depósito de Material de Construção localizado na zona Leste de Belo Horizonte. Trata-se de uma empresa que, devido ao aumento de suas atividades, como a fabricação de blocos e Lages, passou recentemente de pequeno para médio porte. A empresa vem apresentando problemas relacionados à entrega dos produtos para os clientes, assim como constantes incompatibilidades entre o estoque físico e o virtual. Neste trabalho, pretendemos identificar as causas e apontar as possíveis e soluções dos problemas de armazenamento e transporte de material de construção da empresa em questão, através de um estudo de caso.

Como objetivos específicos, pretendemos responder às seguintes questões:

a) Quais são os pontos problemáticos em relação ao estoque e ao transporte?

b) Quais são as causas da incompatibilidade entre o armazenamento físico e virtual na empresa?

c) Como o gestor responsável pela logística da empresa vem desempenhando o seu papel em face de estes problemas?

d) Que procedimentos podem ser utilizados para solucionar a falha de transporte e de armazenamento?

Para o correto funcionamento das operações logísticas da empresa, são necessários conhecimentos de conceitos logísticos por parte do gestor. Assim, este trabalho tem a característica de uma consultoria, indicando melhorias gestão de estoque e transporte. A gestão de armazenamento e transporte tem como objetivo identificar e encontrar respostas para os problemas entre o armazenamento físico e o virtual, trazendo assim soluções que sejam possíveis de implementar no depósito de construção. Como consequência, deve ocorrer um melhor atendimento e melhores vendas.

2. REVISÃO TEÓRICA

2.1 Gestão do estoque

Conforme Garcia et al. (2006), há muitas razões para se manter um estoque em uma empresa. Estas estão agrupadas em cinco funções:

a) Estoque de Ciclo: existem por causa das possibilidades de economia de escala no processo de ressuprimento. Suas vantagens é a economia de escala que com custo fixo de transporte.

b) Estoque de segurança: é preciso ser mantido dentro de uma empresa para evitar problemas em seu processo de produção.

c) Estoque de Coordenação: é usado em casos nos quais é impossível a coordenação de suprimento e demanda; é conhecido como o estoque de antecipação.

d) Estoques Especulativos: em razão de variações de preço no mercado; a empresa compra grande quantidade de um produto, esperando que seu preço suba no curto prazo.

e) Estoque em Trânsito: os estoques ao longo dos canais de distribuição, existem em razão da necessidade de se levar um item de um lugar para o outro.

A decisão de manter um estoque deve levar em consideração os custos associados a ele. Segundo Garcia et al. (2006), isso inclui os custos fixos administrativos associados ao processo de aquisição da quantidade requerida para reposição do estoque. Os custos fixos são associados a um pedido; são fretes, envio de ordem, recebimento e inspeção.

Os custos de manutenção de um estoque estão associados a todos os custos necessários para manter certa quantidade de mercadorias por um período de tempo. Os custos de falta ocorrem quando não há determinado produto para satisfazer à demanda do cliente em certo período de tempo, ocasionando à empresa a perda de venda. Portanto, o seu posicionamento de estoque exige uma forma de matérias primas semiacabadas, conhecido também como WIP (Work-in-Process) (GARCIA et al., 2006).

Ainda segundo os mesmos autores, os níveis de estoque dependem do modo operacional interno da empresa, entre o tempo de aceitação em que o cliente espera sua demanda e o tempo de processo. É o tempo gasto da aquisição da matéria prima, passando por transformações e até a distribuição de produtos acabados. Portanto, se o tempo do cliente é menor que a soma dos tempos de entregar e fazer, então a empresa deve operar em uma lógica do tipo MAKE-TO-STOCK (MTS), isto é, são mantidos estoques de produtos acabados. Se o tempo do cliente é maior que a soma dos tempos de fazer e entregar, mas é menor que o tempo de processo, então a empresa usa uma lógica do tipo MAKE-TO-ORDER (MTO). Segundo esta lógica, é preciso manter matérias primas em estoques para iniciar suas atividades produtivas através de ordens do cliente, no entanto, não há necessidades de ter produtos acabados estocados.

Um caso extremo é quando o tempo do cliente é maior do que o tempo total do processo, neste caso, é associada uma lógica ENGINEER-TO-ORDER (ETO), portanto, não há necessidade de ter estoque em nenhuma operação. O processo de atendimento da demanda é de produtos customizados de alto custo, como navios, aviões e plataforma de petróleo. Quando o tempo do cliente está entre o tempo de entregar e a soma dos tempos

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