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CLARIFICAÇÃO DO CALDO: ANALISE COMPARATIVA ENTRE OS MÉTODOS DE SULFITAÇÃO, BICARBONATAÇÃO E OZONIZAÇÃO.

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Por:   •  6/4/2014  •  4.576 Palavras (19 Páginas)  •  602 Visualizações

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

ETEC DR. LUIZ CÉSAR COUTO – QUATÁ

CURSO TÉCNICO EM AÇÚCAR E ÁLCOOL

CLARIFICAÇÃO DO CALDO: ANALISE COMPARATIVA ENTRE OS MÉTODOS DE SULFITAÇÃO, BICARBONATAÇÃO E OZONIZAÇÃO.

ÍNDICE

Pág.

1. INTRODUÇÃO 1

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3

2.1. Colheita da cana 3

2.2. Preparo da matéria-prima 4

2.2.1. Extração do caldo 4

2.3. Tratamento do caldo 5

2.3.1. Peneiramento 6

2.3.2. Sulfitação 6

2.3.3. Caleação 8

2.3.4. Aquecimento 9

2.3.5. Flasheamento 9

2.3.6. Decantação 10

2.3.7. Flotação 10

2.3.8. Lodo 11

2.3.9. Caldo clarificado 11

2.4. Processos de tratamento do caldo em substituição ao método tradicional 11

2.4.1. Bicarbonatação do caldo 12

2.4.2. Ozonização 13

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 15

4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 16

1. INTRODUÇÃO

Logo no início da colonização do Brasil, a cana-de-açúcar foi trazida e plantada aqui e devido ao clima no Brasil ser propício ao seu desenvolvimento, esta se adaptou bem e deu-se inicio a construção de diversos engenhos para a produção do açúcar. Nesta época o açúcar era considerado um artigo de luxo; o açúcar que era produzido no Brasil era então levado para Portugal que o vendia a toda Europa a elevados preços.

A produção de açúcar foi à primeira atividade agrícola desenvolvida no Brasil para fins de comercialização, e até hoje, ainda é uma importante atividade econômica no pais, sendo abandonado o termo engenhos e agora denominados como usinas açucareiras (ou sucroalcooleira, se produzir etanol). Se antes o açúcar era comercializado com altos preços e baixa qualidade, isso devido às técnicas arcaicas utilizadas no processo, era considerado um artigo de luxo, hoje se comercializa açúcar com uma alta qualidade e baixos preços, consumido por boa parte da população.

Por ser considerado um produto alimentício, os padrões para fabricação e comercialização do açúcar tornaram-se mais rígidos, sendo priorizado cada vez mais a sua qualidade. Tamanha exigência por qualidade tornou-se mais acentuada nos últimos anos, tanto em âmbito nacional como internacional.

O mercado consumidor tornou-se mais exigente; não basta o açúcar ser doce, é preciso que ele seja totalmente branco, sem nenhuma coloração, é preciso que o tamanho dos cristais atenda as especificações, e este não deve ter resíduos. Usinas que não atendam tais requisitos veem seu açúcar produzido perder espaço no mercado e serem desvalorizados. Com isso o processo de clarificação do caldo, que para muitos é a etapa que dita à qualidade do produto final, se torna cada vez mais importante, sendo que sua eficiência determinará o preço do açúcar final.

O processo de clarificação do caldo tradicionalmente utilizado é conhecido como sulfitação, o qual se tem a adição de dióxido de enxofre. Contudo este método deixa resíduos de enxofre no açúcar final. Devido o enxofre ser uma substância altamente tóxica e cancerígena, os mercados consumidores, está a criar barreiras para o açúcar que utiliza este método de clarificação.

É devido a esse mercado consumidor cada vez mais exigente que as usinas devem investir na implantação de técnicas que visem se melhorar a qualidade do açúcar produzido, diminuindo a quantidade de resíduos, como o enxofre, e aumentando a sua qualidade.

Este trabalho visa analisar os diferentes processos existentes para a clarificação do caldo, em especial os que substituam o atual uso de enxofre, a fim de se obter um açúcar de melhor qualidade.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. COLHEITA DA CANA

No Brasil e demais áreas tropicais, o açúcar é obtido através da cana-de-açúcar, enquanto que na Europa ele é extraído da beterraba (ALCOESTE, 2013). A cana-de-açúcar é uma planta que possui a capacidade de armazenar grandes quantidades de açúcares em seu interior, sendo a sacarose, o açúcar mais expressivo. Quando ela apresenta uma concentração média de 13% de sólidos solúveis, indica que a cana está no ápice de sua maturação e, portanto está pronta para ser colhida (CRQ4, 2013).

Segundo Cláudio Lopes, canas velhas (que passaram do ponto de maturação), são as que mais contem quantidades de polifenóis, o que, para a produção de açúcar branco, deve ser evitado, uma vez que diminui consideravelmente a qualidade do mesmo, visto que a remoção dos agentes causadores de cor torna-se menos eficiente com grandes quantidades de polifenóis presentes no caldo (LOPES, 2008).

Tradicionalmente, a colheita da cana-de-açúcar era realizada de forma manual, com a queimada da palha; isso fazia com que os teores de impurezas minerais e vegetais levados á indústria fossem muito pequenos; devido à mecanização da colheita da cana, devido às novas normas ambientais em vigor, no qual se proíbe a queima da palha da cana, a porcentagem de impurezas minerais levadas a indústria aumentou substancialmente, fazendo-se com que se haja uma maior necessidade de se intensificar os métodos de retirada dos mesmos, visto que estes interferem na qualidade do produto final (STAB, 2013). Há também um grande aumento na quantidade de matéria vegetal, e com ela há um aumento na quantidade de polifenóis totais, visto que o teor deste é maior na palha e ponteiros, que agora são levados para a indústria em maior quantidade; estes compostos fenólicos são altamente indesejáveis, já que conferem ao açúcar uma coloração que vai desde o amarelo até o marrom (LOPES, 2013).

A cana após ser colhida, é levada para a indústria através de caminhões e estes,

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