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Arquitetura e produção imobiliária

Artigo: Arquitetura e produção imobiliária. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  6/10/2014  •  Artigo  •  1.029 Palavras (5 Páginas)  •  138 Visualizações

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Arquitetura e produção imobiliária

A conversa/debate no vídeo acontece entre diversos profissionais que de uma forma ou de outra estão ligados a arquitetura. Um deles é Otavio Zarvos, da Incorporadora Ideia Zarvos, que vem se destacando no Mercado de São Paulo, e pela preocupação com questões urbanísticas; Fernando de Mello Franco, Aravena, Isay, Karen Stein e André Corrêa.

O debate se inicia abordando a questão da arquitetura como forma de visão de mundo, defendendo que a mesma não resolve propriamente os problemas da sociedade. São Paulo é mencionado no vídeo como dentro de uma encruzilhada, e a arquitetura também, uma vez que o mundo está sofrendo fortes mudanças.

O foco do debate é a arquitetura como instrumento de construção, e a questão principal é qual rumo a mesma irá tomar mediante as transformações ocorridas no mundo. As transformações são diversas; transformações na informática, ascensão dos países em desenvolvimento, transformações climáticas, nas comunicações, entre outras.

Diante desse contexto de mudanças, os presentes na conversa discutem de qual forma a arquitetura pode construir as novas questões, e como ela pode ser um instrumento de relacionamento com essas modificações que vem acontecendo.

Aravena inicia a discussão citando os dois caminhos que a arquitetura seguiu nos anos 60 e 70. Um deles se caracteriza pelos arquitetos que pediram a sociedade um espaço de liberdade criativa. A sociedade concedeu a eles, e os mesmos criaram um sistema de regras com as quais produzir arquitetura. Porém, esse caminho ao longo do tempo começou a apresentar um risco, o da liberdade levar a irrelevância, fazendo projetos com temas que só interessem à outros arquitetos.

O outro caminho é seguido por aqueles arquitetos que se interessavam pelos problemas de mundo, tais como a pobreza, por exemplo. Esses problemas são considerados não específicos, temas relevantes. O risco que corriam esses arquitetos não eram a irrelevância, mas o abandono do projeto, da forma e do design.

O ideal seria traçar um paralelo entre os dois caminhos, partindo de problemas inespecíficos, como a pobreza já antes mencionada, a qualidade de vida, a segregação, problemas considerados comuns, compartilhados pela sociedade. A arquitetura deve passar esses problemas para o seu conhecimento especifico, que é o uso estratégico da forma.

Um dos participantes vê nas obras dos artistas, que muitas vezes são vistas como coisas supérfluas, uma oportunidade de sentir a poesia que a arquitetura pode nos proporcionar. As pessoas devem ter acesso a esse tipo de arte e serem tocadas.

O debate entra no tema da arquitetura no Brasil, que foi sempre promovida pelo Estado, enquanto o privado se preocupava mais com as casas, com a arquitetura menor. Porém devido a legislação, o Estado foi afastado da arquitetura. Desta forma, o novo papel das empresas privadas em substituição do Estado era fornecer a qualidade as obras.

André Correa cita que o mercado imobiliário hoje se encontra na seguinte situação; o Estado fica a cargo das habitações sociais, e o privado fica a cargo das edificações mais luxuosos, que se encontram em menor escala. A partir daí, percebemos que a arquitetura é influenciada pelo capitalismo. É possível fazer essa relação com o texto complementar, que cita que num edifício encontramos sempre moradores com o mesmo padrão de vida.

Com relação a isso, Zarvos defende que no ramo da Arquitetura, todo mundo deve assumir suas responsabilidades, começando pelo incorporador, pois ele possui muitas ferramentas e deve produzir algo de qualidade. Os arquitetos devem se preparar melhor pra esse novo mundo, se apoderar do mercado, pois nos dias de hoje o papel dele no mercado imobiliário é limitado, está em quinto, sexto plano. Ele deve entender da construção, de custos, dos materiais que vão dar problema, da legislação, preocupar com tudo o edifício, com o que as pessoas esperam. O poder público deve incentivar a qualidade do processo de arquitetura,

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