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Autobiografia Ludovico, “o Rato do laboratório”

Por:   •  12/10/2022  •  Trabalho acadêmico  •  504 Palavras (3 Páginas)  •  82 Visualizações

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Autobiografia

Ludovico, “o Rato do laboratório” 

Eu sou o Ludovico. Sou um rato branco e nasci no Instituto Superior de Psicologia de Coimbra. Como podem ver, sou muito importante, afinal sempre entendi que um rato para ter “distinção” precisa de nascer no Instituto. A minha família é numerosa, e nasci órfão de pai. Talvez, isto possa ser notado como “dilema familiar”. Pelo que tenho lido de Freud, problemas na infância podem ter sérias consequências na idade adulta. Na verdade, não estou muito preocupado, pois creio que tenho um “ego” bem estruturado e personalidade equilibrada... Sou o oitavo filho de uma família de quatro irmãos e quatro irmãs. Todos nós nascemos normais, mas gostaria de ter tido pelo menos um irmãozinho com psicose maníaco depressiva, só para lhe observar o comportamento, e quem sabe controlar algumas variáveis... Na minha infância, que durou 25 dias ao lado da minha mamã, não fiz outra coisa que comer, dormir, crescer e começar a ficar muito bonitinho. A minha vida teria sido mais fácil se não fosse a competição pela comida, os meus irmãos eram demasiadamente famintos, exatamente como eu. Creio que para vivermos em melhor harmonia era preciso uma dinâmica de grupo em família. Separado da minha mamã, cresci acompanhado de três dos meus irmãos e esse foi um período muito divertido. Brincávamos o dia todo, e como nascemos numa escola, nunca tivemos o problema de “ir para a escola” ... Nas minhas horas de folga lia Mickey Mouse, até que me aconselharam a ler Freud, Skinner, Keller, e até o livro de Krech-Crutchfield esteve nas minhas mãos... Nunca me preocupei com o que seria no futuro, mas, é claro, o sonho de qualquer rato é ser campeão em percorrer labirintos. Esperei ansiosamente até completar 90 dias, pois o Prof. Paulo Ferreira não nos permite começar a trabalhar antes, e não pude concretizar aquele meu desejo, pois a “moda” agora é outra. A minha melhor forma de me divertir é ir para o laboratório. Subo com uma sede danada, mas já condicionei meu dono a me colocar dentro da caixa de Skinner onde bebo a minha água. Tenho muitas admiradoras, mas apesar de haver lá uma ratinha que me quer, insistentemente que nos casemos, sou do tipo que não pensa em casamento. A minha vida no modo geral é boa, apesar de viver numa gaiola, e viver de ração e água. Às vezes, passo por maus bocados, quando os meus donos se esquecem de mim, e então, eu posso ficar realmente em perigo de vida, dias sem beber. Não mordo ninguém, e pelo contrário gosto muito de receber carinhos. Aliás, a condição indispensável para viver num laboratório é ser tratado com cuidado, muito carinho, e muito “cafuné”. Caso contrário teremos que fazer psicoterapia, e quem sabe necessitar de um “divãzinho”. Quanto ao futuro já estou conformado. Nunca revelei a nenhum colega meu para não alarmar os mais emotivos, mas li por acaso numa instrução que morreremos “o mais humanamente possível” … Que assim seja... por amor à ciência.[pic 1][pic 2][pic 3][pic 4][pic 5]

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