TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Auditoria - Controles Internos

Ensaios: Auditoria - Controles Internos. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  6/2/2015  •  2.111 Palavras (9 Páginas)  •  834 Visualizações

Página 1 de 9

Controle Interno

1. DEFINIÇÃO

A palavra controle se origina do francês “contrôle” e significa o conjunto de medidas exercidas sobre determinadas ações e processos de um sistema, para que esses não se desviem das normas preestabelecidas.

Corroborando com este pensamento, Araújo (1999) afirma:

Em verdade, qualquer sistema necessita de controle para que possa existir ou continuar a ser. Logo, podemos conceituar controle como o conjunto de medidas necessárias ao perfeito funcionamento de um sistema, seja de simples ou complexo, de modo que sejam alcançados seus fins e objetivos. É, na verdade, o elemento fundamental para a continuidade das operações desse sistema.

Desse conceito pode-se concluir que controle consiste na utilização de recursos humanos, financeiros, tecnológicos e materiais para atingir os objetivos de qualquer organização auxiliados pelas funções de planejamento, organização, liderança, execução e controle.

“No Brasil é praticamente desconhecida uma acepção clara de controle interno”. Tal afirmação de Attie (1992, p.197) traz uma preocupação para o ambiente competitivo, uma vez que as organizações cumprem a sua missão e garantem a sua continuidade com o auxílio de controles que possibilitam reduzir o grau de incerteza nas decisões.

Quando a organização evolui e atinge determinado porte, por mais que o empresário tente controlar os procedimentos por ele estabelecido, a eficácia de sua empresa estará comprometida.

Desse conceito depreendesse que à medida que a organização se expande, as possibilidades de perda de valores ou de baixa produtividade aumentam, as operações da empresa diversificam-se, os seus campos de atuação com administrações próprias vão se deslocando para outros locais, enfim não há mais possibilidade de um homem só ou até mesmo, um pequeno grupo de pessoas deter o controle de um complexo organizacional garantindo total proteção contra os desvios das diretrizes estabelecidas e de perdas patrimoniais.

Diante desse contexto, é preciso que o administrador crie condições de manter estreitos relacionamentos com todas as atividades operacionais e negócios de seu empreendimento. É a partir daí que surge a necessidade de definição de controles que possam garantir, que mesmo sem a presença do dono e/ou acionistas da empresa, possa ser verificado que a organização se realiza de acordo com sua política e planejamento, propiciando assim uma sistemática garantia de execução dos procedimentos estabelecidos.

Attie (1992, p.199) atesta que o controle interno compreende todos os meios planejados numa empresa para dirigir, restringir, governar e conferir suas várias atividades com o propósito de fazer cumprir os seus objetivos.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE – CFC (2000, p.162) entende que o controle interno:

Compreende o plano de organização e o conjunto integrado de método e procedimentos adotados pela entidade na proteção do seu patrimônio, promoção da confiabilidade e tempestividade dos seus registros e demonstrações contábeis, e da sua eficiência operacional.

Os conceitos enunciados anteriormente deixam clara a preocupação dos autores quanto a importância do sistema de controle interno nas organizações no apoio as estratégias planejadas para buscar atingir os objetivos esperados.

Diante desses conceitos pode-se concluir que o sistema de controle interno constitui uma estratégia de apoio à decisão nas organizações, pois funcionando adequadamente poderá promover a eficiência operacional da gestão contábil e administrativa, portanto de fundamental importância para que a organização alcance a situação objetivada.

2. DA RESPONSABILIDADE DO CONTROLE INTERNO

Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade (2000, p.163) o sistema contábil e de controles internos é de responsabilidade da administração da entidade; porém o auditor deve efetuar sugestões objetivas para seu aprimoramento, decorrentes de constatações feitas no decorrer do seu trabalho.

No entendimento de Attie (1998, p.123) a administração é responsável pelo planejamento, instalação e supervisão de um sistema de controle interno adequado. Afirma ainda, que qualquer sistema, independentemente de sua solidez fundamental, pode deteriorar se não for periodicamente revisto.

Na visão da IFAC citado por Franco e Marra (1995, p.71) a administração é responsável pela manutenção de um sistema contábil adequado, que incorpore vários controles internos, na medida apropriada ao tamanho e natureza do negócio, e justifica que o auditor precisa de razoável segurança de que o sistema é adequado e que toda informação contábil que deve ser registrada foi de fato registrada.

3. A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO

Qualquer empreendimento visa atingir os resultados mais favoráveis em todas as suas áreas. Neste momento, o controle interno se reveste de uma importância patente, pois se torna possível conceber uma entidade que disponha de controles que passam a garantir a continuidade do fluxo de operações e informações proposto.

Segundo Attie (1992, p.200) a confiabilidade dos resultados gerados por esse fluxo que transforma simples dados em informações a partir das quais os empresários, utilizando-se de sua experiência administrativa, tomam decisões com vistas no objetivo comum da empresa, assume vital importância.

Nesta visão, percebe-se que o referido autor preocupa-se com a aderência das decisões adequadas relacionando-se com informações confiáveis, estas suportadas por um sistema de controle interno adequado que não oferece fiscos em sua eficiência operacional.

Segundo Attie (1992, p.200) o controle interno é parte integrante de cada seguimento da organização e cada procedimento corresponde a uma parte do conjunto do controle interno. Afirma ainda este autor (1993, p. 61) que a importância do controle interno pode ser resumida considerando-se os seguintes fatores:

quanto maior é a entidade social, mais complexa é a sua organização estrutural. Para controlar as operações eficientemente, a administração necessita de relatórios e análises concisos, que reflitam a situação da companhia;

a responsabilidade pela salvaguarda dos ativos da companhia e pela prevenção ou descoberta de erros ou fraudes é da administração. A manutenção de um sistema de controle interno adequado é indispensável para a execução correta dessa responsabilidade;

e um sistema de controle interno que funcione adequadamente constitui a melhor proteção, para a companhia, contra

...

Baixar como (para membros premium)  txt (15 Kb)  
Continuar por mais 8 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com