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Balanço Patrimonial

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Por:   •  19/10/2013  •  Tese  •  669 Palavras (3 Páginas)  •  274 Visualizações

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O mecanismo burocrático plenamente desenvolvido compara-se às outras organizações exatamente da mesma forma pela qual a máquina se compara aos modos não-mecânicos de produção”. (WEBER, 1982, p. 249) Segundo Weber (1982, p. 229), a burocracia moderna funciona sob forma específica, destacando-se dentre as diversas características: • A burocracia está sob regência de áreas de jurisdição fixas e oficiais, ordenadas por leis e normas administrativas. • A burocracia estabelece uma relação de autoridade, delimitada por normas relativas aos meios de coerção e de consenso. • A burocracia estabelece uma relação hierárquica, definindo postos e níveis de autoridades, além de um sistema de mando e subordinação com gerência das atividades e tarefas delegadas por autoridade. • A administração é formalizada por meio de documentos, que acabam por regular a conduta e as atividades das pessoas. • Na administração burocrática especializada, pressupõe-se treinamento especializado. • As atividades e tarefas de um trabalho, que podem ser apreendidas por qualquer trabalhador, são descritas e delimitadas pela criação de cargos mais ou menos estáveis. • A ocupação de um cargo configura uma profissão de ordem impessoal e transitória. O treinamento especializado volta-se para generalizar o cargo e transformá-lo em profissão.

Para Tragtenberg, a burocracia materializa a face perversa do capital; resulta num problema real com origem na expansão do sistema de capital. Nos seus estudos, a proposta sempre foi criar mecanismos de defesa ante os nefastos efeitos da burocracia. Em Weber, burocracia é “um tipo de poder. Burocracia é igual à organização.” (TRAGTENBERG, 1974, p. 139). Seguindo suas concepções, Tragtenberg compreende que a complexidade crescente das organizações no sistema capitalista faz com que elas adotem, na mesma proporção, uma estrutura racional legal caracterizada pela impessoalidade para garantir a reprodução da própria organização. Além disso, a burocracia é entendida como um sistema racional construído da divisão do trabalho, que tem, como princípio, os fins. A impessoalidade, dessa forma, transforma-se em álibi das eventuais injustiças ou, como afirmam os funcionalistas, das disfunções burocráticas. Quando os meios não estão adequados aos fins visados, os indivíduos são identificados como os principais fatores de insucessos. Destarte, a “burocracia implica predomínio do formalismo, de existência de normas escritas, estrutura hierárquica, divisão horizontal e vertical do trabalho e impessoalidade no recrutamento dos quadros.” (TRAGTENBERG, 1974, p. 139). A especialização crescente deixa a burocracia organizacional cada vez mais “forte”. Os gestores isentam-se de responsabilidades pela regra da impessoalidade, do formalismo ou do discurso de profissionalismo. A capacidade do indivíduo dá lugar à profissão e à própria autoridade intrínseca quanto ao cargo com suas respectivas responsabilidades. A dinâmica da constituição da burocracia dar-se-á, portanto, com base na divisão do trabalho, que faz com que o trabalhador especializado seja percebido, contraditoriamente, de duas formas: o especialista passa a concentrar conhecimento específico, ao mesmo tempo em que destitui dos demais trabalhadores o poder de eles agirem, por falta, justamente, de conhecimentos específicos. Por outro lado, o trabalhador especializado

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