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As Energias Renováveis

Por:   •  23/6/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  5.577 Palavras (23 Páginas)  •  121 Visualizações

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Docente:

Prof.Dra.Lucijane Monteiro

Discente(s)

Juliana Schineider

Lorrana Pires

Polyanna Barros de Jesus

  1. INTRODUÇÃO

A matriz energética mundial, segundo dados do International Energy Agency (IEA), é composta principalmente de petróleo e derivados, carvão e gás natural, estes chegando em 2016 a corresponder a um pouco mais de 80% da matriz. É importante ressaltar ainda que estas três fontes não são consideradas renováveis, além de emitirem quantidades significativas de gases de efeito estufa (GEE) com a sua combustão. A partir desse contexto, se faz necessário reconsiderar novas fontes, que além de serem mais “limpas” em relação às que são mais utilizadas, também sejam renováveis, permitindo assim uma geração mais eficiente.

Figura 1 – Matriz energética mundial

[pic 2]

Fonte: IPEA, 2018.

Levando-se em consideração um panorama de mudanças climáticas globais, sejam elas um processo natural, ou causadas pelas ações antrópicas ou ambos, esta mudança nos padrões energéticos se mostra ainda mais importante para a sociedade. Uma vez que, permite que sejam alcançados níveis mais aceitáveis de emissão de gases, desmatamento e outros impactos que o uso de fontes não renováveis geram.

Vale destacar que o fato de ser renovável não exime uma fonte de gerar poluição e impactos no ambiente. A lenha por exemplo, muito usada nas civilizações mais antigas, que apesar de ser renovável gera desmatamento e emissão de monóxido de carbono (CO) durante a sua queima.

Portanto se faz necessário a utilização de energias renováveis como principal ator na mitigação mudanças e substituições tecnológicas que reduzem o uso de recursos e as emissões de gases de efeito estufa por unidade de produção (SILVERWOOD-COPE et al, 2011).

O respectivo trabalho apresenta o panorama sobre as principais energias renováveis: biogás, pequenas e mini-hidrelétricas, solar térmica, solar fotovoltaica e eólica.

  1. Biomassa

A biomassa é, de maneira geral, a matéria orgânica tanto animal quanto vegetal que pode ser utilizada na geração de energia (ANEEL, 2008). Segundo Guardabassi (2006, apud KAREKESI et al, 2005) a biomassa pode ser classificada nas seguintes categorias:

  • Tecnologias tradicionais de uso da biomassa (ou biomassa tradicional): combustão direta de madeira, lenha, carvão vegetal, resíduos agrícolas, resíduos de animais e urbanos, para cocção, secagem e produção de carvão;
  • Tecnologias “aperfeiçoadas” de uso da biomassa (ou biomassa “aperfeiçoada”): tecnologias aperfeiçoadas e mais eficientes de combustão direta de biomassa, tais como fogões e fornos;
  • • Tecnologias modernas de uso da biomassa (ou biomassa moderna): tecnologias avançadas de conversão de biomassa em eletricidade e o uso de biocombustíveis.

Além de energia elétrica é possível ainda gerar biocombustíveis, que auxiliam ainda mais na diminuição da dependência dos combustíveis fósseis, isso quando usada de maneira correta. Isto porque, de modo geral, a biomassa é largamente utilizada em seu sentido mais tradicional, que gera impactos quase ou nos mesmos níveis que os fósseis. Nestes casos, os processos para a obtenção de energia se caracterizam pela baixa eficiência – ou necessidade de grande volume de matéria-prima para produção de pequenas quantidades (ANEEL, 2008).

Já em alguns casos como as usinas de biomassa de cana-de-açúcar, apesar da queima na fase inicial, há o sequestro do dióxido de carbono (CO2) que foi emitido quando houver o crescimento de novas plantas, através da fotossíntese (GENOVESE; UDAETA; GALVAO, 2006).

Figura 1– Fontes de biomassa

[pic 3]

Fonte: CORTEZ, LORA e GÓMEZ, 2008.

No Brasil é possível perceber um potencial no que diz respeito à produção de biomassa, uma vez que, uma grande parte dos resíduos da produção agrícola possuem potencial para tal fim, como é o caso do arroz, mandioca e soja (CORTEZ; LORA; GÓMEZ, 2008).

Levando em consideração a disponibilidade, é possível inferir que esta fonte apresenta um custo inferior ao de outras alternativas, mas apesar disso, a eficiência também é inferior, o que em alguns casos pode não ser um atrativo. Além de, no caso dos vegetais lenhosos, haver a contribuição para o desmatamento e consequentemente perda de habitats.

  1. Pequenas Centrais Hidrelétricas

Pequena central hidrelétrica (PCH), por definição da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), é uma usina de pequeno porte com capacidade instalada maior do que 3 MWe no máximo 30MW. É construída uma barragem no rio com o objetivo de represar a água, formando um reservatório, quase como um lago. A água é captada desse reservatório e levada através de tubulações para a casa de força – uma edificação onde ficam as turbinas e geradores que vão transformar a pressão da água da barragem em movimento e esse movimento em energia elétrica.

Outro limite da PCH é o tamanho de seu reservatório, que para ser classificada desta forma, não pode ultrapassar os 13km². Antes da portaria de 2015, o reservatório deveria ter até 3km². As PCH compõem uma importante parte da geração de energia no Brasil e sua regulamentação é feita através da resolução nº 394 de 4 de dezembro de 1998 da ANEEL. As PCHs estão distribuídas em todo o território nacional, geram empregos locais e não necessitam de grandes linhas de transmissão. Além disso, esses empreendimentos contam com tecnologia totalmente nacional, o que permite fomentar a indústria brasileira

A ANEEL aponta benefícios as PCH, a construção usina implicam um grande impacto ambiental. Apesar de ser uma fonte de energia renovável e não emitir poluentes, a energia hidrelétrica não está isenta de impactos ambientais e sociais. A inundação de áreas para a construção de barragens gera problemas de realocação das populações ribeirinhas, comunidades indígenas e pequenos agricultores. Os principais impactos ambientais ocasionados pelo represamento da água para a formação de imensos lagos artificiais são: destruição de extensas áreas de vegetação natural, matas ciliares, o desmoronamento das margens, o assoreamento do leito dos rios, prejuízos à fauna e à flora locais, alterações no regime hidráulico dos rios, possibilidades da transmissão de doenças, como esquistossomose e malária, extinção de algumas espécies de peixes.  Uma das barreiras mais importantes para o desenvolvimento desta tecnologia é o impacto ambiental que pode provocar.

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