Atps intermodal

        INTRODUÇÃO

        Após pesquisas e leitura de estudos para elaboração deste trabalho, notamos que o Brasil está sempre nas últimas colocações, quando o assunto é sobre a infraestrutura logística. Com uma das menores quilometragens de vias pavimentadas, ferrovias e hidrovias com uma extensão vergonhosa, quando comparadas com as da China ou Rússia que chegam a ter cinco vezes mais quilometragens que as do Brasil.

        Apesar da precariedade e da carência da infraestrutura logística no Brasil, estudiosos e especialistas na área de Planejamentos de Transportes e Logística, garantem que o Brasil tem tudo para se consolidar como um ambiente diferenciado para projetos logísticos, uma vez que é um terreno fértil para o desenvolvimento da infraestrutura logística. São evidentes as demandas de melhorias de todos os modais de transportes e do sistema portuário, além da necessidade de maior abrangência, complexidade e amplitude espacial da rede de armazenagem.

        Porém, para eventuais acontecimentos seriam necessários planejamentos, projetos muito superiores para os atuais patamares em que se encontram nossa logística. Portanto veremos nesse estudo, como realmente se encontra, as principais dificuldades e o que poderia ser feito para o alcance de níveis satisfatórios para o Brasil se tornar um país mais competitivo em relação a infraestrutura logística.

DESENVOLVIMENTO

        A infraestrutura logística no Brasil vem sendo tratada com grande descaso pelos governos estaduais e federais, não somente nesta gestão, mas nas gestões passadas também, esse fator é um dos principais gargalos que nosso transporte enfrenta. É extremamente redundante que um pais que tem um crescimento de exportações cada ano maior, não possibilita aos exportadores uma infraestrutura adequada, um pais onde 75 % da malha rodoviária se encontra em estado de precariedade segundo dados da Confederação Nacional dos Transportes, uma frota com mais de 1 milhão e 900 mil veículos de carga com idade média de 18 anos, uma malha ferroviária que consegue trazer gargalos ao transporte, por alcançar em no máximo uma velocidade média de 25 km/h.

        

        Esse descaso do governo traz um aumento significativo dos custos de manutenção, atrasos nas entregas dos pedidos, um desacordo entre a oferta versus demanda, o que acarreta cada vez mais em perdas de clientes e também isto agrega um aumento do custo logístico, que faz com que produtos e serviços, percam a competitividade, incorrendo em prejuízos ou diminuição de lucros.

        

        É necessário fazer com que o dinheiro arrecadado pelos impostos sejam realmente utilizado para a execução das obras de infraestrutura, não existe um único ponto a ser tratado, e sim um conjunto de ações estruturais, onde tem estas uma total interdependência. Estes investimentos iriam propiciar uma redução dos custos logísticos, um passo para o ganho da competitividade, já que reduziriam e muito os gargalos citados, seja por falta de equipamentos e condições físicas, seja por falta de uma maior agilidade alfandegária, agilizando e diminuindo as filas nos portos, o que acarreta ainda mais em prejuízo para o transportador.

        

        Enfim, em um ano de eleição o que vemos é o governo através de uma operação “tapa buracos” mostrar ao povo brasileiro uma preocupação com nossa infraestrutura. Mais uma vez seremos obrigados a “engolir” esta ação que não resolverá em nada o problema logístico brasileiro, só irá adiar nossos direitos como cidadãos que pagam altos impostos e recebem recursos de baixíssimos níveis de qualidade.

 A Evolução do Transporte no Brasil

• Transporte Rodoviário -        Assim como estudamos nos primeiros anos de escola ou através de pesquisas em sites específicos, notamos que o transporte teve seu início com os nobres que possuíam escravos, e os obrigavam a transportá-los em suas próprias costas através da utilização de redes, gôndolas, poltronas, carruagens, e afins. Eles eram obrigados a transportarem a corte, com seus reis, rainhas e seus familiares, assim como suas bagagens, móveis e produtos. Além da utilização humana o transporte nesta época também era feito através da tração animal.

        

        O primeiro meio de transporte público, Foi criado em torno de 1838, era um carro de dois pavimentos, um coberto e o outro em cima somente com assentos, era puxado por cavalos através de trilhos que inicialmente percorriam somente os bairros nobres e o centro comercial, e ainda somente eram utilizados pelos nobres.

        

        O marco da implementação do sistema rodoviário ocorreu quando Carl Friedrich Benz, em 1885, e Gottlieb Daimler, em 1886, concluíram na Alemanha os primeiros modelos de automóveis com motor de combustão interna a gasolina. Em pouco tempo as vendas desses veículos alcançaram cifras impressionantes. Utilizado como símbolo de prestígio social, tal como no século XVII havia ocorrido com a carruagem, o automóvel se fez presente com rapidez não só nas estradas como, principalmente, nas grandes cidades. Entretanto, foi nos Estados Unidos que alcançou a máxima difusão e deu origem a uma poderosa indústria, de repercussão imediata no crescimento demográfico urbano, por intermédio de Henry Ford que, em 1917, deu início à produção comercial em série do invento (Fordismo).

        No Brasil, a partir de 1920, por intermédio dos Estados Unidos, maior produtor mundial de veículos automotores começou a oferecer financiamentos para a abertura de estradas, iniciando o modelo "rodoviarista", consolidado com a criação do DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem) em 1937.

        Assim evolução do transporte rodoviário no Brasil e no Mundo ficou evidenciada em três ciclos:

• A utilização de animais e carroças na Idade Media;
• O desenvolvimento da indústria automobilística no início do século XX;
• A crise do petróleo na década de 70.

        Estes fatores que indicam as fases de implantação, desenvolvimento e estagnação do transporte rodoviário no Mundo e no Brasil.