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Atps De Contabilidade

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Por:   •  15/5/2014  •  4.025 Palavras (17 Páginas)  •  291 Visualizações

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

PARTE 9

9 - Aplicação de Custos Indiretos de Produção

Até agora foram discutidos diversos problemas relativos à apropriação dos Custos Indiretos, mas sempre considerados conhecidos os custos e a produção realizada. Isso é possível apenas quando encerrado cada período. Se quisermos fazer o acompanhamento do custo de cada produto durante o mês, ficaremos obrigados a esboçar algumas estimativas, já que poderemos ir acompanhando os Custos Diretos, medidos durante o próprio processo de produção, mas só poderemos efetuar a apropriação correta dos Indiretos após conhecermos os valores totais do mês e também a quantidade de produtos elaborados.

Além disso, alguns Custos Indiretos não ocorrem homogeneamente durante o período. E comum encontrarmos empresas que têm a quase totalidade da manutenção preventiva realizada em certas épocas do ano. Ou então existem as férias coletivas, e nesses casos temos necessidade de distribuir esses custos à produção toda do ano, não podendo descarregar tais itens como despesas ou apropriá-los a um mínimo de bens produzidos.

Vamos aqui comentar os procedimentos para situações como essas.

9.1 PREVISÃO DA TAXA DE APLICAÇÃO DE CIP

Se a empresa pretende ir apurando e talvez até contabilizando o custo de cada produto à medida que vai sendo fabricado, só poderá fazê-lo se tiver bases adequadas para uma boa estimativa.

Terá ela que prever quais Custos Indiretos de Produção ocorrerão, como serão distribuídos pelos diversos departamentos e como serão alocados aos produtos. Precisa antecipar o que fará até o final do período para trabalhar durante ele com essa previsão. São necessárias, portanto:

a) estimativa do volume de produção;

b) estimativa do valor dos custos indiretos; e

c) fixação do critério de apropriação dos custos indiretos aos departamentos e aos produtos.

Com isso é possível agora a previsão da Taxa de Aplicação de Custos Indiretos de Produção. Exemplo:

Suponhamos que uma empresa industrial bem simples, que não precisa de Departamentalização, preveja o seguinte para o ano Xl:

Horas-máquina de Trabalho: 10.000

Custos Indiretos de Produção: $5.000.000

Mas para chegar à previsão dos $5.000.000 de Custos Indiretos provavelmente terá ela se baseado no próprio volume de trabalho previsto, já que parte dos CIP é variável, e seu valor total para o ano depende exatamente do volume de produção. Suponhamos que nessa empresa a estrutura de Custos Indiretos seja:

Fixos = $3.000.000 por ano e

Variáveis = $200 por hora-máquina.

Logo, os CIP Totais foram:

$3.000.000 + $200/hm x 10.000 hm = $5.000.000.

Portanto, a Taxa Prevista de Custos Indiretos de Produção é de:

E essa será a taxa que a empresa irá aplicando aos produtos elaborados durante o período. No final, um ajuste terá que ser feito, pois provavelmente os CIP realmente incorridos não serão exatamente os $5.000.000, e as horas trabalhadas também provavelmente serão diferentes das 10.000 estimadas inicialmente.

Este exemplo está bastante simplificado. No caso mais normal, onde as empresas estão departamentalizadas, é necessário fazer a previsão do volume de produção ou de atividade de cada departamento e estimar os CIP totais e seu rateio pelos diversos departamentos para se chegar à Taxa de Aplicação de cada um deles. Exemplo:

A empresa Y prevê o seguinte para cada um dos seus quatro Departamentos para o exercício X7.

a) Administração da Produção: $600.000 de CIP, todos fixos.

b) Almoxarifado: $100.000 de CIP Fixos + $10 por quilo de matéria-prima movimentada.

c) Mistura: $500.000 de CIP fixos + $50 por hora de Mão-de-obra Direta (hmod).

d) Ensacamento: $200.000 de CIP fixos + $20 por quilo ensacado.

Observação: Estes são os Custos Indiretos de Produção. Os Custos Diretos (matéria-prima, mão-de-obra direta etc.) serão apropriados em função de seu real consumo aos produtos. Nosso problema é a apropriação apenas dos CIP.

Essa empresa Y produz três itens: O, P e Q. Para não precisar esperar o fim do período para então fazer o rateio dos CIP aos produtos, já que quer conhecer o custo completo de cada produto quando de sua elaboração, precisa fazer, no início do exercício, uma previsão de quais serão os Custos Indiretos dos dois Departamentos de Produção (Mistura e Ensacamento). Para resolver esse problema, baseia-se numa distribuição com esses critérios:

a) Administração da Produção: rateada aos outros três Departamentos nessa proporção, com base no número de pessoas trabalhando em cada um:

Almoxarifado: 15%

Mistura: 60%

Ensacamento: 25%

b) Almoxarifado: distribuído: Custos Fixos e CIP recebidos, 80% à Mistura e 20% ao Ensacamento; e Custos Variáveis só à Mistura, já que o Pessoal do Almoxarifado é fixo e trabalha naquela proporção para os dois Departamentos de Produção, e o custo

variável é energia consumida para tratamento da matéria-prima, a fim de não se deteriorar.

c) Mistura: apropriada a cada produto com base em horas de Mão-de-obra Direta.

d) Ensacamento: apropriado seu CIP aos produtos com base nos quilos ensacados.

A produção prevista para o exercício X7 é a seguinte (com o número de horas

de MOD exigido na Mistura).

Produto : 7.000 kg — 2.000 hmod

Produto P: 5.000 kg — L000 hmod

Produto

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