BANGUE CAPITULO 4

É no banguê que assenta a formação da família.Esta nasce do engenho e no engenho; no engenho se desenvolve, ampliar-se a engenhos vizinhos,dilata sua inflência aos meios rurais.Saem dos engenhos, dos velhos banguês de almanjarra, os troncos da genealogia alagoana.Qualquer núcleo demográfico que se construiu encontra o banguês a sua base.

O senhor de engenho é a grande figura da paisagem humana alagoas. Não é só o homem que preside às lautas mesas de almoço ou de janta na casa-grande; nem que fomenta o cresciemento da população servindo-se das escravas, das mucamas, das servas da casa. Também nele se centraliza a organização da família.

É a família que presidente à vida social da região alagoana.Presidente na casa grande , com seus alpendres acolhedores , com suas mesas fartas e cheias, com suas redes espalhas pelos pilares; preside também na capela através das cerimônias religiosas: os batizados , os casamentos , os mês-de-maio, os enterros ,as missas dominicais.Gira em torno da familia – das famílias de engenhos – não só a organização social das Alagoas como também a existência de toda a população demográfica de banguê e de sua vizinhanças.

Cedo se desdobrava a família do senhor de engenho, multipliacando-se, pelo casamento, e passando a outros engenhos , multiplicando-se pelo casamento , e passando a outros engenhos . O casamento em geral fazia-se cedo. Aos 13 , aos 14 , às vezes menos do que isso, aos 10 , aos 11 anos , casava-se a iaiazinha.Ora com o filho de outro senhor de engenho , também agricultor com o pai ; no século XIX tornou-semais comum o filho doutor:barechalou médico , principalmente o barechal , filho do senhor de engenho , já com a carreira politíca traçada no dia em que entrava na Faculdade.

Há assim como casamento endógamos nas regiões da cana-de-açucar; além da enfogamia nas família pode-se encontrar ainda endogamia da região. Da região de cana-de-açucar. É neste fato que se encontrar as diversas uniões matrimoniais numa mesma família ou entre famílias vizinhas do senhor do engenho.

É no senhor do engenho que se centraliza a atividade do banguê . Atividade social e atividades política; às vezes também atividades demográfica. Preside aos atos religiosos e às festas profanas.É chefe da família e de toda a gente que viveno banguê. Todos os ouvem e o acatam. É também o chefe político, o nativista , o patriota.

A política que partia dos centros rurais , os engenhos de açucar , era baseada no prestígio que os senhores davam à coroa: primeiro , à primeiro, dos postos contetavam-se com controle das câmaras municipais , dos postos representativos , depois , à coroa, à coroa brasileira quando recebiam representações mais altas – as deputações provinciais ou gerais , a sanatoria do Império, as comenadas, os títulos de grandeza; e mantinham-se como esteio da situação política nacional.Mesmo as lutas partidárias entres conservadores e liberais, não pertubaram o ritmo dessea orientação : pleno apoio à coroa , de segurança das instituições monárquicas.

De tal modo que movimentos com preocupações de mundança de regime, tal o caso de 1817 ou do de 1824 , não poderiam receber maior apoio e amparo da parte dos senhores rurais; dos donos da terra que reuniam nas mãos todos os poderes políticos da época, inclucive os colégios eleitorais.

O engenho era o centro das atividades políticas da província, como , de resto , fora na colônia. O senhor de engenho não é apenas o chefe de sua propriedade; seu prstígios alarga-se a todo o espaço que o rodeia e vai juntar-se com o de outros proprietários , formando um verdadeiro bloco homogêneo. Principalmente , dentro de cada região açucareira.

Ás vezes, como sucedeu no período imperial, dividiram-se em partidos; mas, é de notar que dentro da sua região eles se mantêm em homogeneidade, raras vezes quebrada, e ainda assim sem maior expressão. Os senhores dos vales do norte sempre juntos; os do vale do São Miguel também. Ainda juntos os senhores do Vale do Mundaú ou do Paraíba.

Mantinha-se nos engenhos a tradição política dos antepassados. Eram um caso de honra enfileirar-se no partido liberal quem nascia em família liberal; ou no conservador quem descendia de chefes conservadores. Daí formaram-se os blocos inquebráveis da solidariedade política nas famílias, aglutinadas. É certo , pela defesa dos interesse econômicos que fixavam e dilatavam os políticos.

Criou-se e formou-se em derredor do engenho o organismo político de onde sairia mais tarde o municipalismo. Talvez por isso que a vida política na província girasse tanto em derredor da economia açucareira. Era naural que