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Avaliação Por Competências No Ensino Profissionalizante

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Por:   •  8/10/2013  •  3.105 Palavras (13 Páginas)  •  623 Visualizações

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A APLICAÇÃO DE AVALIAÇÃO POR COMPETÊNCIAS NA EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE: ESTUDO DE CASO NO SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL DE CATALÃO - GOIÁS

Carolina Marim Alves*

Resumo

Esse artigo aborda o cenário das empresas do segmento de educação profissionalizante e sua difícil realidade de atender às exigências do mercado no que tange ao fornecimento de mão-de-obra qualificada. Novos cenários exigem mudanças na maneira de formar e avaliar pessoas e a avaliação tradicional vem sendo substituída pela avaliação por competências. A eficácia do método de avaliação por competências como mensurador da aprendizagem na educação profissionalizante depende, entre outros fatores, da atuação do instrutor em sala de aula, sendo este o ator principal deste processo. Realizamos um estudo de caso no SENAC Catalão/GO, onde foram aplicados 29 questionários nos quais pudemos constatar que 69% dos instrutores utiliza corretamente o método, 59% o preferem, porém somente 41% o considera eficaz.

Palavras-chave: Educação. Avaliação. Competência. Métodos. Aprendizagem.

Abstract

This article discusses the current scenario of the business segment of vocational education and its really hard to meet the market requirements regarding the supply of skilled labor. New scenarios require changes in the way people teach and assess and traditional evaluation is being replaced by the evaluation of competencies. The effectiveness of the method of evaluation skills as measurer of learning in vocational education depends, among other factors, the performance of the instructor in the classroom, this being the main actor of this process. We conducted a case study in Catalan Senac / GO, which were applied 29 questionnaires in which we found that 69% of teachers use the method correctly, 59% prefer, but only 41% consider it effective.

Keywords: Education. Evaluation. Competence. Methods. Learning.

1. INTRODUÇÃO

O mundo está em constante transformação e o homem, grande protagonista da História, segue evoluindo para se adequar aos padrões sociais que ele mesmo criou com o passar de anos e revoluções. O homem, ao longo do tempo, moldou uma nova sociedade ávida por consumir soluções e praticidade e as organizações se reinventam diariamente para atender tais expectativas.

Máquinas, equipamentos, capital, imóveis, tecnologia, entre outros são recursos comuns para muitas organizações e o homem, como parte da cadeia produtiva, passou a ser exigido além de sua eficiência e eficácia, além de sua força de trabalho. Sendo assim, as organizações refugiaram-se no homem como o diferencial para este novo momento, pois ele é a chave da inovação e da gestão do conhecimento.

Segundo Chiavenato (2011) “A influência das pessoas, dos profissionais e dos cientistas crescerá no seio das empresas. É a era do capital humano e do capital intelectual.”

Assim como o homem modernizou os meios de produção para otimizar processos, possibilitando ofertar bens por preços mais acessíveis, nas melhores condições de uso e aquisição para as pessoas, fez-se necessário que o homem, como membro integrante da cadeia produtiva, também se aperfeiçoasse para trazer diferencial para as organizações e superar os resultados esperados por essa nova sociedade, que apresenta expectativas cada vez maiores e mais difíceis de atender.

Os antigos moldes de ensino passaram a ser cada vez mais questionados, as qualificações que outrora bastavam, hoje já não atendem e as que atendem hoje, amanhã estarão igualmente obsoletas. Da mesma forma que os métodos de ensino sofrem alterações, a forma de se avaliar a aprendizagem também vem sendo modificada na tentativa de se adequar às tendências do mercado e a palavra de ordem é “competência”.

No campo das relações educação/trabalho, o tema das competências ocupa hoje lugar de destaque. Como já observei, o estudo de competências com a finalidade de avaliar a capacidade profissional dos trabalhadores começou como uma providência para verificar o domínio de saberes e de fazeres no nível de qualificações básicas e técnicas. (BARATO; NOVELINO JARBAS, 2002, P. 231)

No que tange ao ensino profissionalizante, as exigências aumentaram e as necessidades de constante atualização, adequações e a busca pela formação de inúmeras competências profissionais nos alunos, bem como a necessidade de focar na ampliação de capacidade e competência no ensino e nos processos de avaliação urgiram na mesma velocidade.

Nas instituições de ensino profissionalizante, as novas competências como solução de problemas, proatividade, empreendedorismo, criatividade, relacionamento interpessoal, trabalho em equipe, liderança, iniciativa, flexibilidade, entre outras, se tornaram obrigatórias e tornou-se impossível não inserir esses vieses em todas as disciplinas trabalhadas. Os profissionais em desenvolvimento teriam que lidar com suas emoções em sala além do desenvolvimento meramente técnico, para terem em seu currículo múltiplas competências que os tornassem atrativos para o mercado, que sempre está em busca de talentos. Segundo Chiavenato (2011) “Talentos são pessoas especiais, pessoas preciosas com competências distintas e relevantes para o negócio da empresa.”

As organizações buscam profissionais talentosos que tenham mais do que a técnica e o conhecimento e focam no diferencial da atitude. Para Robbins, Judge e Sobral (2010), atitudes são afirmações avaliatórias com relação a objetos, pessoas e eventos, que revela a predisposição do indivíduo em relação a situações. Neste contexto, a atitude positiva diante do contexto organizacional tornou-se uma valiosa competência. Mas o que vem a ser a competência?

Segundo Zarifian (2003) “Competência é uma inteligência prática das situações, que se apoia em conhecimentos adquiridos e os transforma à medida que a diversidade das situações aumenta.”. E para a Comissão das Comunidades Européias (2006) “Competência é a capacidade comprovada de utilizar o conhecimento, as aptidões e as capacidades pessoais, sociais e/ou metodológicas, em situações profissionais.”.

As instituições de ensino profissionalizante são atores do ambiente externo organizacional, provedoras de mão de obra qualificada e necessitam se adequar para atender estas demandas do mercado. Em termos de formação de competências, os planos de curso das melhores instituições de ensino profissionalizante já contemplam tais necessidades, mas como ficam os processos de mensuração de resultados do ensino?

Objetivando

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